Com mais de 50 anos de carreira e aos 82 de idade, o ator que ganhou fama como Capitão Von Trapp, no filme a A Noviça Rebelde, continua impagável.
Arthur Christopher Orme Plummer nasceu em Toronto, no Canadá, a 13 de Dezembro de 1929. Percorreu o cinema, o teatro e a televisão, marcando (e continuando a marcar) todas as áreas da representação.
No que respeita à vida pessoal, o ator teve três casamentos, o primeiro, em 1956, foi com Tammy Grimes, com quem teve uma filha, a atriz Amanda Plummer (Pulp Fiction). Em 1962, casou com a jornalista Patricia Lewis, de quem se divorciou cinco anos depois. Elaine Regina Taylor é a sua terceira mulher, com quem está casado desde 1970. Christopher Plummer publicou as suas memórias no livro In Spite of Myself: A Memoir, em Novembro de 2008.
A fama de Captain Von Trapp
O ator começou trabalhar na televisão, em séries e telefilmes, até que, em 1958, se dá a sua estreia no cinema com (Stage Struck). Dirigido pelo célebre realizador Sidney Lumet, Plummer teve aqui a oportunidade de trabalhar com dois dos melhores, contracenando também com Henry Fonda. Seguiu-se o seu primeiro papel principal, no mesmo ano, em (Wind Across the Everglades), de Nicholas Ray.
Todavia, foi em A Noviça Rebelde, em 1965, que o elevou à fama. No filme de Robert Wise, vencedor de cinco Oscar, entre os quais o de Melhor Realizador e de Melhor Filme, Christopher Plummer vestiu a pele do Capitão Von Trapp, ao lado de Julie Andrews. Ironicamente, o ator canadense não gostou de interpretar o papel que o tornou famoso, classificando-o de “sisudo e uni-dimensional” (“humorless and one-dimensional”).
Ainda na década de 60 e 70, seguiram-se muitos outros filmes, entre os quais se podem destacar Battle of Britain (1969), Waterloo (1970), The Return of the Pink Panther (1975), The Man Who Would Be King(1975) e Murder by Decree (1979), onde foi Sherlock Holmes. Depois de alguns anos afastado do cinema, Plummer regressa em grande estilo nas décadas seguintes.
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Em 1992, Malcom X marca o regresso de Plummer aos bons filmes, seguindo-se 12 Macacos, em 1995, onde foi pai de Brad Pitt. Pouco depois, em 1999, o ator canadense mostra que ainda tem muito para dar em O Informante, de Michael Mann, ao lado de Al Pacino e Russell Crowe. Plummer tem aqui uma das suas prestações mais memoráveis e pela qual recebeu várias distinções, interpretando o jornalista de televisão Mike Wallace.
O novo milênio trouxe consigo um Christopher Plummer incansável. Em Uma Mente Brilhante (2001), vestiu a pele de Dr. Rosen, foi David em Ararat (2002), entrou em Alexandre, O Grande (2004) como Aristóteles. E outros filmes se seguiram, como Syriana (2005), O Novo Mundo (2005), Infiltrado (2006) ou A Casa da Lagoa (2006). Mais recentemente, no oscarizado Up – Altas Aventuras (2009), Plummer deu voz ao vilão Charles Muntz, e, no mesmo ano, foi Parnassus – O Homem que Queria Enganar o Diabo, ao lado de Heath Ledger, Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell.
Parece quase inacreditável que, com uma filmografia de mais de 100 filmes, Plummer tenha recebido a primeira (de duas) nomeação para o Oscar apenas em 2010, com 80 anos. É pelo papel do escritor e herói russo Leo Tolstoy, em A Última Estação (2009), onde contracena com Helen Mirren (que faz sua mulher), que a Academia o distingue, pela primeira vez em toda a sua carreira, com a nomeação para Melhor Ator Coadjuvante. No entanto, o prêmio foi entregue a Christoph Waltz.
Toda Forma de Amor, agora em 2012, parece ter sido o filme que lhe trouxe o mais que merecido reconhecimento. Aqui, Christopher Plummer interpreta Hal Fields, um homem que, seis meses após a morte da sua mulher, revela a sua homossexualidade e, pouco tempo depois, descobre que sofre de uma doença terminal. Ao lado de Ewan McGregor, Plummer tem um desempenho incrível e, agora, a Academia reparou.
Depois de surpreender o público e a crítica ao ganhar prêmios importantes como o Globo de Ouro e o Bafta por conta de sua atuação como gay setentão em “Toda Forma de Amor”, o ator Christopher Plummer é o principal favorito a levar o Oscar de melhor ator coadjuvante pelo mesmo papel.
Dividido desde o início da sua carreira entre o cinema, a televisão e o teatro, aos 82 anos Christopher Plummer continuou (felizmente) a um ritmo aceleradíssimo. De 2011, para cá, pudemos vê-lo em Padre e em Millennium 1: Os Homens que não amavam as mulheres, onde interpreta o empresário Henrik Vanger.
Fonte: Espalhafactos