sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Pantera Cor-de-rosa...


Blake Edwards
(Cineasta americano)
26-6-1922, Tulsa, OK, USA
15-12-2010, Califórnia
Diretor, produtor e roteirista americano. Nasceu com o nome William Blake McEdwards, em Tulsa, Oklahoma. Vindo de uma família de atores, começou a trabalhar desde cedo, fazendo cinema como ator de 1942-1948.
Escreveu para o rádio e depois, associado a Richard Quine, fez o roteiro de sete filmes (quatro especialmente para Mickey Rooney).
De começo modesto, revelou mais tarde talento para a comédia em Um Convidado Bem Trapalhão e na longa série A Pantera Cor-de-rosa (ambos com Peter Sellers).
Casado com Julie Andrews desde 1969, passou a fazer filmes para ela. Isso não ajudou salvar sua carreira nem a dela (com exceção de Victor ou Victoria?).
A morte de Peter Sellers em 1981 não impediu que rodasse a Trilha da Pantera Cor-de-rosa em 1982. Com certa falta de ética (Blake e Sellers brigavam muito porque o comediante era praticamente um louco mental), usou cenas com Sellers não aproveitadas das outras versões da Pantera Cor-de-rosa, foi processado pela família de Sellers e perdeu.
Não contente e com pouca sorte, tentou continuar a série sem Sellers (A Maldição da Pantera-Cor-de-rosa). Em 1986 dirigiu um filme autobiográfico, rodando em sua casa com a família: That’s Life!. Apesar de irregular, foi o único diretor dos anos 1970-90 que soube fazer comédia visual, o velho e bom pastelão.
Dirigiu também na Broadway com sucesso mediano, a versão de Victor/Victoria?, sempre com Julie Andrews (gravado para a TV japonesa, em 2000 foi lançado em DVD), mas o filme é melhor.
É pai da atriz Jennifer Edwards. Seu avô foi diretor do cinema mudo, J. Gordon Edwards. E seu pai Jack McEdwards, foi diretor teatral e gerente de produção em cinema.
De acordo com informações da revista "Variety", Andrews e seus filhos estavam ao seu lado no leito de morte.

A Noviça Rebelde...


Julie Andrews
(Atriz e dançarina)
1935 – Walton-on-Thames, Ing.


Julia Elizabeth Wells nasceu em Walton-on-Thames, Inglaterra, no dia 01/10/35, filha de um professor de trabalhos manuais, Ted Wells, e de uma pianista, Barbara Wells. Aos dois anos começou a estudar dança com a tia, Joan. Quando Julia tinha apenas 4 anos, seus pais se divorciaram e a menina foi morar com a mãe e o padrasto, Ted Andrews, cantor e artista de vaudeville. Foi Ted Andrews quem descobriu que Julie possuía uma voz que, devidamente trabalhada, iria torná-la famosa em toda Inglaterra. Sendo verificado que sua laringe era completamente desenvolvida já aos sete anos, começou a ter aulas de canto com Madame Lilian Stiles-Allen.
Ao interpretar Cinderella numa das pantomimas de Natal, em 1953, chamou a atenção da diretora Vida Hope que a achou ideal para interpretar Polly Brown na versão americana do musical The Boy Friend (O Namoradinho). A princípio Julie recusou deixar a Inglaterra por tanto tempo, mas depois acabou aceitando e foi para Nova Iorque estrelar a peça. O musical foi um sucesso e Julie começou a ser convidada a fazer testes para vários musicais, entre eles My Fair Lady (Minha Bela Dama).
Ao vê-la em cena interpretando a rainha Guenevere, em Camelot, Walt Disney encantou-se com Julie. Chamou-a, então, para protagonizar o que seria o seu primeiro filme: Mary Poppins, pelo qual ganhou o Oscar de melhor atriz do ano de 1964. Sua interpretação da babá-feiticeira ainda é lembrada por muitos mas seu maior sucesso, com o qual é até hoje identificada e amada, ainda estava por vir. The Sound of Music (A Noviça Rebelde), é um dos filmes mais assistidos e foi um tremendo sucesso de bilheteria na época, quebrando recordes, e conquistando cinco Oscar.
 Julie atuou em alguns filmes entre musicais (Positivamente Millie, A Estrela), dramas (Não podes comprar o meu amor e Hawaii) e o suspense (Cortina Rasgada), de Alfred Hitckcock.
Após filmar Darling Lili (Lili, minha adorável espiã), em 1969, casou-se com o diretor-produtor-escritor Blake Edwards, casamento esse que durou até ontem (12/12/2010), com a morte do marido, com quem teve vários frutos, entre os quais (Semente de Tamarindo), Mulher Nota Dez, Victor ou Victoria ?) e Assim é a Vida. Por sua atuação em Victor ou Victoria ,Julie recebeu sua terceira indicação ao Oscar e ganhou seu quarto Globo de Ouro.

Muito além do jardim...


Peter Sellers
(Ator de cinema britânico)
8-9-1925, Southsea
24-7-1980, Londres
Sellers adquiriu fama mundial como ator cômico com seu papel de Inspetor Clouseau em A Pantera Cor-de-Rosa (1963), contracenando com David Niven. O filme, conhecido ainda pela célebre trilha sonora, teve diversas sequências, como A Volta da Pantera Cor-de-Rosa (1974). Outros títulos importantes de sua filmografia são O Quinteto da Morte (1955) e Dr. Fantástico (1963, dirigido por Stanley Kubrick). Seu filme de maior qualidade cinematográfica é, provavelmente, Muito Além do Jardim (1979), no qual interpreta um personagem intelectualmente limitado, obcecado por televisão, que ascende involuntariamente ao establishment norte-americano.

