sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Pássaro Azul

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Shirley Jane Temple nasceu em Santa Mônica (Califórnia) a 23 de abril de 1928. Ela não só foi a maior estrela mirim da década de 30 como também é considerada a mais famosa de todos os tempos.
Ganhadora de um Oscar especial aos seis anos de idade, Temple foi a salvadora do Studio Fox e do público na época da Grande Depressão. Inclusive o presidente norte-americano Franklin Roosevelt sucumbiu a seus encantos e lhe agradeceu por "ter feito a América atravessar a Grande Depressão com um sorriso".
Depois de adulta, porém, não teve o mesmo sucesso como atriz, e aposentou-se do cinema em 1949. Em 1967, se candidatou ao cargo de representante do estado da Califórnia no congresso norte-americano, mas não obteve êxito. A partir dos anos 1969/1970 virou diplomata, chegando à embaixadora dos Estados Unidos em Ghana e na antiga Tchecolováquia.
CURIOSIDADES
Shirley, com apenas 6 anos, ganhou uma mini-estatueta simbólica em 1935 por sua contribuição ao cinema.
Em 2004, a Legende Films restaurou e colorizou todos os filmes de Shirley Temple produzidos originalmente em preto e branco nos anos 30.
Shirley Temple foi a criança mais fotografada no mundo, e estrelou mais de 40 filmes e 50 produções para televisão.
Shirley contou depois de adulta que deixou de acreditar em Papai Noel aos seis anos de idade, quando a mãe dela a levou em uma loja para o conhecer, e o homem vestido de Papai Noel lhe pediu um autógrafo.
Em Hollywood conta-se que um diretor ao rodar uma cena que exigia muitas lágrimas da pequena atriz, mentiu para Shirley, dizendo que seu cachorrinho de estimação havia morrido. Neste dia o diretor conseguiu rodar só esta cena, porque depois desta notícia, Shirley não conseguiu mais se concentrar nos textos seguintes.
Em um dos primeiros filmes de Shirley Temple, "Baby Take a Bow" de 1934, há cenas que hoje em dia podem ser consideradas fortes para as crianças, que envolvem armas ou objetos perigosos. Como uma cena em que Shirley Temple ainda com 5 anos, tem que manusear uma grande faca quando vai ajudar a libertar um homem que estava amarrado, e usa a faca para cortar as cordas.
O penteado que Shirley Temple usava tinha exatamente 52 cachos. A mãe de Shirley, Gertrude, era quem prendia os seus cabelos e os dava forma, e os amarrava pouco antes dela ir dormir. Também aplicava produtos para que ficassem mais loiros. Shirley quando ia nadar não podia mergulhar os cabelos na piscina, podia apenas umedece-los, usando tocas de banhos uma sobre a outra. Ela também tinha que ter cuidado nas ruas com a perseguição de "caçadores de souvenirs", que queriam um cacho de seus cabelos como recordação.
Na época da popularidade de Shirley, surgiam vários boatos sobre ela, um deles dizia que seria na verdade uma atriz anã de 30 anos; outros rumores diziam que ela era uma órfã adotada pelo casal Temple com o propósito de exploração, ou que depois de algum tempo ela já estava tão crescida, que o estúdio tinha que colocar nos cenários, móveis especiais em tamanho grande para que ela parecesse menor.
Outro rumor, era que obrigavam-na a lixar os dentes, para os manter sempre pequenos, conservando assim sua aparência infantil. Mas ao contrário do que diziam os boatos, o único trabalho artificial que já foi feito nos dentes de Shirley, foi quando ela perdeu um dente de leite da frente, e os diretores a aconselharam a substituir por um minúsculo dente falso durante as filmagens.
Em 1938 Shirley Temple entregou a Walt Disney um Oscar especial e sete mini estatuetas, representando a Branca de Neve e os Sete Anões, uma das maiores obras animadas da história. Durante a entrega, Disney tentou conter a emoção. Mas quando a pequena Shirley lhe disse: "Não são bonitos e brilhantes, não está orgulhoso Sr. Disney?" Ele respondeu: "Sim, estou tão orgulhoso que poderia chorar". Shirley então pediu graciosamente: "Não faça isso!". Os dois foram aplaudidos de pé pelos convidados, admirados.
Shirley chegou a ser escalada para interpretar o papel de Dorothy no filme O Mágico de Oz, mas a 20th. Century Fox negou-se a emprestá-la. Então a atriz de 16 anos Judy Garland, que já havia sido cogitada antes, mas era considerada a princípio velha demais para o papel, acabou protagonizando o filme, após um trabalho de maquiagem que ajudou a disfarçar sua idade.
Shirley Temple diplomata.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Sissi...

