ROY ROGERS foi um dos cantores e atores mais famosos do cinema norte-americano, considerado o rei dos cowboys de Hollywood e o ideal de mocinho das telas. Durante três décadas, Rogers foi idolatrado por milhões de fãs. Os americanos, especialmente os de cidades pequenas, lotavam os cinemas nas décadas de 30 e 40 para vê-lo em ação. O fenômeno repetiu-se quando ele se transformou em herói da TV. As novas gerações americanas, porém, conhecem seu nome do letreiro de uma rede de lanchonetes. De ascendência índia, Leonard Franklin Slye nasceu e passou uma infância pobre Cincinnati, Ohio, tendo sido motorista de caminhão. Ele abandonou a escola para ajudar a sustentar a família e partiu para a Califórnia, em plena Depressão de 1929. Ganhou a vida como colhedor de pêssegos, aprendeu a cantar e a tocar violão e fundou um grupo, o The Sons of the Pioneers, que excursionava pelo Oeste. Empregou-se depois no rádio, cantando e tocando música country, acompanhado pelos grupos The Rocky Mountaineers e Pioneers Trio.
Roy Rogers e Dale Evans
Com o sucesso no rádio, em 1938 foi convidado para tocar num dos filmes estrelados por Gene Autry, o cowboy do momento. Tinha 27 anos e ganhava 75 dólares por semana. No mesmo ano, surge a grande chance depois de uma briga de Autry com os estúdios. Foi convocado para substituí-lo em Under the Western Stars e onde celebrizou-se no papel do lendário mocinho-cantor, provocando suspiros nas platéias femininas, como em Roy Rogers e o Rapto de Trigger . Passados três anos da morte repentina de sua primeira mulher, Arlene, Roy casou-se em 1947 com a atriz Dale Evans, sua namorada na tela e com quem contracenou em 35 filmes. Naqueles dias, Rogers não podia nem mesmo dar um beijo na testa de Dale sem receber milhares de cartas de protesto. Só podia beijar o cavalo, dizia. Rogers não se conformava com as novas produções de Hollywood, nas quais via violência demais.
Em seus filmes, Rogers preferia atirar na arma do bandido e não em seu oponente. Não acredito que esses filmes violentos possam ser considerados entretenimento de forma alguma. Após grande sucesso nos faroestes ingênuos da Republic, ao lado do cavalo Trigger e do cachorro Bullet, o astro estrelou The Roy Rogers Show pelo rádio em 1948 e transferiu-o para a televisão em 1951, permanecendo por seis anos no ar. Depois, passou a dedicar-se ao Museu Roy Rogers e tornou-se um pacato proprietário de rancho em Apple Valley, na Califórnia. Montou também uma bem-sucedida cadeia de restaurantes, a Roy Rogers Roast Beef, e atuou na organização de rodeios e feiras. Graças a sua imagem impecável e seu tino comercial, Rogers construiu um império, ficando atrás apenas de Disney no que se refere à venda de souvenirs e licenciamento de produtos - que vão desde pistolas a lancheiras. Cerca de 600 restaurantes americanos levam seu nome em troca do pagamento de uma porcentagem sobre os lucros. Apesar de ter deixado o cinema, Rogers jamais abandonou a carreira musical, lançando em 1991 um álbum com sucessos antigos e novas canções. Roy Rogers fez 87 filmes em toda a sua carreira, vindo a falecer aos 86 anos, em 6 de julho de 1998.
Roy Rogers e Dale Evans
Fonte: Memorial da Fama
Ponho um lamento ao não ter a menor condição de poder fazer um comentário nesta postagem.
ResponderExcluirÉ que jamais vi um filme sequer com; Roy Rogers, Rex Allen, Tom Mix, Buck Jones e outros astros desta época linda dos filmes westerns B.
Vi apenas um com Bill Elliott, chamado Ódio Destruidor e um com Hopalong Cassid, chamado A Bala e a Galope.
Afora isso serei um devedor eterno de todas as postagens que forem colocadas neste Blogg com estes excelentes cawboys.
jurandir_lima@bol.com.br