COMO NASCEU A PANTERA
Depois de se divorciar por causa de uma paixão fulminante pela atriz Sophia Loren que o rejeitou, a carreira de Sellers  despenca. Era o ano de 1963, quando seu agente lhe apresentou o roteiro do novo filme de Blake Edwards, PANTERA COR-DE-ROSA. "O filme foi recusado por Peter Ustinov, mas Edwards é o grande nome hoje em Hollywood e quer você para o papel", diz o agente. Sellers, em um de seus ataques de fúria, recusa, dizendo que não é ator para pegar "as sobras de Peter Ustinov". Mas acaba voltando atrás após algumas visitas a um místico charlatão, que diz ler o futuro de sucesso de atores e atrizes de Hollywood.
Sucesso cômico do rádio e rejeitado pela indústria de cinema por não ter o biotipo desejado, Sellers partiu ao encontro de Edward, com quem formaria uma dupla do barulho. No avião, olhou o desenho de um homem de bigodes na caixa de fósforos, foi ao banheiro, raspou a barba e levantou a gola do casaco: o inspetor Clouseau estava pronto.
O resultado é que Sellers rouba a cena do então astro David Niven e transforma A PANTERA COR-DE-ROSA em um grande sucesso.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Amarcord


Federico Fellini
(Cineasta italiano)
20/01/1920, Rimini (Itália)
31/10/1993, Roma (Itália)
A revista italiana de humor "Marc Aurélio", em Florença, publicou as primeiras caricaturas assinadas por Federico Fellini, que, a partir de 1939, fez também pequenos roteiros e piadas para comediantes. Mas seu primeiro grande trabalho, em 1945, foi escrever parte do roteiro de "Roma, Cidade Aberta", do cienasta Roberto Rossellini, filme considerado o manifesto do cinema neo-realista. Fellini participou também do filme seguinte de Rossellini, "Paisà" (1946), como co-roteirista e assistente de direção.

Esse foi o início de sua carreira no cinema, como co-roteirista e colaborador também dos diretores Alberto Lattuada e Pietro Germi. Sua estréia como co-diretor foi ao lado de Lattuada, em "Mulheres e Luzes" (1950). Em seguida, fez seu primeiro filme, "Abismo de um Sonho" (1951), no qual a influência do realismo já começa a ser substituída pelo clima de sonho que caracterizou sua obra.

O primeiro filme polêmico tanto entre católicos quanto comunistas foi o sucesso "Na Estrada da Vida" (1954), com sua mulher, a atriz Giulieta Masina, Anthony Quinn e Richard Basehart. A obra lhe rendeu o primeiro Oscar de filme estrangeiro. A segunda estatueta foi por "As Noites de Cabíria" (1957), e o terceiro por "Oito e Meio" (1963).

Mas nada o preparou para o sucesso e o escândalo de "A Doce Vida" (1959). O diário oficial da Igreja Católica, L'Osservatore Romano, clamou: "Basta!". Porém, o filme deu a Fellini a Palma de Ouro em Cannes, em 1960. Além de criticar a ligação entre o estado e o catolicismo, a obra ficou famosa pelo desempenho de colaboradores de Fellini: o compositor Nino Rota, e os atores Marcello Mastroianni e Anita Ekberg - a cena do banho na Fontana di Trevi em Roma é um dos ícones do cinema ocidental e que você verá no post do Marcelo Mastroiani, aqui no “CinemaScope”.

Poucos autores tiveram um estilo tão característico. Tanto que, por motivos mercadológicos, seu nome foi colocado no título de filmes como "Fellini Satyricon" (1969), "Roma de Fellini" (1972) e "Casanova de Fellini" (1976). O diretor nunca negou ter feito filmes autobiográficos, mas "Amarcord" (Eu me recordo, em dialeto), de 1973, é o que mais claramente resultou como uma mistura de sonhos e lembranças.

Em o Ensaio de Orquestra (1979), o cineasta fez uma auto-análise como diretor de pessoas e ao mesmo tempo reflete sobre a união das várias províncias italianas, num momento em que o Norte da Itália falava em separar-se do Sul. Seus últimos filmes se tornaram cada vez oníricos: "Cidade das Mulheres" (1980), "E la Nave Va" (1983), "Ginger e Fred" (1985) e "A Voz da Lua" (1990).

Noites de Cabíria


Giulietta Masina
(Atriz italiana)
22-2-1921,
San Giorgio di Piano (Itália)
19-12-1996, Roma


Giulia Anna Masina passou parte de sua adolescência vivendo com uma tia viúva em Roma, onde ela cultivava uma paixão para o teatro e estudou e se licenciou em Filosofia. Ela começou sua carreira no rádio com o programa "Terzoglio" (1942), com scripts escritos por Federico Fellini. A série trouxe grande sucesso e o casamento com Fellini que a tornou como a musa inspiradora para muitos de seus filmes.

Giulietta fez sua estréia no cinema em Senza Pietá (1948), dirigido por Alberto Lattuada, mas realmente estabeleceu a sua reputação com os filmes: Persiane chiuse (1951), dirigido por Luigi Comencine, e Mulheres Luzes (1950), que também marcou a estréia de Fellini como diretor (o filme deu créditos tanto para Fellini, como para Lattuada) e Europa 51 (1952), dirigido por Rpberto Rossellini . Sua parceria artística com o marido realmente decolou com o vencedor do Oscar A estrada da Vida (1954), seguido por A Trapaça (1955) e o aclamado Noites de Cabíria (1957), que também ganhou um Oscar e trouxe-lhe o prêmio de Melhor Performance Feminina no Festival de Cinema de Cannes. Nos anos seguintes ela interpretou muitos papéis inesquecíveis em filmes como Fortunella (1958), dirigido por Eduardo de Filippo, Nella Cittá L’Inferno (1959), dirigido por Renato Castellani, e mais tarde em Giulietta dgli spiriti (1965) e Ginger e Fred (1986), ambos dirigidos por Fellini.

Giulietta Masina morreu em Roma em 1994, poucos meses depois da morte de seu marido.

