sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ardida como Pimenta...


Ana Maria Cavalcanti

Quem não se lembra da loiríssima e sorridente Dóris Day cantando ‘Quem será, Será? Ou fazendo o papel da garota sexy-ingenua ao lado do bonitão Rock Hudson? Agora, essa verdadeira lenda de Hollywood, aos 87 anos, está de volta fazendo o maior sucesso com o álbum “My Heart”. O disco, lançado no dia 5 deste mês, já está em nono lugar da parada pop americana e tudo indica que vai para o topo, neste fim de semana.

Sem dúvida um passo gigantesco desta cantora-atriz que há quase duas décadas não lançava um disco. O novo álbum tem 12 faixas, com quatro composições novas, três releituras do rock e diversos clássicos da artista. Dóris trabalhou com o compositor dos Beach Boys, Bruce Johnston, para escrever as faixas inéditas.
“Essas canções todas significam muito para mim”, disse ela. “Elas trazem lembranças alegres dos meus amigos que apareceram na TV comigo, de meus animais e especialmente do meu filho Terry Melcher”, autor de várias delas.

Desde a morte, aos 62 anos, de Terry, seu filho único, de um câncer de pele, em 2004, Doris leva uma vida reclusa, dedicando-se exclusivamente à proteção de animais na “Dóris Day Pet Foundation”, criada em 1978.

A carreira musical desta loira de Hollywood começou em 1945, com o single Sentimental Journey. Depois vieram mais de duas dezenas de sucessos, entre eles , aquele conhecido mundialmente: Whatever Will be, Will be ( O que Será será ) que foi a trilha sonora do filme “O Homem que sabia demais”, de Alfred Hitckok, ganhador do Oscar de Melhor Canção ( 1956).
Dóris Day tem duas estrelas na calçada da fama de Holywood: uma como cantora, outra como atriz, em Calamity Jane (1953) – Ardida como Pimenta, arrancando gargalhadas, dançando e cantando a inesquecível Secret Love, canção que ganhou um Oscar e que chegou ao primeiro lugar do Billboard.
Dóris Day aparece na capa de seu novo álbum, ao lado de um de seus animais de estimação, com o mesmo cabelo loiro e o mesmo sorriso que tanto fizeram sucesso nas décadas de 50/60. Voltou com tudo, como convém a uma verdadeira artista.
Matéria assinada pela jornalista Ana Maria Cavalcanti do site 50 e Mais

http://www.50emais.com.br/




Ela encantou uma geração com seus cabelos dourados, rosto bonito e imagem saudável. Hoje são apenas os cabelos que oferecem uma pista de sua identidade.

Doris Day, 84 anos, mudou seu nome para Clara Kappelhoff e virou as costas para Hollywood para viver um estilo de vida recluso numa Califórnia rural.
Visto fazendo compras com uma amiga em sua cidade natal do Carmelo, é difícil acreditar que ela foi uma das atrizes mais prolíficas da década de 1950 e 60.
Seu rosto é desprovido de maquilagem, seu cabelo está desarrumado e ela está vestida com calças de jogging.

Fonte: Dayli Mail


Caricatura: João de Deus Netto - CinemaScope

sábado, 10 de dezembro de 2011

A Deusa de Ébano..


Josephine Baker

Não foi à toa que ela recebeu os apelidos de "Vênus negra" e "Deusa de Ébano" e arrancou elogios de grandes personalidades. Extravagante e sensual, sempre se apresentando em trajes ousados, conquistou Paris e deixou muitos homens e mulheres apaixonados.

Seu nome verdadeiro era Frida Josephine McDonald, filha de Carrie McDonald e Eddie Carson, músico. Teve uma infância pobre, no sul dos Estados Unidos
, em Saint Louis, e às vezes dançava nas ruas para ganhar algumas moedas. Como a mãe e a irmã, trabalhou como lavadeira na casa de senhoras malvadas (uma delas chegou a lhe escaldar as mãos porque tinha gasto muito sabão).

Um dia arrumou o emprego de camareira da diva negra Clara Smith, e conseguiu a oportunidade de substituir uma corista. Aos 15 anos, casou- se com William Howard Baker e ganhou seu sobrenome, mas deixou-o dois anos depois, quando saiu de St. Louis, devido à grande discriminação racial que havia na cidade. Aos 19, arrumou uma vaga num show da Broadway. Achavam que ela fazia muitas caretas e que tinha olhos vesgos. Por sorte, foi selecionada para participar de "Revue Nègre" em Paris.


