terça-feira, 30 de agosto de 2011

Doutor Jivago... Lara!



Atriz de naturalidade indiana, filha de pais britânicos, Julie Frances Christie nasceu em 14 de abril de 1941 em Chuku, Assam (Índia), antes de se tornar uma das musas e beleza do cinema britânico dos anos 60 e 70. 
Depois de viver em seu país natal ao lado da família (seu pai era dono de uma plantação de chá), Julie mudou para a Inglaterra em meados dos anos 50, onde frequentou a The Central School of Speech and Drama, em Londres, e Brighton School of Art. Suas origens no teatro e, especialmente, na série de televisão "A for Andromeda" tornou-a popular entre o público britânico do início dos anos sessenta.
Apesar de sua estreia no cinema ter sido em 1962 com a comédia dirigida por Ken Annakin, "Ladrões anônimos", a grande revelação foi na Grã-Bretanha com a participação em "O Mundo fabuloso de Billy Liar" (1963), um filme de John Schlesinger. 
Já devidamente radicada, a fama de Julie cresceu como um incêndio. O papel fundamental para o estrelato mundial seria o de Diana Scott em "Darling, a que Amou Demais" (1965), também assinada por Schlesinger. Seu desempenho lhe rendeu favoritismo para ganhar um Oscar. 
Em 1965 Julie fez um de seus filmes mais memoráveis
​​e aclamado, "Doutor Jivago", de David Lean. Outros títulos importantes da carreira de Julie, foram "Fahrenheit 451" (1967) de François Truffaut, "Longe Deste Insensato Mundo" (1967), Schlesinger, e "Petulia" (1968), de Richard Lester.
Nos anos 70 continuou o estrelato com filmes estupendos, como "O Mensageiro" (1971) Joseph Losey, "Jogos e Trapaças" (1971) Robert Altman (filme que foi indicado ao Oscar) e "Inverno de Sangue em veneza" (1973), de Nicolas Roeg.
Em 1971 conheceu o ator Warren Beatty, com quem teve um caso e trabalhou em dois filmes: "Shampoo" (1975), de Hal Ashby e, "O Ceu pode esperar" (1978). A bela e talentosa atriz continuaria a aparecer ocasionalmente em filmes nas décadas de 80 e 90, embora a maioria dos títulos tenham sido menores e dispensávis.
Os filmes mais populares no seu último período foram, "Verão Vermelho" (1982), de James Ivory, e "Hamlet" (1996) de Kenneth Branagh. 
Em 1997 voltaria a ser indicada para um Oscar por sua atuação em "O Despertar do Desejo", dirigido por Alan Rudolph e co-estrelado por Nick Nolte. 
Julie nunca se casou, mas manteve uma série de romances com atores tão conhecidos, como, Omar Shariff, Terence Stamp, Michael Caine, e o acima mencionado, Warren Beatty. 
O espírito independente de Julie Christie nunca permitiu que ela fosse levada a um altar. Atualmente leva vida conjugal em uma fazenda de Gales, com o 
jornalista Duncan Campbell, longe da agitação urbana.

Doutor Jivago... Yuri

O ator egípcio Omar Sharif atingiu seu pico de popularidade quando estrelou na adaptação cinematográfica do famoso livro de Boris Pasternak "Doutor Jivago".
Omar Sharif (nome verdadeiro Michael Salhohub) nasceu em 10 de abril de 1932 em Alexandria (Egito). Em sua infância não teve dificuldades econômicas, porque sua família possuía um negócio lucrativo de madeira.
Estudante dedicado, conseguiu se formar em matemática e física da Victoria University, no Cairo. Logo depois, começou a trabalhar na companhia de seus pais.

Cansado de tarefas em negócios, Michael tomou o nome de Omar El-Sharif e na década de 50 começou uma carreira no cinema em seu país natal. Naquela época, ele se casou com a estrela egípcia Faten Hamama filme.
Em 1962 foi para a Grã-Bretanha e estrelou com Peter O'Toole, Alec Guinness e Anthony Quinn, a superprodução "Lawrence da Arábia", dirigido por David Lean. 
Por sua atuação foi indicado ao Oscar como melhor ator coadjuvante. 
O vencedor foi Ed Begley para "Sweet Bird of Youth".


Graças à sua atuação em "Doctor Zhivago" (1965), filmado por Lean, Omar Sharif ganhou o estrelato em Hollywood. 


A década de 60 foi seu auge como ator, tendo participado em títulos (dos EUA e britânicos) como "A Queda do Império Romano" (1964), de Anthony Mann, "O Rolls Royce amarelo" (1964) Anthony Asquith, "Genghis Khan" (1965) por Henry Levin, "A Noite dos Generais" (1967), de Anatole Litvak, "Funny Girl" (1968) de William Wyler, "O Ouro de McKenna" (1969), um western dirigido por J. Lee Thompson, e "Che" (1969), filme biográfico dirigido por Richard Fleischer, com Sharif fazendo Ernesto "Che" Guevara.