A Doce Vida


Marcelo Mastroiani
(Ator italiano)
28-9-1924, Fontana Liri
19-12-1996, Paris


Mastroiani iniciou sua carreira como dublê, tornando-se um dos atores mais famosos do cinema europeu graças a seu enorme carisma, que fez dele uma lenda. Trabalhou muitas vezes com Federico Fellini, representando com freqüência o papel de um músico culto ou de um bon-vivant melancólico, que cativava as mulheres. Pertencem a esta fase La Dolce Vita (1959), Fellini, Oito e Meio (1962), A Cidade das Mulheres (1979), Ginger e Fred (1986) e Entrevista (1987). Participou na versão para o cinema de O Estrangeiro, baseada no romance de Albert Camus e dirigida por Luchino Visconti. Mastroiani contracenou com atrizes famosas como Jeanne Moreau em A Noite (1960), Hanna Schygulla em A Estória de Piera (1982) e Sophia Loren em Prêt-à-Porter (1995, de Robert Altman). Com Sophia personificou o par ideal em comédias dos anos 60. Na maturidade, Mastroiani teve sucessos como Olhos Negros (1987), pelo qual recebeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes. Entre seus últimos filmes, destacam-se Splendor (1989), Romance de Outono (1992) e Afirma Pereira (1995).


Amarcord


Nino Rota
(Compositor e maestro italiano)
3-12-1911, Milão
10-4-1979, Roma
Giovanni Rota Rinaldi nasceu em Milão, uma das cidades mais sofisticadas da Itália, com grande influência na cultura criativa. Nino Rota era uma criança prodígio, já que aos oito anos começou seus estudos de música. O seu talento aflorou quando tinha onze anos e compôs um oratório intitulado "A Infância de São João Batista". Estudou composição e regência no Conservatório de Milão. A complementação de seus estudos se daria nos Estados Unidos, com dois conceituados mestres de composição: Rosário Scalero e Fritz Reiner.
Certa vez, o cineasta Federico Fellini afirmou: "o colaborador mais valioso de todos era Nino Rota. Entre nós estabeleceu-se uma integração total desde Abismo de Um SonhO. Nossa integração foi interessante: eu tinha decidido ser diretor, e Nino era uma premissa para que continuasse a sê-lo. Tinha uma imaginação geométrica, uma visão musical das esferas celestes, para quem não havia necessidade de ver as imagens de meus filmes."
No ano de 1968, ele aceita um convite de Franco Zefirelli para compor a música de ROMEU E JULIETA, que dotada de lirismo e romantismo capazes de levar às lagrimas multidões do mundo inteiro, tornou-se uma de suas trilhas mais famosas até então.
Francis Ford Coppola foi até a Itália, em 1972, convidar pessoalmente Nino Rota para fazer a música de O PODEROSO CHEFÃO, filme baseado no romance de Mario Puzo. Em 1974, a música de O PODEROSO CHEFÃO 2 foi premiada com o Oscar, porém naquela oportunidade a trilha foi composta em parceria com o pai do diretor, o compositor Carmine Coppola. Cumpre destacar que Carmine compôs apenas três faixas, enquanto Nino Rota ficou com as restantes 11 faixas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Os Sete Samurais...


Akira Kurosawa (Diretor de cinema japonês )
1910– 1998
O mais famoso cineasta japonês, Akira Kurosawa é referência para muitos jovens e experientes diretores de cinema da atualidade. Em 50 anos dirigindo filmes, ele fez 32 longa metragens. Em 1989 foi premiado com um Oscar pelo conjunto da obra e seu filme Dersu Usala levou o prêmio da Academia como Melhor Filme Estrageiro. Kurosawa nasceu em Tókyo no dia 23 de março de 1910 e faleceu em setembro de 1998, aos 88 anos. Ele também foi pintor, ilustrador de revistas, publicitário e assistente de direção antes de ser cineasta.
Os mais icônicos filmes são Os Sete Samurais, O Luminoso, Ran, Rashomon, A Fortaleza Escondida e O Barba Ruiva.
 “A linguagem cinematográfica de Akira está profundamente interligada ao sentimento humano. Para ele o homem não nascia com direitos sobre o mundo. Para ele nada estava adquirido. Pelo contrário, o homem devia olhar de frente o pior do que a humanidade foi e sempre será capaz. Em seus filmes o componente reflexivo, sempre estará presente, que se traduz em mensagens adequadas ao nosso cotidiano, focalizando um homem frente as escolhas éticas e morais. Clássico na forma e romântico na essência, Akira Kurosawa foi um cineasta eclético, passando dos dramas históricos samurais às adaptações da literatura ou a crítica da sociedade contemporânea. Todos os meus filmes têm um tema em comum: por que os homens não podem ser mais felizes juntos? Sua obra densa onde se fundem a alma japonesa e os valores universais”.
Hadija Chalupe da Silva é graduada em Imagem e Som, e produtora de cinema.

O Tesouro de Sierra Madre...


John Huston
(Diretor de cinema norte-americano )
1906 – 1987
John Huston nasceu em 5 de agosto de 1906 em Nevada, Missouri. Filho do ator Walter Huston, desde criança acompanhou-o em viagens por todo o país. Foi boxeador, soldado da cavalaria mexicana, autor de contos e peças, jornalista e ator antes de começar a escrever para cinema, em 1931. Estreou como diretor em The Maltese Falcon (1941; Relíquia macabra), baseado no romance de Dashiell Hammett. O filme inaugurou a associação de Huston com Humphrey Bogart e tornou-se um clássico. Também se consagraram os documentários que realizou sobre a segunda guerra mundial, entre eles Let There Be Light (1945), proibido até 1981. Por discordar da política americana, Huston naturalizou-se irlandês em 1967.
Outros filmes seus se tornaram clássicos, como O Tesouro de Sierra Madre, adaptado da história de B. Traven, com a emblemática cena final do ouro em pó disperso pelo vento. O tema do fracasso reaparece em Os desajustados e A Honra do Poderoso Prizzi, último filme que o cineasta lançou em vida e que deu o Oscar de melhor atriz a sua filha Anjelica Huston. Outros clássicos são Paixões em Fúria e O Segredo das Jóias. Sua técnica era instintiva. Nunca filmava uma cena duas vezes; preferia solucionar os problemas na montagem.
Huston também atuou como ator em alguns de seus filmes, como Roy Bean, o Homem da Lei, e de outros diretores, destacando-se em Chinatown (1974), de Roman Polanski. Adaptou muitas obras literárias para o cinema, entre elas A Glória de um Covarde, de Stephen Crane; Moby Dick, de Herman Melville; A noite do iguana), de Tennessee Williams; O Homem Que Queria Ser Rei, de Rudyard Kipling; e À Sombra do Vulcão), de Malcolm Lowry.
Em 1980, publicou sua autobiografia, Um livro aberto. Seu último filme foi Os Mortos (1987) de lançamento póstumo, baseado num conto de James Joyce. Morreu em 28 de agosto de 1987 em Middletown, Rhode Island.