Desembarcou na cidade luz no ano de 1925 e na noite de estréia, no Teatro Champs Ellysées, tinha os artistas Léger e Jean Cocteau 
na platéia. As atrações do show eram os bailados exóticos e os negros zulus. Josephine fazia uma dança selvagem, com as plantas do pé no chão e as pernas arqueadas, com os seios de fora e uma tanga de penas.

Desbocada e sexy, tornou-se estrela no ano seguinte, no Folies Bergères e no Cassino de Paris, conquistando a fama logo em seguida. Sua primeira performance foi a famosa dança da banana, em que se apresentava vestida somente com uma tanga feita com as frutas. Ela rapidamente tornou-se a favorita da França
. Ficou casada algum tempo com Pepito di Abatino.

Em 1929, após uma turnê na América do Sul, no navio que levava Josephine Baker - "a mulher mais famosa do mundo" - para a Europa
, conheceu o brilhante arquiteto LeCorbusier. Segundo a biografia escrita por Phyllis Rose, os dois talvez tenham sido amantes. É possível, porque o que não faltaram na vida de Josephine foram maridos e amantes. Além de Baker e Abatino, casou-se com Jean Lion, Joe Bouillon e Robert Brady. A lista de admiradores incluía Georges Simenon, Pablo Picasso, Alexander Calder, E. E. Cummings e outros.

A participação de Josephine na Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial e sua luta contra o racismo lhe valeu as duas mais altas condecorações da França, a Cruz de Guerra e a Legião de Honra.

A partir de 1950, começou a adotar crianças órfãs durante suas turnês pelo mundo, passando a criá-las em seu castelo, Les Milandes, nas vizinhanças de Paris. Também adotava animais, de todas as raças. Chegou a passear por Paris com um leopardo (Chiquita) que, de vez em quando, escapava da coleira dentro de um teatro, quando ela insistia em levá-lo para assistir a uma peça.

No final dos anos 1960, passou por dificuldades financeiras e parou de se apresentar em 1968. A princesa Grace de Mônaco ofereceu a ela uma casa no Principado, quando soube dos seus problemas. Baker apresentou-se então em Mônaco, com grande sucesso, em 1974. No mesmo ano fez apresentações em Nova York. Estava se preparando para comemorar, em Paris, os 50 anos de palco, quando entrou em coma e morreu aos 68 anos, em 12 de abril de 1975. Seu funeral foi em Paris e ela foi enterrada em Mônaco.

Josephine Baker esteve no Brasil pela primeira vez em 1929. Apresentou-se no Teatro Cassino, no Rio de Janeiro. Voltou em 1952 e contracenou com Grande Otelo
 no show "Casamento de Preto", onde cantava "Boneca de Piche" em português. Em 1963 fez uma temporada no Copacabana Palace e apresentou-se no Teatro Record, em São Paulo. Esteve pela última vez no Brasil em 1971, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Porto Alegre.