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por Maria Luísa de Paiva Boléo
Romy Schneider foi uma maravilhosa Sissi (Imperatriz austríaca) no cinema, em cinco filmes de enorme sucesso e teve alguma dificuldade em se separar dessa imagem, mas como tinha verdadeiro talento acabou por se impor como atriz universal. Quando foi convidada, em 1958, para fazer o filme Christine com Alain Delon, a mãe, já uma famosa atriz, acompanhou-a a Paris, vigiando-a de perto. Como Romy não sabia francês, nem inglês os primeiros tempos das filmagens não foram nada fáceis e sabe-se que o amor entre Romy e Delon só surgiu com as filmagens já iam adiantadas e puderam finalmente ficar sós numa viagem que fizeram a Bruxelas para participarem do Baile do Cinema. Aí sim, apaixonaram-se de vez com Romy, num ato de independência, passando a viver em Paris, enquanto a mãe se viu forçada a regressar à Alemanha, com o padrasto, percebendo que tinha “perdido” a filha. Romy Schneider tinha 20 anos e Alain Delon 23 e durante anos os fotógrafos não os deixaram em paz. Nesse período de euforia amorosa, os “eternos namorados” chegaram, em Março de 1959, a declarar “oficialmente” que estavam noivos. Jamais se casariam. Foram o par mais harmonioso e bonito do cinema europeu, como o foram, nos anos 90 Tom Cruise e Nicole Kidman.
Sob a direção de Visconti, uma obra de John Ford com Romy e Delon foi adaptada ao teatro, em Paris, na primavera de 1961: Domage qu’elle soit une putain. Mais um desafio para Romy, que teve de dominar o francês e que foi um razoável sucesso. Esteve oito meses em cartaz. A partir de então Romy passou a ser encarada como uma verdadeira atriz, não faltando convites para filmar. A ex-Sissi fez questão de mostrar ao mundo que era muito mais que uma mulher deslumbrante, de uma beleza delicada, com uns olhos entre o verde e o azul num rosto perfeito, uma voz doce e um corpo de Afrodite. Podemos ver a sua beleza plena em fotos de vários fotógrafos, especialmente na série produzida pela fotógrafa britânica Eva Sereny em que posou nua, sem quaisquer inibições. Em 1963 já tinha na sua carreira dez filmes, pois iniciara a carreira aos 15 anos, num filme ao lado da mãe. Embora austríaca filmou também na Alemanha, em início de carreira.

Numa manhã triste de Maio de 1982 encontraram Romy morta. Tinha 43 anos. O mundo ficou consternado com a sua morte. A França que sempre considerou Romy Scnheider como “sua”, em 1995 fez a emissão de uma moeda de ouro de cem francos com o seu rosto.
Para culminar, em Dezembro de 1999 a Fígaro Magazine fez um grande inquérito sobre as dez mais belas mulheres do século XX e Romy Schneider ficou em primeiro lugar, logo seguida de Ava Gardner. Embora as gerações mais novas não a conheçam, um dia, quem sabe, um qualquer canal de televisão exibirá os seus melhores filmes e provavelmente será moda imitar Romy Schneider, como se copiam Elvis Presley, James Dean, Marylin, Diana de Gales... Os ídolos têm mortes trágicas! 

Maria Luísa de Paiva Boléo é historiadora e biógrafa em Potugal.