No Tempo das Diligências...


Sean Aloysius O'Feeney, o John Ford
(Diretor de cinema norte-americano )
1895 – 1973
Diretor de cinema norte-americano nascido em Cabo Elizabeth, Maine, Estados Unidos, que conferiu dignidade e significado sociológico ao estilo western norte-americano. Antes de ir para Hollywood (1914) trabalhar com o irmão Francis, foi vendedor de sapatos e vaqueiro. Em Hollywood trabalhou como dublê em cenas perigosas, estreou como diretor de filmes de aventuras no velho oeste, da produtora Universal. Depois de mais de sessenta filmes, ganhou fama com The Iron Horse (1924), sobre a primeira estrada de ferro transcontinental. Dirigiu filmes mudos para a Fox-Film, como Cameo Kirby (1922), Three Bad Men (1927) e Black Watch (1929), desenvolvendo um estilo próprio e original de direção que tanto o caracterizou. Com o advento do cinema sonoro consagrou-se com obras como The Informer (1935), The Grapes of Wrath (1940), How Green Was My Valley (1941) e The Quiet Man (1952). Após dirigir 144 filmes de vários gêneros, em 59 anos de carreira, vários deles estrelados por seu grande amigo John Wayne (1907-1979), afastou-se do cinema (1965) e morreu oito anos depois, em Palm Desert, Califórnia. Entre outros clássicos do faroeste ficaram mundialmente conhecidos pelos amantes do gênero, Stagecoach (1939), acolhido pela crítica mundial como um dos melhores westerns de todos os tempos e no Brasil denominado de No tempo das diligências, My Darling Clementine (1946), Fort Apache (1948), Wagonmaster (1950), The Man Who Shot Liberty Valance (1952) e Cheyenne Autumn (1964). Embora seu nome esteja ligado ao tema western, vários de seus filmes abordaram temas sociais e em obras de temas bem diversos receberam aplausos do público e da crítica.

 

O Bom, o Mau e o Feio...


Sergio Leoni(Diretor de cinema italiano )
1929– 1989
Por Rodrigo Cunha
Logo após finalizar sua Trilogia dos Dólares, formada por Por um Punhado de Dólares, Por uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito, Sergio Leone resgatara todo o respeito e a certeza de que os faroestes poderiam ser bons filmes, não apenas entretenimento barato. Agora almejava novos horizontes. Em sua mente já se desenhava um dos maiores clássicos policiais de todos os tempos, mas a Paramount só bancaria seu sonhado Era Uma Vez na América caso ele fizesse apenas mais um faroeste. Sergio estava em um beco sem saída, uma vez que, na sua cabeça, já não haviam mais histórias nesse gênero para serem contadas. Mas Leone não se deixou levar pelo olhar ambicioso sobre os lucros que esse novo filme poderia gerar. Se devia ser feito, que fosse algo bom. Ele se juntou então com Sergio Donati, Bernardo Bertolucci e Dario Argento para escrever a história e o roteiro desse seu novo trabalho. Assim nasceu a obra-prima Era uma vez no Oeste.
Era uma vez no Oeste é um filme muito mais plástico que os outros de Leone, um drama ambientado no Velho-Oeste. Aqui acontece uma história muito mais profunda, sem humor e com violência menos explícita que em seus outros filmes, mas essas não são necessariamente características ruins. São apenas diferentes. Até mesmo o jeitão do “Gaita” não combina com Clint Eastwood. Ele não é irônico, canastrão e nem brinca com a cara das pessoas. Ele é apenas um tremendo grosso que impõe a sua força quando necessário, calado e de atitude. Em Charles Bronson o diretor encontrou a pessoa certa para combinar boa atuação com o perfil que o personagem exigia.
O Filme Por um punhado de dólares, com Clint Eastwood, foi baseado no filme Yojimbo de Akira Kurosawa, comédia satírica exuberante e impetuosa sobre a violência.

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O título do YOU TUBE tem um erro na grafia.




CONTINUE!  O Cinemascope tem muito mais tela aqui embaixo, no POSTAGENS MAIS ANTIGAS

domingo, 28 de novembro de 2010

A Malvada


Bette Davis
(Atriz de cinema norte-americana)
5-4-1908, Massachusetts,
EUA
6-10-1989.
Neuilly, França
Desde cedo, Bette perseguiu a carreira de atriz.  Sua primeira experiência ocorreu em 1923 na peça off-Broadway "The Earth Between".  Sua estréia nos palcos da Broadway se deu em 1929, na peça "Broken Dishes".  Em 1930, foi contratada pelos Estúdios da Universal, tendo estreado em Hollywood com o filme "Garota Rebelde", de Hobart Henley.  Ao longo de sua carreira, foi agraciada com dois Oscars de Melhor Atriz por suas atuações em "Perigosa", de Alfred E. Green, e "Jezebel", de William Wyler, sendo ainda indicada a essa famosa estatueta por seu trabalho em nove outros filmes.
No início dos anos 60, sem trabalho e precisando de dinheiro, chegou a publicar um anúncio nos principais jornais de Los Angeles, apresentando-se como "atriz desempregada, ganhadora de dois Oscars, com experiência teatral".  O diretor Robert Aldrich respondeu ao anúncio, convidando-a para estrelar "O Que terá acontecido à Baby Jane?", ao lado de outra grande estrela do cinema, Joan Crawford.


CURITOSIDADES
- Foi a primeira mulher a ser presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Ela renunciou ao cargo dois meses após tomar posse, reclamando que os integrantes da Academia apenas a queriam como Presidente para ser um mero elemento figurativo.

- Foi homenageada na década de 80 na canção "Bette Davis Eyes", de Kim Carnes.