Fontes: IMDB - Site da Atriz

A Rainha do Crime

15/9/1890, Torquay, Inglaterra
12/1/1976, Londres, Inglaterra
Nascida Agatha May Clarissa Miller, ela se casou em 1914, com o Coronel Archibald Christie, um aviador da Força Aérea britânica. Com ele, teve sua única filha, Rosalind. Durante a Primeira Guerra, Agatha trabalhou como farmacêutica, o que lhe proporcionou, segundo consta, grandes conhecimentos sobre poções e veneno, que seriam mais tarde empregados em suas obras.
Ao contrário dos irmãos, Agatha nunca teve chance de frequentar a escola pública, e foi educada pela mãe, num ambiente quase recluso onde Agatha interessou-se pela música clássica e sonhava em ser cantora lírica. Agatha chegou até mesmo a estudar música em Paris. Em sua infância, também através da mãe, teve o primeiro contato com a literatura.
Em seus 56 anos de carreira Agatha escreveu mais de 80 livros, fora as várias peças teatrais e adaptações cinematográficas e televisivas de suas obras, protagonizadas por Hercule Poirot, o detetive belga popularizado pelo uso de suas células cinzentas, e Miss Marple, a solteirona, que observando a natureza humana pode solucionar os mais obscuros mistérios.
Agatha está no Guiness Book of The Worlds Record, como a autora mais vendida no mundo, seus livros já venderam mais de 3 bilhões de cópias em 44 idiomas, os royalties gerados pelas obras são de US$4 milhões por ano, Agatha é também uma das autoras mais prolíficas do mundo. A autora também ocupa um lugar no Guinnes pela peça teatral de maior duração do mundo, The Mousetrap estreou em 25 de novembro de 1952 no Ambassadors Theatre em Londres, em 25 de março de 1974 foi para o St. Martin’s Theatre, e continua lá até hoje. 
Viagens
A primeira viagem de Agatha foi à França, e logo em seguida ela foi ao Cairo, mas uma de suas mais interessantes viagens foi à Bagdá no Orient Express (Expresso o Oriente), em 1928, foi em Bagdá aliás, que Leonard Wooley, apresentou-a a Max Mallowan, seu futuro marido, e que mudaria a vida de Agatha completamente, nos próximos 30 anos ela viajaria o mundo em missões arqueológicas, e não teria mais residência fixa. A inspiração para o livro Assassinato no Expresso do Oriente, veio em 1931, quando Agatha ficou presa com outros passageiros no Simplon-Orient Express quando voltava de Nínive, o livro foi publicado em 1934 e baseia seu enredo exatamente nisso: um grupo de pessoas presas num trem por conta da neve. 
Durante as escavações arqueológicas, além de ajudar o marido a restaurar e limpar objetos antigos, Agatha também escrevia. E foram suas descobertas sobre as civilizações passadas, que a levaram a se interessar pela vida nos desertos do Oriente Médio. A disposição real do navio SS Karnak no Nilo que a inspirou a escrever Morte no Nilo. As escavações em Ur, para Morte na Mesopotâmia; as visitas a Petra para Morte entre as Ruinas; e uma experiência no sul da Mesopotâmia para Aventura em Bagdá.
Ao todo, é autora 66 novelas policiais, 163 histórias curtas, duas autobiografias, vários poemas, e seis romances “não crime” com o pseudônimo de Mary Westmacott. Pioneira em criar desfechos impressionantes, verdadeiras surpresas para os leitores, seus textos seguem fascinando as novas gerações.
Sua única filha, Rosalind Hicks, morreu em 28 de outubro de 2004, também com 85 anos e, assim como a mãe, de causas naturais. A partir de então, os direitos sobre a obra de Agatha Christie passaram a pertencer ao seu neto, Mathew Princhard.
Fontes:
Wikipedia

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Rio, 40 Graus...




“Escrevi o roteiro do Rio, 40 graus, mas não consegui produção, pois ninguém queria fazer um filme com personagens negros...” (Entrevista no final do post).

Filho de um alfaiate e de uma dona-de-casa de origem italiana, Nelson Pereira dos Santos nasceu no bairro do Brás e foi criado no Bixiga, em São Paulo. No início dos anos 50, formou-se pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas já estava apaixonado pelo cinema. Escolheu então o Rio de Janeiro para morar e iniciou a trajetória que o tornaria um dos mais importantes precursores do movimento do Cinema Novo.

Após uma viagem a Paris, fez o curta-metragem "Juventude", um documentário em 16 mm. No ano seguinte estreou como assistente de direção no filme "O Saci", de Rodolfo Nanni. Em 1955, aos 27 anos, lançou o longa "Rio 40 Graus", o primeiro de uma trilogia idealizada sobre a cidade que adotou. Dois anos depois concluiu "Rio, 40 Graus”.

Nelson Pereira dos Santos fez mais de 20 filmes, entre os quais "Vidas Secas", "Boca de Ouro", "Mandacaru Vermelho", "El Justicero", "Fome de Amor", "Como Era Gostoso o Meu Francês", "Azyllo Muito Louco", "Amuleto de Ogum", "Jubiabá", "A Terceira Margem do Rio", "Cinema de Lágrimas" e "Tenda dos Milagres".

Em 1984, transformou uma obra-prima de Graciliano Ramos, "Memórias do Cárcere", em filme e ganhou o prêmio da crítica especializada no Festival de Cannes, França.


Nelson foi professor fundador do curso de cinema da Universidade de Brasília (o primeiro do Brasil). Lecionou ainda na Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles) e na Universidade de Columbia, em Nova York. É também membro do Conselho Superior da Escola de Cinema de Havana.

Seu trabalho mais recente é o filme "Brasília 18%", cujo título é uma referência à baixa taxa de umidade do ar na cidade.

Durante 49 anos Nelson foi casado com a antropóloga Laurita Andrade Sant'Anna dos Santos, que faleceu em junho de 1999. Tem três filhos - Nelson, Ney e Márcia - e cinco netos.