Dos anos 70 em diante, pode ser visto em várias produções televisivas e com poucas aparições no cinema. Os mais proeminente foram "O Vale da Morte" (1970), de James Clavell, " As Sementes de Tamarindo "(1974), Blake Edwards,"Juggernaut – Iferno em Alto-Mar "(1974) de Richard Lester," Funny Lady "(1975), de Herbert Ross e " A Nova Transa da Pantera Cor-de-Rosa" (1976), de Blake Edwards.


Uma de suas estréias mais recente foi em "O 13º Guerreiro", filme estrelado por Antonio Banderas e dirigido por John McTiernan.


Caricaturas: João de Deus Netto


Fonte: http://www.alohacriticon.com

domingo, 21 de agosto de 2011

Quanto Mais Quente Melhor

Marilyn Monroe, nome artístico de Norma Jeane Mortensen, (Los Angeles, 1º de junho – Los Angeles, 5 de agosto de 1962) foi uma das mais célebres atrizes norte-americanas.


Aos 18 anos, quando trabalhava numa fábrica, Norma foi descoberta por um fotógrafo e virou modelo. Foi nessa época que ela topou posar nua por apenas US$ 50. "Eu precisava desesperadamente do dinheiro", afirmou anos depois. As fotos viriam à tona mais tarde, em 1953, na primeira edição da revista “Playboy”, quando ela já era um grande nome de Hollywood.
Depois de dois anos trabalhando como modelo e estudando teatro, Norma resolveu dar uma grande virada em sua vida: divorciou-se de seu primeiro marido, tingiu os cabelos de loiro, mudou seu nome para Marilyn Monroe e fechou contrato com os estúdios Twentieth Century Fox.
A partir daí, Marilyn assumiu papéis cada vez maiores nos filmes do estúdio, culminando com os sucessos “Torrente de paixão”, “Os homens preferem as loiras” e “Como agarrar um milionário”, de 1953, que a elevaram ao status de estrela. Seu visual voluptuoso, seu jeito de garota ingênua e burrinha e sua voz sensual estabeleceram sua fama e consagraram sua imagem como clichê erótico em alta até hoje.
Entretanto, Monroe foi ficando cada vez mais insatisfeita com os papéis que lhe eram oferecidos e desejava desenvolver mais seu talento como atriz. Em 1954, a estrela partiu para Nova York para estudar teatro com o renomado professor de arte dramática Lee Strasberg.
O motivo por que o talento de Marilyn como atriz nunca foi reconhecido é, ironicamente, o mesmo por que ela continua fascinando platéias: a naturalidade que ela transparecia na tela parecia dar acesso direto à sua personalidade na vida real, a figura pública da estrela superava as personagens.
Porém, sua complexidade como atriz foi comprovada em alguns de seus últimos filmes, tais como “Nunca fui santa” (1956) e “O príncipe encantado” (1957), ambos lançados por meio de sua própria produtora, fundada em 1956.
O reconhecimento de seu trabalho só ficou completo em 1959, quando ela protagonizou “Quanto mais quente melhor”, dirigido por Billy Wilder, que lhe valeu o Globo de Ouro de melhor atriz.
Viciada em álcool e tranqüilizantes, Marilyn foi internada várias vezes em clínicas psiquiátricas e enfurecia diretores com a dependência extrema que tinha de sua consultora dramática, Paula Strasberg (mulher de Lee Strasberg).
Sua falta de profissionalismo culminou com seu corte do elenco de “Something’s gotta give”, uma comédia de George Cuckor que virou lenda em Hollywood pelos prejuízos causados por Monroe. No longa, a loira protagoniza a primeira cena de nu da história dos estúdios americanos, em que nada numa piscina como veio ao mundo.
Antes que as filmagens terminassem, Marilyn foi encontrada morta após tomar 40 comprimidos de um forte tranqüilizante. A versão oficial é de que, tomada pela depressão, a estrela se matou, mas na cabeça dos fãs ainda ressoa o mistério: suicídio ou assassinato?


 Chicago, conhecida como a cidade dos ventos, inaugurou uma polêmica estátua, de oito metros de Altura e 15 toneladas, em homenagem à atriz Marylin Monroe, em pose vaporosa como no filme “O Pecado Mora ao Lado”.