- Foi indicada ao Oscar em 5 anos consecutivos, de 1938 a 1942, sendo a atual recordista de indicações seguidas ao lado da atriz Greer Garson.

- Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma referente ao seu trabalho no cinema e outra referente ao seu trabalho na televisão. Elas estão localizadas em 6225 Hollywood Boulevard e 6233 Hollywood Boulevard.

- O diretor Steven Spielberg comprou os dois Oscars ganhos por Bette Davis em leilões ocorridos, entregando ambas as estatuetas para que ficassem aos cuidados da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Por A Malvada, Bette Davis ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes (feito que poucos se lembram) e foi indicada pela oitava vez ao Oscar.

O Inimigo Público


James Cagney
(Ator de cinema norte-americano)
17-7-1899, Nova York
30-3-1986. Stanfordville, Nova York
Depois de diversas aparições em revistas da Broadway, Cagney dedicou-se ao cinema, popularizando seus típicos movimentos nervosos e sua fala frenética, sobretudo em filmes do gênero noir (Inimigo Público, 1931), mas também em comédias como Um, Dois, Três realizada por Billy Wilder em 1961. Em 1942 recebeu um Oscar por seu papel no filme musical Canção da Vitória, prêmio com que foi de novo agraciado em 1974, pelo conjunto da sua carreira. Em 1981 regressou às telas com o filme Na Época do Ragtime.
Tendo atuado em quase 70 filmes, James Cagney foi agraciado com o Oscar por seu trabalho em "A Canção da Vitória", de Michael Curtiz, em 1942, além de ter recebido outras duas indicações à estatueta por suas atuações em "Anjos de Cara Suja", também de Michael Curtiz, em 1938, e "Ama-me ou Esquece-me", de Charles Vidor, em 1955.

Embora não fumasse e raramente bebesse, Cagney transformou-se no maior "durão" do cinema norte-americano, especializando-se em papéis de gângsteres.  Foi presidente do Sindicato dos Atores, entre 1942 e 1944, tendo
sido também um de seus fundadores.

À Beira do Abismo


Lauren Bacall
(Atriz de cinema norte-americana)
16-9-1924,
New York, NY, EUA
"A vida é estranha. A minha vida é o que jamais esperei que ela fosse" (Lauren Bacall). Nascida Betty Joan Perske.
Como Betty Bacall, fez sua estréia na Broadway em 1942, na peça "Johnny Two By Four".  Por conta de sua beleza, apareceu na capa da Harper's Bazaar, uma das mais populares revistas dos Estados Unidos.  Ao ver a tal foto, a esposa do famoso diretor Howard Hawks sugeriu que o marido a convidasse para um teste em Hollywood e, como resultado, foi-lhe dado o papel de Marie Browning no filme "Uma Aventura na Martinica", de 1944, contracenando com Humphrey Bogart, com quem se casaria no ano seguinte.  Essa parceria repetiu-se com sucesso em diversos outros filmes. A trajetória de sua carreira sofreu um grande abalo durante a luta de seu marido contra o câncer de garganta.  Após a morte de Bogart, em 1957, Lauren passou a ter problemas com a Warner Bros.  Em 1959, voltou a atuar e a fazer sucesso, desta vez na Broadway, principalmente com as peças "Cactus Flower" e "Applause", uma adaptação musical de "A Malvada".  Quatro anos depois, retomou sua carreira em Hollywood.

Robin Hood


Errol Flynn
(Ator de cinema australiano)

20 Jun 1909, Austrália
14-Out-1959. Vancouver Canadá
Errol Leslie Thonson Flynn era filho de Theodore Flynn, um respeitado biólogo australiano, e de Marrelle Young, uma jovem mulher descendente de Fletcher Christian e Edward Young, tripulantes do famoso H.M.S. Bounty.
De porte atlético e com um enorme poder de sedução, transformou-se num boêmio conquistador e alvo de maridos ciumentos. Em 1933, estreou no cinema com o filme australiano "In the Wake of the Bounty", no papel de Fletcher Christian, de quem era descendente. Em seguida, participou de dois filmes britânicos, antes de estrear em Hollywood com o filme "A Noiva Curiosa" (1935), do grande cineasta Michael Curtiz. No mesmo ano, a fama bateu à sua porta ao substituir o ator que iria desempenhar o papel principal em um épico sobre piratas. Ao lado de Olivia De Havilland, o filme chamava-se "Capitão Blood" e foi um estrondoso sucesso de bilheteria. Com ela, ele contracenaria em nove filmes, entre os quais "As Aventuras de Robin Hood" (1938), talvez no papel pelo qual é mais recordado
.

Viva Zapata!


Anthony Quinn
(Ator de cinema norte-americano)
21-4-1915  Chihuahua, México
3-6-2001 Boston USA
Sua estréia no cinema ocorreu em 1936, quando apareceu como figurante na comédia da Paramount Pictures, "Haroldo Tapa Olho".  A seguir, conseguiu trabalhar em diversos outros filmes dos mais variados Estúdios, sempre como figurante ou em pequenos papéis como, por exemplo, "Jornadas Heróicas", de 1937, onde assumiu o papel de um índio Cheyenne, filme este dirigido por Cecil B. DeMille, que, no mesmo ano, viria a se tornar seu sogro.  Entre 1936 e 1940, Quinn atuou em cerca de 20 filmes da Paramount.  A partir de 1941, com muitos atores lutando na 2ª Guerra Mundial, ele começou a obter melhores papéis como ator-coadjuvante.  Em 1951, sua carreira foi marcada por sua passagem pela área teatral, tendo atuado em peças como "Um Bonde Chamado Desejo", e por participações em episódios para a televisão.
Ao longo de sua carreira, Quinn foi duas vezes agraciado com o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por suas atuações em "Viva Zapata !", de 1952, e "Sede de viver", de 1956, além de receber outras duas indicações, como Ator Principal, por seus trabalhos em "A Fúria da carne", de 1957, e "Zorba, o Grego", de 1964.  Recebeu ainda duas indicações ao Prêmio de Melhor Ator Estrangeiro da Academia Britânica, e quatro indicações ao Globo de Ouro.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PSICOSE