O Sol por Testemunha


Alain Delon nasceu na região da Borgonha, próximo a Paris. Quando tinha apenas quatro anos, seus pais, Edith e Fabian, se divorciaram. Delon foi adotado por um casal, mas pouco tempo depois o casal foi assassinado, e Delon retornou para sua mãe verdadeira, agora casada com um outro homem. Neste ponto, tinha uma meia-irmã e dois meio-irmãos. Teve uma infância problemática, sendo expulso de várias escolas. Aos 15 anos parou de estudar e, aos 17 anos alistou-se na marinha francesa, lutando na Indochina.
Em 1956, passou a viver em Paris. Sem dinheiro, trabalhou como porteiro, garçom, vendedor. Em 1957, foi ao Festival de Cannes com o amigo Jean-Claude Brialy, onde chamou a atenção dos presentes pela sua beleza, entre eles David O. Selznick, que lhe ofereceu um contrato, desde que aprendesse a falar inglês. Delon, então, retornou a Paris para aprender inglês, mas lá conheceu o cineasta Yves Allégret, que o convenceu a começar sua carreira na França.
Com ele, Delon fez seu primeiro filme, Uma tal Condessa (Quand la femme s'en mele, 1957). No filme Christine contracenou com a atriz Romy Schneider, e por ela se apaixonou. Em 1959, foram morar juntos, e o relacionamento deles durou cinco anos.
O primeiro grande papel de Delon no cinema foi como Tom Ripley no clássico suspense O Sol por Testemunha (1959), dirigido pelo cineasta francês René Clément, baseado num livro da escritora Patricia Highsmith. Em 1960, Delon atuou em Rocco e Seus Irmãos, dirigido por Luchino Visconti, um dos filmes mais adorados da história do cinema. Ator e diretor tornaram-se amigos e trabalhariam juntos mais uma vez em outro clássico O Leopardo (1963), vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.
A beleza física de Delon transformou-o em símbolo sexual dos anos 60 e 70. Apesar disso, sempre lutou para ser reconhecido como um grande ator, e não apenas um rostinho bonito. Em 1962, trabalhou com o cineasta Michelangelo Antonioni, no filme O Eclipse, última parte da célebre trilogia da incomunicabilidade desse diretor. Com o cineasta Jean-Pierre Melville, atuou em filmes como Le samouraï (1967), O Círculo Vermelho (1970) e O Expresso para Bourdeaux (Un flic, 1971). Trabalhou ainda com outros grandes cineastas, como Valerio Zurlini, em A primeira noite de tranqüilidade (1972), Joseph Losey, emCidadão Klein (1976) e O Assassinato de Trotsky (1972), Jean-Luc Godard, em Nouvelle vague (1990).

Os Brutos Também Amam...

De descendência ucraniana, Jack Palance nasceu Volodymir Ivanovich Palahniuk em 18 de fevereiro de 1919, na Pensilvânia rural de carvão. Seu pai, um mineiro, morreu da doença do pulmão preto. O rapaz, de sensibiliadde artística, trabalhou nas minas nos seus primeiros anos, mas evitou o mesmo destino de seu pai. Atletismo foi a sua passagem para fora das minas, quando ele ganhou uma bolsa de futebol para a Universidade da Carolina do Norte. Em seguida, saiu para tentar a sua sorte no boxe profissional. Embora ele certamente tivesse talento e registro de um bom boxeador, ele se decidiu por uma forma menos abusiva da vida. Depois de condecorados serviço na Segunda Guerra Mundial com a Força Aérea do Exército como um piloto de bombardeiro, ele retomou os estudos universitários como jornalista na Universidade de Stanford e tornou-se um jornalista esportivo do jornal San Francisco Chronicle. Ele também trabalhou para uma estação de rádio até perto de começar a carreira de ator.
CURIOSIDADES