No dia 17 de julho de 2006, aos 77 anos, foi o primeiro cineasta a se tornar membro da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de número 7, cujo patrono é Castro Alves, que pertencia anteriormente a Sergio Correia da Costa.

RANÇOIS TRUFFAUT disse certa vez que toda a obra de um cineasta está contida no primeiro carretel de seu primeiro filme. Talvez essa afirmação seja válida somente para aqueles realizadores que apresentam grande coerência no interior de suas obras. Esse é o caso de Nelson Pereira dos Santos.
No primeiro carretel de Rio, 40 graus, podemos identificar uma característica que estaria presente durante toda sua trajetória como artista: o amor pelo Brasil. No entanto, a nação que Nelson Pereira dos Santos decidiu levar para as telas não é aquela dos cartões-postais, com belas praias ensolaradas. O Brasil que o diretor se propôs a retratar em seus filmes era grande demais para caber em versões oficiais, pois era o país dos favelados, dos flagelados pela seca, dos artistas do povo, do universo mágico popular, dos intelectuais em crise ou atuantes diante dos regimes ditatoriais.
O cineasta concedeu uma entrevista à “Estudos Avançados”, em 2007, quando falou sobre alguns de seus filmes e, por extensão, sobre o Brasil dos últimos cinqüenta anos.

ESTUDOS AVANÇADOS – Você começou a ir ao cinema ainda na década de 1930. Quais eram os filmes a que o menino Nelson Pereira dos Santos assistia nas matinês dos cinemas do Brás?
Nelson Pereira dos Santos – Minha mãe contava que levava a família às matinês dominicais do Cine-Teatro Colombo. Morávamos no outro lado da rua. As sessões começavam logo depois do almoço – “Quem não comer tudo não vai ao cinema!” – e terminavam às 7 da noite. No programa: dois longas, dois seriados, tipo Tom Mix ou Tarzan, uma comédia de curta-metragem, pelo menos um desenho animado e alguns trailers dos programas a seguir.
Acho que o primeiro filme que vi, ou pelo menos aquele que mais me marcou, foi um western. Lembro-me apenas da parte final, quando o herói, um jovem caubói, atravessa o deserto, última etapa para voltar à sua cidade e aos braços da amada. Está faminto e sedento. Encontra uma casa em ruínas e, nela, um poço com terrível aviso: “Quem beber dessa água, morrerá em uma hora”. O herói despreza a advertência, mata a sede e continua a cavalgar. Consegue chegar à cidade, que se encontra em plena celebração de um casamento. O casamento de sua amada com outro...

Continue com a ENTREVISTA




sábado, 3 de dezembro de 2011

O Cavaleiro Solitário...


Buck Jones, nome artístico de Charles Frederick Gebhart, (Vincennes, Indiana, 12 de dezembro de 1891 – Boston Massachussets, 30 de novembro de 1942) foi um ator norte-americano conhecido pelos seus papéis de cowboys em inúmeros faroestes desde os tempos do cinema mudo.
Trabalhou no circo como peão, treinou cavalos para o governo francês e ensinou equitação na França. Em 1915 conheceu a amazona Odille Osborne, com quem celebrou um casamento que durou a vida inteira. Já casado, foi piloto de carros de corridas e finalmente chegou a Hollywood em 1917, a bordo do Ringling Brothers Circus.
Começou como extra até ser contratado para pequenos papéis pela Fox, sendo também dublê de Tom Mix. Em 1920 estrelou Quem Não Se Arrisca (The Last Straw). Nos anos que se seguiram, fez sessenta filmes naquele estúdio. Saiu em 1928 para fundar sua própria produtora, que faliu com apenas um filme, O Grande Salto (The Big Hop), dando-lhe enorme prejuízo. Abandonou as telas e voltou-se novamente para o circo, mas teve de desistir depois de apenas dois meses. Felizmente, nessa época começavam a ser produzidos os filmes falados e a Columcia Pictures contratou-o por uma fração do que ganhava na Fox. Seu primeiro filme sonoro foi O Cavaleiro Solitário (The Lone Rider, 1930). Depois de vinte e nove filmes para a Columbia, Jones e seu cavalo Silver transferiram-se para a Universal Pictures, em 1933. Ali, sua carreira atingiu o ápice, tendo ficado entre os dez cowboys mais populares até 1938. Na Universal, fez vinte e dois filmes e quatro seriados, tendo inclusive dirigido alguns deles. Jones tinha um talento nato para a comédia e várias vezes seus filmes o retratavam como um cowboy tímido e ingênuo no início, o que proporcionava as cenas cômicas queridas pelas platéias e detestadas pelos críticos. No decorrer da ação, no entanto, Jones transformava-se aos poucos no durão implacável característico dessas produções.
Capas das revistas em quadrinhos da Editora Ebal do Rio de Janeiro. 