Alfred Hitchcock
(Diretor de cinema nascido na Inglaterra)
13-07-1899, Londres, Grã-Bretanha
29-04-1980, Los Angeles, EUA.
Hitchcock, teve uma rígida educação jesuíta e pretendia seu engenheiro, mas acabou, ainda bem jovem, desenhando legendas de filmes mudos numa produtora londrina. Na década de 20, com o cinema ainda numa fase romântica, a diferença entre desenhar legendas e dirigir um filme ainda não era tão grande. Depois de um breve período de aprendizado, como assistente de direção e montador, em 1925 fez seu primeiro filme, nunca concluído, "The pleasure garden", obra ainda medíocre. Em 1926, contudo, já assina "The Lodger", uma história com Jack, o Estripador, demonstrando grande talento. Daí por diante, não parou mais de filmar.
Como sua produção era muito extensa, e sempre no ritmo ditado pelos estúdio, teve momentos de maior ou menor qualidade. Mas quem vai negar os acertos de "Psicose", "Vertigo", "Disque M para matar", "Os pássaros", "Intriga internacional" e "O homem que sabia demais"? O estilo de Hitchcock, que combina realismo na ação, uma certo maneirismo na construção dos personagens e extrema inventividade na narrativa visual (resultante, antes de tudo, de uma decupagem brilhante e sofisticada), já foi muito copiado, mas, como acontece com obras e autores de exceção, não pode servir de paradigma para ninguém. Hitchcock foi um dos grandes. E ponto final. – Carlos Gerbase é jornalista, roteirista e diretor.

LADRÃO DE CASACA


Cary Grant
(Ator de cinema norte-americano)
18-1-1904, Bristol, Grã-Bretanha
29-11-1986, Davenport, Iowa
Seu verdadeiro nome era Archibald Alexander Leach. Elegância e encanto pessoal, ironia e humor caracterizam a aparição de Grant nas telas de Hollywood, sobretudo em suas interpretações em várias comédias. O ator levou esta imagem para os filmes de Alfred Hitchcock, com quem rodou, entre outros, Ladrão de Casaca (1955) e Intriga Internacional (1959). Algumas de suas comédias mais famosas foram O Mundo É Um Manicômio (1944) e A Culpa Foi do Macaco (1952). A maioria das atrizes famosas de sua época dividiu com ele o sucesso nos papéis principais: Ingrid Bergman, Doris Day, Marlene Dietrich, Katherine Hepburn, Grace Kelly, Sofia Loren e Mae West, entre outras. Cary Grant chegou aos Estados Unidos vindo da Grã-Bretanha como ator de teatro, obtendo a cidadania norte-americana em 1942. Em 1970, recebeu um Oscar por sua carreira.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

AO MESTRE COM CARINHO


Sidney Poitier(Ator de cinema norte-americano)
20-2-1924, Miami, Flórida
No auge do movimento americano a favor dos direitos civis, Poitier foi, em 1963, o primeiro ator negro de Hollywood a receber o Oscar, atribuído por seu desempenho em Uma Voz nas Sombras. Poitier conseguiu seus maiores sucessos no cinema com o drama Ao Mestre com Carinho (1967); A Maior História de Todos os Tempos (1965); a comédia Adivinhe Quem Vem para Jantar (1967, com Spencer Tracy); e, em 1988, com o filme de ação Atirando para Matar. Também tiveram grande sucesso os filmes em que encarnou o policial Virgil Tibbs, como No Calor da Noite (1966). A partir de 1972, Poitier, que também trabalhou no teatro, dirigiu vários filmes. Em 1994, foi nomeado presidente da Walt Disney Productions.

O PICOLINO


Fred Astaire(Ator norte-americano)
10-5-1899, Omaha, Nebraska
22-6-1987, Los Angeles
Dotado, desde a infância, de um grande talento, Fred Astaire, cujo verdadeiro nome era Frederick Austerlitz, triunfou nos cenários da Broadway. Foi por meio de suas intervenções como bailarino em filmes de Hollywood que, a partir de 1933, alcançou fama internacional. Seu estilo caracterizava-se por uma peculiar agilidade, confirmada pelos seus evidentes dotes artísticos. Formou uma dupla freqüente com Ginger Rogers em vários filmes (entre os quais Swing Time, 1936), e também com outras estrelas de renome, como Rita Hayworth. Entre 1933 e 1939, Fred Astaire rodou nove filmes e, em 1949, recebeu um Oscar especial pelas suas contribuições no âmbito do gênero musical.

O DESPREZO


Brigitte Bardot
(Atriz de cinema francesa)
28-9-1934, Paris

Após um início de carreira orientado pelo primeiro marido, o diretor de cinema Roger Vadim (E Deus Criou a Mulher, 1956), e mais tarde dirigida por Jean-Luc Godard (O Desprezo, 1963) ou por Louis Malle (Viva Maria, 1965), Bardot interpretou papéis de mulher sensual e sedutora que a converteram num símbolo sexual, muito além das fronteiras do seu país. Suas interpretações liberais romperam tabus e despertaram um enorme interesse por sua vida privada. O fato de ter passado a residir com seu terceiro marido em Saint-Tropez contribuiu de forma decisiva para que essa pequena aldeia de pescadores se tornasse ponto de encontro do jet set na Costa Azul. Brigitte Bardot rodou o seu último filme em 1974 e, desde então, tem feito uso da sua popularidade para lutar contra a crueldade para com os animais. Em 1996 publicou as suas memórias.

RASTROS DE ÓDIO


John Wayne
(Ator de cinema norte-americano)
26-5-1907, Winterset, Iowa
11-6-1979, Los Angeles, Califórnia

Seu verdadeiro nome era Marion Michael Morrison. Fosse qual fosse o seu papel — aventureiro do oeste, polícia ou soldado —, Wayne encarnou sempre o estereótipo do herói masculino, com suas características inerentes, como a humildade e o desprezo pela morte, acompanhadas de uma certa dose de brutalidade e intransigência. Os filmes interpretados por Wayne foram sucesso de bilheteria. No Tempo das Diligências (1939), Fort Apache — Sangue de Heróis (1948), Onde Começa o Inferno (1959, juntamente com Dean Martin), Hatari! (1960) e El Dorado (com Robert Mitchum, 1965) são alguns dos mais conhecidos. No seu último filme, O Último Pistoleiro (1976), Wayne interpretou uma vez mais, com um toque de ironia, a típica figura do herói.