Antes da carreira artística, Jack Palance foi lutador profissional de boxe, com muitos acreditando que sua face desfigurada se devesse aos golpes recebidos, mas na verdade a desfiguração foi causada por um acidente aéreoquando tomava aulas de pilotagem.
Nunca assistiu nenhum dos seus próprios filmes.
Frequentou a Universidade da Carolina do Norte. Falou seis idiomas: ucraniano, russo, italiano, espanhol, francês e Inglês.
Sua estrela na Calçada da Fama fica em frente da vitrine da loja  Fredericks, do ramo de roupas íntimas.
Durante o dia lutava, à noite trabalhou como cozinheiro, garçom e nas folgas como salva-vidas na praia e modelo fotográfico.
Certa vez, durante as filmagens de uma cena de luta com Burt Lancaster, Palance realmente deu um soco no desavisado Lancaster. O não menos truculento Lancaster respondeu com um golpe no intestino de Palance que o fez vomitar.
Por ocasião da entrega do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por Amigos, Sempre Amigos (1991) na 64 Annual Academy Awards (1992), o já velho Palance comentou sobre o porque dos diretores de elencos questionarem a capacidade física dos atores veteranos. Ali mesmo no palco, abaixou-se e fez várias flexões com apenas um braço. Levantou-se e ainda fez piadas sobre.
Foi pintor e poeta contumaz. Era vegetariano, mas manteve um rancho com um mil hectares de criação de gado no Tehachapi montanhas da Califórnia e uma fazenda de 500 acres no condado de Luzerne, na Pensilvânia.
Pai de Cody Palance (nascido em dezembro 1955, morto em 15 de julho de 1998), com quem atuou no filme Os Jovens Pistoleiros (1988).
Em um talk show transmitido nacionalmente pela TV, Palance abordou a repetida história sobre como ele supostamente teria feito tais danos em seu rosto com a cirurgia plástica que lhe deu a cara todos nós sabemos. Ele disse: "Eu sei que não sou a beleza, mas estas são as características da Estónia. Eu nasci assim".
Recusou o papel que foi de Telly Savalas em Os Doze Condenados (1967), porque acreditava que o filme tinha muita violência desnecessária.
Membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Sucursal Atores).
No final de 1930 e início dos anos 1940 Palance foi pugilista profissional na categoria peso pesado e lutava com o nome de Jack Brazzo. Depois de ganhar seu primeiro cinturão, Jack se alistou no Exército quando a Segunda Guerra Mundial estourou. Após a guerra ele virou ator e nunca mais retomou sua carreira de boxe.
Ele pronunciava seu sobrenome "PAL UNSE," não "pah-LAHNSE" como algumas pessoas acreditam.
Para os mais jovens, Palance se tornou conhecido no Brasil pela atração "Acredite Se Quiser!" (Ripley's Believe It or Not!"), que exibia casos bizarros nos anos 80, na extinta TV Manchete.
Fonte: IMDB

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Gilda


17/10/1918, Nova York, EUA
14/5/1987, Nova York, EUA

Rita Hayworth, a diva dos anos 1940, encantou o mundo com sua beleza, seu carisma e sua dança. Seu nome original era Margarita Carmen Cansino e não era loira de nascença. Além de mudar a cor dos cabelos, ela aumentou a testa.

Na adolescência, o pai, Eduardo Cansino, um bailarino espanhol, a obrigava a rigorosos treinos de dança. Sua mãe, Volga Haworth, era de origem irlandesa e artista do Ziegfeld Folies.

Desde muito pequena, Margarita começou a trabalhar na companhia familiar "The Dancing Cansino". Depois seu pai montaria uma academia de baile em Hollywood, uma vez que trabalhava como coreógrafo na Fox.
Margarita chamou a atenção de um produtor da Fox e estreou em 1935 em papéis menores, até que se casou com o milionário Edward Judson.

Até 1937, ano em que foi contratada pela Columbia, apareceu nos créditos como Rita Cansino, adotando o nome Hayworth a partir de "Criminals of the Air".

Em 1939, interpretou um papel secundário em "Só os Anjos Têm Asas" e começou a alcançar popularidade, até conquistar a fama definitiva em "Gilda". A personagem foi criada especialmente para Rita, que inicialmente não queria interpretá-la, aceitando apenas após o roteiro ser alterado de forma a valorizar sua presença.

Com direção de Charles Vidor, o filme foi lançado nos EUA em 1946, com Glenn Ford fazendo o papel de Johnny Farrell, gerente de um clube noturno em Buenos Aires, que reconhece em Gilda, mulher de seu amigo, um amor do passado. Foi o terceiro de sete filmes em que Rita atuou com Glenn Ford.