Por volta de 1938, uma nova geração havia aportado nos campos do faroeste B. Eram os cowboys cantores, como Gene Autry, Roy Rogers, Tex Ritter e tantos outros. Com isso, a carreira de Jones entrou em franco declínio. Sem contrato, conseguiu apenas meia dúzia de modestos filmes por um estúdio do Poverty Row, distribuídos pela Columbia. Depois de um período ocioso, estrelou o drama Compromisso de Honra (Unmarried, 1939), para a Paramount. No ano seguinte, desagradou seus fãs ao aceitar o papel de um bandido em A Caravana do Oeste (Wagons Westward, 1940), estrelado por Chester Morris para a Republic. Ainda fez dois seriados em 1941 e quando tudo indicava que sua carreira chegara ao fim, a Monogram chamou-o para uma série de filmes do “trio Western”, "The Rough Riders", ao lado de Tim McCoy e Raymond Hatton. Entre 1941 e 1942, foram produzidas oito películas movimentadas (ainda que rotineiras), após o que o trio se desfez, pois McCoy alistara-se novamente no exército. Depois de um último filme, Amanhecer na Fronteira (Dawn on the Great Divide, 1942), já fora da série, Jones passou a sair em excursões, onde se apresentava individualmente e vendia bônus de guerra.
Cartazetes (fotos) de divulgação dos filmes nos saguões dos "cinemas de ruas" do mundo inteiro.

Em 28 de novembro de 1942, encontrava-se em Boston, Massachusetts, quando um grande incêndio no restaurante onde jantava causou várias vítimas fatais. Jones conseguiu ser retirado com vida, porém não resistiu aos ferimentos e faleceu dois dias depois

Fonte: IMDB - Wikipedia - Acervo Editora Ebal
Caricatura: João de Deus Netto - CinemaScope

Punhos Contra Revólvers... B


Tim Holt, nome artístico de Charles John Holt III, (Beverly Hills, Califórnia, 5 de fevereiro de 1919 – Shawne, Oklahoma, 15 de fevereiro de 1973), ator norte-americano conhecido não só por estrelar dezenas de faroestes B, mas também por trabalhar com diretores de prestígio, como John Huston, John Ford e Orson Welles, entre outros.
Como se costuma dizer, tal pai, tal filho, o Cowboy herói Tim Holt literalmente seguiu as botas de seu pai ator famoso, o “Queixo de Granito” Jack Holt (nascido John Charles Holt), que apareceu em centenas de filmes mudos e falados (maioria westerns) ao longo dos anos. Os dois apareceram juntos, também, como pai e filho no western Arizona Ranger (1948). A dupla pai e filho estiveram também no clássico O Tesouro de Sierra Maestra, do mestre John Huston.
Ao contrário dos outros atores de faroestes B, Tim Holt sabia interpretar. Daí que tenha feito tantos filmes importantes, como Soberba (The Magnificent Ambersons, 1942), de Orson Welles, O Tesouro de Sierra Madre (The Treasure of Sierra Madre, 1948), de John Huston, além de No Tempo das Diligências (Stagecoach, 1939) e Paixão de Fortes (My Darling Clementine, 1946), ambos de John Ford. Apesar disso, Holt sempre voltava aos modestos faroestes, porque era disso que gostava e porque a vida glamurosa de Hollywood não tinha interesse para ele.
Seus filmes eram produções bem cuidadas, que continuaram assim até o final, como sucedeu somente com Gene Autry e Roy Rogers. Cada produção custava em torno de noventa mil dólares e rendia até quinhentos mil.
Holt teve vários sidekicks (companheiro, bobalhão, parceiro ou ajudante, no Brasil). A primeira série, entre 1941 e 1943, chegou a funcionar como um “trio Western”, com Ray Whitley (doze filmes) co-estrelando e cantando e Emmett Lynn (os quatro primeiros) e Lee "Lasses" White (os oito seguintes) fazendo o humor. As seis últimas fitas dessa fase foram feitas como dupla, com Cliff "Ukelele Ike" Edwards. Também na segunda série, de 1948 a 1952, Holt só teve um parceiro: o ator Richard Martin, no papel de Chito.
Tim esteve entre os dez cowboys mais populares em 1941, 1942 e 1943 e depois de 1948 a 1952.
Além de trabalhar com grandes diretores, Holt também contracenou com grandes atores: Barbara StanwyckClaire TrevorHenry FondaOlivia de HavillandJoseph CottenVictor MatureJohn WayneHumphrey Bogart etc.
Os Filhos de Hitler (Hitler's Children 1943) de Edward Dmytryk, um esforço de guerra patriótico estrelado por Holt, foi um dos maiores sucessos comerciais da história da RKO: custou menos de duzentos mil dólares e rendeu mais de cinco milhões.
QUADRINHOS
Tim Holt se transformou num cauboi heroi de histórias em quadrinhos, que depois de algum tempo adotaria uma identidade secreta: a do Red Mask ou Máscara Vermelha, criado pelo editor Ray Krank e desenhado por Frank Bolle.