E O VENTO LEVOU


Clark Gable
(Ator americano)
1901-1960

Durante muito tempo, Clark Gable foi encarado por boa parte dos críticos apenas como um ator de sucesso somente junto das mulheres. Embora esse êxito peculiar seja também inegável, o fato é que, com o passar dos anos, muitos constataram que esse americano nascido na pequena cidade de Cadiz (o mesmo nome da cidade espanhola) em Ohio, atuava diante das câmeras com uma incrível e maliciosa espontaneidade que o tornou imune ao desgaste natural geralmente acarretado pelo passar dos anos. Quem sabe, essa sua maneira de ser venha da sua origem humilde e das inúmeras dificuldades que enfrentou antes de conhecer a fama. William Clark Gable nasceu em 1 de fevereiro de 1901 no seio de uma família pobre. A mãe morreu quando ele tinha sete meses.

CASABLANCA


Humphrey Bogart
(Ator norte-americano)
25-12-1899, Nova York
14-1-1957, Beverly Hills, Califórnia

Bogart iniciou sua carreira no mundo teatral em 1918. A fama chegou mais tarde, quando começou a encarnar à perfeição a figura do tipo duro e solitário nos filmes americanos dos anos 40. Depois de sua primeira interpretação cinematográfica em 1930, vestiu a pele do detetive que se distancia das convenções sociais, como em Um Preço para Cada Crime (1951). Representou também o gangster frio e sem escrúpulos. Os personagens interpretados por Bogart têm em comum a sensibilidade que se esconde por trás da dureza aparente, de que são exemplos os protagonistas de Casablanca (1942, com Ingrid Bergman), e Uma Aventura na África (1951, com Katherine Hepburn), filme pelo qual recebeu o seu único Oscar.

LUZES DA CIDADE


Charlie Chaplin(Ator de cinema britânico)
16-4-1889, Londres
25-12-1977, Corsier-sur-Vevey, Suíça

O grande mestre do humor, da sátira e da paródia era filho de artistas de palco, Hannah e Charles Chaplin. Como ator principal, autor e, ocasionalmente, compositor da trilha sonora, Charlie Chaplin, cujo nome real era Charles Spencer Chaplin, transformou em arte a chamada comédia-pastelão. Por meio da pantomima e da psicologia transformava os argumentos dos seus filmes em tragicomédias sobre personagens perseguidos que, com humor, paciência e um coração de ouro, se impõem aos caprichos do destino e à deslealdade da sociedade. Chaplin representava o célebre protagonista dos seus primeiros trabalhos, Carlitos, o vagabundo (este é também o título de um filme de 1915) identificado pelo bigode, um chapéu-coco e uma bengala de madeira. Trata-se de um personagem puro e sentimental que involuntariamente se vê envolvido nas mais grotescas aventuras.

OS ASSASSINOS


Ava Lavinia Gardner
(1922-1990)
A beleza morena de Ava Lavinia Gardner surgiu em Hollywood nos anos 40, uma época em que as divas loiras imperavam. Coroada por críticos, imprensa e cinéfilos a dona do rosto mais bonito do cinema, era a preferida dos maquiadores, pois a perfeição do seu rosto facilitava-lhes o trabalho. Filha de camponeses pobres que ganhavam a vida construindo casas de madeira, Ava nasceu na véspera de Natal de 1922, em Smithfield, uma comunidade rural no estado americano da Carolina do Norte. Aos 17 anos Ava foi visitar Beatrice, sua irmã mais velha que vivia em Nova York com o marido. Sem maiores intenções, deixou-se fotografar no estúdio do cunhado Larry Tarr e uma foto ficou exposta na janela. Um caçador de beldades viu a foto e logo ela seria convidada para ser modelo e faria um teste nos estúdios da MGM, o que lhe rendeu o primeiro contrato no cinema em 1941. Pouco tempo depois, casou-se com o ator Mickey Rooney (As Pontes do Rio Toko-Ri, 1954, O Corcel Negro, 1979), de quem se separou depois de um ano e uma semana. O primeiro papel de destaque foi ao lado de Burt Lancaster interpretando a sensual Kitty Collins em Os Assassinos (1946).

NINOTCHKA


Greta Garbo
(Atriz sueca)
18-9-1905, Estocolmo
15-4-1990, Nova York
Greta Garbo, cujo nome verdadeiro era Greta Lovisa Gustafsson, era conhecida pelo epíteto de "A Divina" devido à beleza clássica de seu rosto e ao magnetismo que irradiava. A partir de 1941, Greta Garbo retirou-se e não voltou a aparecer em filmes. Uma das razões para esse isolamento pode ter sido o fracasso de seu último filme, Duas Vezes Meu (1941). Greta Garbo habituara-se a triunfar desde o seu primeiro filme, A Saga de Gösta Berling, rodado na Suécia e baseado numa novela de Selma Lagerlöf. Mauritz Stiller, diretor desse filme, foi quem a batizou então com seu nome artístico e a introduziu em Hollywood, onde, em 1926, assinou um contrato com a Metro-Goldwyn Mayer (Samuel Goldwyn). De sua filmografia destacam-se A Mulher Divina, 1928; Mata Hari, 1931; A Dama das Camélias, 1937; e Ninotchka, 1939. Em 1954, foi premiada com um Oscar pelo conjunto de sua carreira.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pode seguir que a Cinemascope tem muito mais tela...



CinemaScope foi uma tecnologia de filmagem e projeção que utilizava lentes anamórficas e que serviu de base para a novidade tecnológica da Twentieth Century Fox em 1953. Foi utilizada entre1953 e 1967 para a gravação de filmes WIDESCREEN, marcando o início do formato moderno tanto para a filmagem quanto para a exibição de filmes. O surgimento dessa tecnologia de lentes anamórficas, teoricamente, permitiu que o processo criasse uma imagem quase duas vezes mais larga em relação ao até então formato existente.


