terça-feira, 13 de março de 2012

El Cid...


por Jurandir Lima

Como cidadão  americano Charlton Heston andou tendo seus defeitos e suas controversias. O que não quer dizer nada para mim, que somente dele me interessa sua vida profissional.

Pode-se dizer que Hestou foi o mais abençoado homem do cinema, já que trabalhou, sempre como ator principal, nas maiores produções e nos grandes filmes hollyoodianos.


Jamais ouvi falar de Julius Cesar de 1949. Sim no de Mankiewickz de 1953, onde aquela troupe de excelentes atores dão um show memorável de interpretação.


O seu primeiro grande trabalho foi em 52, para De Mille, em O Maior Espetáculo da Terra. Um filme bem feito, com muito boas atuações e com um tema jamais antes explorado pelo cinema. De Mille dirigiu um rosário de estrelas, cada um com seus dramas pessoais e todos tendo destaques soberbos.

Depois Heston andou se aventurando em uma meia duzia de faroestes, até agradáveis, mas sem a qualidade dos filmes que interpretaria a partir de 1956, quando, novamente De Mille, o convidou para ser seu Moises no fabuloso Os Dez Mandamentos, sua segunda incursão no mesmo tema e filme.


Foi o filme que faltava na vida de Heston para lhe elevar ao topo do grande heroi das super produções pois, a partir daí vieram os grandes;Da Terra Nascem os Homens (meu faroeste numnero um), O Corsario sem Pátria, onde interpreta o aventureiro, heroi e futuro presidente dos EUA, Andrew Jackson. Aliás, personagem que o próprio Heston já havia desempenhado em 53, no bom filme, O Destino Me Persegue, de Henry Levin.


Já bastavam estes poucos filmes de grandes orçamentos para Heston se tornar um astro de primeira, comentado, enaltecido, famoso e importante.


Mas foi a partir daí que tudo, praticamente, começou.
Seu Judá Ben Hur no filme Ben Hur/59, de Wyler, foi, no meu ver, a melhor coisa que ele fez no cinema, apesar de, apos esta fita ele deslanchar para um rosário de grandes espetáculos.

Depois de Hur veio, em 61, o magistral El Cid, fazendo o papel de Rodrigues Diaz de Bivar, ao lado da lindissima italiana Loren. Desta vez esteve nas mãos de Mann que, acredito, ser o unico trabalho que fez com o ator.


E veio então uma série de maravilhas, não apenas de filmes de classe A, super produções, como de magnificas interpretações deste eficiente ator; 55 Dias em Pequim, de Ray, O Senhor da Guerra, Agonia e Extase, O Planeta dos Macacos, Terremoto, Karthoum, Aeroporto 75, E O Bravo Ficou Só, Os Tiranos Também Amam, e mais umas dezenas de excelentes peliculas.



Heston parece ter sido o homem nascido para interpretar os grandes herois da historia da humanidade. Vide Os Dez Mandamentos, Ben Hur e El Cid, A Maior Historia de Todos Os Tempos. Sem falar no fraco Julius Cesar que fez em 70, filme pouco repercutido e muito pouco visto e conhecido.

Mas foi um dos astros de Hollywood que nasceu com uma das estrelas mais brilhantes, por seu valor como ator, por seu trabalho em grandes e importantes produções, que renderam muitos mulhoes de dólares para seus produtores, além de suas aceitações em cheio pelo publico amante da sétima arte.




jurandir_lima@bol.com.br

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