Fonte: IMDB - Wikipedia
Caricatura: João de Deus Netto - CinemaScope


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Easy Rider...Sem Destino

Peter Fonda "Wyatt"

Sem Destino (Easy Rider) é um Road Movie americano de 1969, escrito por Peter Fonda, Dennis Hopper e Terry Southern, produzido por Fonda e dirigido por Hopper.
Conta a história de dois motociclistas que viajam através do sul e sudoeste dos Estados Unidos, com o objectivo de alcançar a liberdade pessoal. O sucesso de Easy Rider ajudou a avivar a fase New Hollywood do cinema norte-americano durante a década de 1960.
Um marco na filmografia de contracultura, e a "pedra-de-toque" de uma geração" que "capturou a imaginação nacional", Easy Rider explora as paisagens sociais, assuntos e tensões na América da década de 1960, tal como a ascensão e queda do movimento hippie, o uso de drogas e estilo de vida comunal.
Os protagonistas são dois motociclistas, Wyatt ou 'Capitão América' (Fonda) e Billy (Hopper). Fonda e Hopper disseram que os nomes referem-se a Wyatt Earp e Billy the Kid. Wyatt veste-se de cabedal adornado com a bandeira americana, enquanto Billy se veste com calças e camisa ao estilo dos nativos americanos.
Depois de contrabandearem drogas do México para Los Angeles, Wyat e Billy vendem a mercadoria para um homem em umRolls-Royce. Com o dinheiro da venda armazenado em mangueiras dentro dos tanques de gasolina, eles vão rumo a Leste na tentativa de chegar em Nova Orleans, na Luisiana, em tempo para o Mardi Gras.
A gênese para o filme Sem Destino começou com uma fotografia. Peter Fonda conta: "Eu me lembro o dia em que apareci com a idéia para Sem Destino, 27 de setembro de 1967. Estava olhando uma fotografia minha e de Bruce Dern em frente a uma motocicleta. Nós parecíamos grandes, numa imagem 18x24, em contra-luz, de forma que ninguém poderia dizer que éramos nós. E isso me deu um estalo, para fazer este filme".

Fonda chamou seu amigo Dennis Hopper e disse a ele sua idéia de dois jovens experimentando a "liberdade total" enquanto cruzavam o país de motocicleta. Hopper, no cinema desde Juventude Transviada (1955), estava pensando em abandonar a profissão de ator para se tornar professor de teatro. Fonda mudou a cabeça de Hopper, oferecendo-lhe a oportunidade de dirigir o filme.
Para financiar o projeto, Hopper pediu a seu amigo Jack Nicholson para apresentá-lo a Bert Schneider, um dos sócios da BBS Productions, uma companhia independente que lançava seus projetos pela Columbia Pictures. A BBS concordou em colocar 400 mil dólares para fazer Sem Destino.
A produção começou com locações em Nova Orleans, em 23 de fevereiro de 1968. Juntando-se a Hopper e Fonda estavam Karen Black e a futura coreógrafa e cantora Toni Basil. Apesar de Rip Torn ter sido originalmente escolhido para fazer o papel do advogado alcoólatra George Hanson, ele acabou deixando a produção antes do início das filmagens. Jack Nicholson - que a BBS havia enviado a Nova Orleans no cargo de produtor executivo - concordou em fazer o papel. Sua atuação o transformou num astro.
Réplica da moto Chopper "Capitão América".

Fonte: IMDB - Sites sobre o filme e os atores
Caricaturas: João de Deus Netto - CinemaScope