Em "A Dama de Shangai" (1948), Orson Welles interpreta um homem inocente envolvido numa perigosa trama que envolve a bela personagem de Rita e seu marido aleijado. Em 59 filmes, Rita atuou ainda com atores de talento, como Gene Kelly e Fred Astaire, e ficou na 98ª posição na lista das 100 maiores estrelas do cinema de todos os tempos.

Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz, por "O Mundo do Circo" (1964). Nunca recebeu uma indicação para o Oscar, o que não a impediu de comparecer às festas de premiação. Teve uma vida sentimental agitada, casando-se cinco vezes, com Edward Judson (1947-1943), Orson Welles (1943-1947), príncipe Ali Khan (1949-1953), com quem teve sua filha Yasmine, Dick Haynes (1953-1955) e James Hill (1958-1961).

Em 1972, abandonou o cinema e pouco depois começou a sofrer do mal de Altzheimer, doença que a fez sofrer de depressão e alcoolismo. Morreu em 1987, antes de completar 69 anos.

Alguns de seus filmes inesquecíveis foram: "O Sétimo Mandamento" (1962), "Salomé" (1953), "Uma Viúva em Trinidad" (1952), "Os Amores de Carmen" (1948), "Quando os Deuses Amam" (1947), "Minha Namorada Favorita" (1942), "Sangue e Areia" (1941) e "O Protegido de Papai" (1940).
Fontes: IMDB, Net-Saber, Wikipedia





Os Corruptos...



Glenn Ford, que nasceu Gwilyn Ford em Quebec, no Canadá, em 1916, começou profissionalmente no teatro, em 1935. Seus êxitos na Broadway chamaram a atenção de Hollywood e ele foi contratado pela Fox. Fez seu primeiro filme em 1939 e até 91, quando interpretou o último, participou de 85 títulos. É o que garante sua biografia oficial. São filmes pertencentes a vários gêneros - westerns, comédias, dramas, policiais, muitos deles assinados por grandes diretores e que se tornaram marcos do cinema.

Memorável cena de strip-tease de "Gilda"

Em 1958, foi eleito o maior galã hollywoodiano, com atuações consagradas no teatro e na TV. O motivo foram suas atuações magistrais em clássicos como "Gilda", de 1946, "Os Amores de Carmem", de 48, "Sementes da Violência", de 55, ou alguns bons faroestes como "Cimarron" (1960), "O Pistoleiro do Rio Vermelho" (1967) e "A Pistola do Mal" (1968).
A cena que o eternizou na memória dos fãs foi seu semblante de arrebatamento diante de Rita Hayworth, quando ela simula um strip-tease só tirando a luva, em "Gilda".
Havia algo de especial na presença cênica de Glenn Ford. Talvez fosse o sorriso franco mas um pouco tímido, de menino, que o fragilizava. Construindo sua carreira no cinema de ação - e, eventualmente, no cinema dito psicológico -, ele não tinha a força da presença dos mocinhos lendários. Glenn Ford não era durão como John Wayne e Gary Cooper ao empunhar a pistola. Também não tinha as vacilações que tornam tão dúbios os heróis de James Stewart e Randolph Scott. Era menino, um menino crescido, adulto, mas, ainda assim, com algo de infantil.
Não por acaso, seus personagens característicos são homens que lutam contra as próprias debilidades para recuperar a força que perderam (ou está ameaçada). A carreira sofreu um hiato durante a 2ª Guerra Mundial, quando Glenn Ford entrou para a Marinha. De volta a Hollywood, ele iniciou sua fase mais rica.

Casou-se três vezes e teve um filho

Casou-se três vezes (com Eleanor Powell, Kathryn Hays e Cynthia Hayward). Com Eleanor teve seu único filho, Peter. E contracenou com grandes estrelas - entre elas Rita Hayworth. Entre os filmes que interpretou estão "Gilda", de Charles Vidor, de 1946, no auge do mito de Rita como mulher fatal; "Os Corruptos" e "Desejo Humano", de Fritz Lang, de 1953 e 54; "Sementes da Violência", de Richard Brooks, de 1955; "O Irresistível Forasteiro", de George Marshall, de 1958; "Cimarron", de Anthony Mann, de 1960.