O Manto Sagrado


A produção do filme “O Manto Sagrado” (The Robe) foi interrompida para que o filme pudesse ser produzido em CinemaScope, tecnologia que o presidente da Fox, Spyros Skouras chamava de "o futuro do cinema". Com a introdução do CinemaScope, a Fox e as outras grandes produtoras visavam impedir que a TV destruísse a indústria do cinema. O padrão foi a base para uma revolução na indústria cinematográfica.
O Cinemascope Blog inicia suas postagens, justamente, com os protagonistas dessa revolução na maneira de assistir filmes no século passado, adotada, neste presente, pela concorrente indústria eletrônica da televisão e do cinema digital com o revitalizado WIDESCREEN acrescido do HD.


BREVE, AQUI!!ENQUANTO ISSO, ASSISTA ALI EMBAIXO, NA TELA PANORÂMICA DO SEU Blog CinemaScope,  TRAILERS DAS SUPER PRODUÇÕES: O Manto Sagrado (The Robe); El Cid e Ben Hur.

Henry Koster - Diretor do primeiro filme em Cinemascope...


Koster realizou numerosos musicais e comédias para a família durante os anos 30 e início dos 40, muitos com Betty Grable. O diretor ficou na Universal até 1941, quando então se transferiu para a MGM e depois a Fox em 1948. Com a entrada dos EUA na Guerra, Koster foi vítima de desconfianças por ser alemão, encontrando dificuldades para seguir na carreira.
Nessa época Koster descobriu a dupla Abbot & Costello que estava se apresentando em uma boate de Nova Iorque. Ele voltou para Hollywood e convenceu a Universal a contratá-los. Peggy Moran se tornou a segunda esposa de Koster em 1942, a quem ele prometera alguns papéis.
Koster foi indicado ao Oscar por The Bishop´s Wife (1947). O cineasta também dirigiu o ator Richard Burton em seu primeiro filme estadunidense (My Cousin Rachel) e continuou com o ator no primeiro filme realizado em CinemaScope,  The Robe (O Manto Sagrado) de 1952.


E AQUI, AS CARICATURAS DAS PRINCIPAIS ESTRELAS DO SUCESSO DA  FOX, "THE ROBE" (O Manto Sagrado).
 Ilustrações com esse padrão serão usadas o tempo todo no nosso Blog Cinemascope.


Richard Burton
(Ator britânico)
10-11-1925, Pontrhydyfen
5-8-1984, Genebra
Burton, cujo verdadeiro nome era Richard Walter Jenkins, rodou o seu primeiro filme em 1948 e, nos anos 50, era aclamado em Londres como ator shakespeariano no teatro e no rádio. Contudo, não alcançou o status de estrela internacional senão nos anos 60, quando atuou ao lado de sua mulher Elizabeth Taylor em grandes produções como Cleópatra (1962) e A Megera Domada (1966). Richard Burton e Elizabeth Taylor casaram-se e divorciaram-se diversas vezes. Devido aos escândalos na vida privada, sua aparição conjunta no drama conjugal Quem tem Medo de Virginia Woolf? (1965, baseado numa obra de Edward Albee) despertou grande expectativa na imprensa sensacionalista.


Jeans Simons
(Atriz britânica)
31-01-1929, Crouch Hill, Inglaterra
22-02-2010, Sta. Monica, Califórnia
Em 1950, Jean Simmons foi eleita a mais popular estrela do cinema britânico.  No outono daquele mesmo ano, viajou aos Estados Unidos para promover "Trio", uma coletânea de três contos de Somerset Maugham, na qual ela atuava, sendo escolhida pela revista Life para aparecer numa de suas capas.  Poucas semanas depois, Jean voltou aos Estados Unidos, desta vez para estrelar seu primeiro filme americano, "Androcles e o Leão", ao lado de Victor Mature. O pico de sua carreira ocorreu em 1960, ao participar de três grandes produções: "Spartacus", "Entre Deus e o Pecado" e "Do Outro Lado, o Pecado".  Durante os anos 80, passou a dar maior atenção à televisão, aparecendo num grande número de séries e filmes feitos para a TV. Em 1986, Jean Simmons esteve internada no Betty Ford Center, em Rancho Mirage, Califórnia, para tratamento de alcoolismo, voltando em seguida às suas atividades na televisão.  No cinema, voltou a aparecer em "Star Trek: The Next Generatuion", de 1991, e em "Colcha de Retalhos", de 1995, não abandonando, entretanto, seus trabalhos para a televisão. Jean Simmons casou-se aos 21 anos com o ator Stewart Granger, de quem se divorciou oito anos depois, e com o cineasta Richard Brooks, em novembro de 1960, de quem se divorciou em 1977.  Teve dois filhos, um de cada casamento.




Victor Mature
(Ator americano)
29-01-1913, Kentucky,EUA.
04-8-1999, Califórnia.
Ator de escassos recursos interpretativos e considerado como discreto na cena, foi no entanto uma estrela de Hollywood graças a sua imponencia física, que lhe converteu em um dos primeiros musculosos do cinema, onde trabalhou com alguns dos melhores diretores da Americano
Victor John Mature foi um astro de Hollywood que nunca se levou muito a sério. Nos anos 60, por exemplo, ao ter seu pedido de inscrição no Country Club de Los Angeles negado porque ele era um ator, reagiu: "Isso não é verdade, e tenho 70 filmes para provar". Contra a vontade do pai, um imigrante austríaco que o queria no mundo dos negócios, Mature estreou num papel minúsculo em 1939, aos 26 anos, no filme The Housekeeper's Daughter. O relativo sucesso lhe rendeu seu primeiro papel principal, o de um homem das cavernas em Um Milhão de Anos Antes de Cristo, de 1940. Em 1949, fez o papel que o consagraria, o de Sansão em Sansão e Dalila, de Cecil B. DeMille. Nos últimos anos, vivia de jogar golfe e monitorar seus investimentos, em um rancho em San Diego, na Califórnia onde morreu de câncer. Seu corpo foi enterrado em Louisville, Kentucky, cidade onde nasceu.