Marilyn Monroe certamente não foi a atriz mais bonita ou mais talentosa da história de Hollywood, mas seu jeito ao mesmo tempo ingênuo e sensual liberava uma mágica única, que fez dela a maior estrela de todos os tempos do cinema mundial.
Além dos três casamentos fracassados, Marilyn ficou conhecida por ter muitos casos, entre os quais os mais famosos foram com o ator italiano Yves Montand, com quem protagonizou “Adorável pecadora” em 1960, e com o então senador dos Estados Unidos, John F. Kennedy.
Em 1962, quando JFK já era presidente, Monroe o presenteou com um sensual canto de parabéns em público, em uma comemoração no Madison Square Garden, em Nova York. A imagem se tornou tão clássica quanto cenas de filmes de ficção de Marilyn (assista ao vídeo).



sábado, 20 de agosto de 2011

Anastácia, a Princesa Esquecida...

(clique e amplie)

Ingrid Bergman (1915-1982)

Atriz sueca nascida em Estocolmo, cujo talento transformou-a num dos mitos de Hollywood, chegando a participar de 52 filmes, sendo quatro para a televisão. Nos palcos, atuou nas principais capitais da Europa e na Broadway, num total de 48 peças. Frequentou a Academia de Arte Dramática e o Liceum for Flickor em sua terra natal e estreou no cinema em 1934, em O Conde de Munkbro (Munkbrogreven). Participou de mais nove produções na Suécia e, devido ao extraordinário sucesso, foi convidada a atuar em Hollywood. Nessa época, ao apresentar-se ao todo poderoso David Selznick - que produzia na ocasião... E o Vento Levou - foi dizendo não às propostas para que mudasse seu nome sueco, redesenhasse as sobrancelhas e se preparasse para ser lançada na América sob um formidável esquema 
publicitário. Selznick concordou: Nada será tocado em você. Será a primeira atriz "natural". 
Howard Hughes chegou a comprar os estúdios da RKO apenas para lhe fazer um presente, que a atriz recusou. A consagração veio em 1942 comCasablanca, ao lado de Humphrey Bogart. Em 1948, estrelou uma produção gigantesca de 8,7 milhões de dólares, Joana D'Arc (Joan of Arc), tendo sido escolhida para o papel principal por seu ótimo desempenho em Os Sinos de Santa Maria (The Bells of St. Mary's, 1945). Apesar do sucesso da montagem na Broadway y com a mesma atriz, o filme não foi bem recebido pela crítica, que o considerou pretencioso e sem conteúdo. Bergman ganhou seu primeiro Oscar de melhor atriz em 1944 com o filme À Meia Luz(Gaslight), o segundo em 1956 com Anastácia, a Princesa Esquecida(Anastasia) e o terceiro, de melhor atriz coadjuvante, já na década de 70 comAssassinato no Orient Express (Murder on the Orient Express), em 1974. A estrela era capaz de recusar contratos de 250.000 dólares, mais a participação de 25% na bilheteria de um filme, simplesmente porque não gostava de um papel. Certa vez, ameaçou nunca mais voltar a Washington enquanto não fosse abolida uma lei racista que proibia os negros de entrar num teatro onde se apresentava. Em 1982, fez uma minissérie para a TV,Golda Meir (A Woman Called Golda), valendo-lhe o prêmio Emmy por seu desempenho e falecendo em seguida..


Em 1949,a estrela foi à ilha de Stromboli, na Sicília, fazer um filme com Roberto Rosselini (Stromboli, 1950) com quem teve um tórrido caso de amor, abandonando o marido Petter Lindstrom, a filha Pia e a carreira em Hollywood. Foi duramente criticada pela imprensa e sua imagem acabou irremediavelmente abalada. O público americano simplesmente não a perdoou pelos l6 anos seguintes. Na época, o governo da ilha colocou uma placa na igreja local com os seguintes dizeres: Divina atriz, você veio à nossa presença nesta ilha. Em você, Rosselini se inspirou. Depois, a placa apareceu destruída por algum vândalo, provavelmente escandalizado com o casal. Roberto Rosselini e Ingrid Bergman casaram-se e tiveram um menino e duas meninas gêmeas. Depois, separaram-se e ela casou-se mais uma vez, com o sueco Lars Schmidt. Em 1982, era lançado no Brasil sua biografia, Ingrid Bergman - História de uma Vida. A estrela faleceu de câncer aos 67 anos, em 29 de agosto de 1982.


Caricatura: João de Deus Netto - BlogCinemascope

Vagas Estrelas da Ursa Maior...

Claude Josephine Rose Cardinale

Luiz Carlos Merten

Não sei se o espectador de hoje, o jovem internauta, tem condições de avaliar o que foi o fenômeno Claudia Cardinale nos anos 60. Os 50 haviam visto nascer BB, Brigitte Bardot, e consolidaram MM, Marilyn Monroe, que, num certo sentido, desempenhou um papel essencial na humanização do Olimpo de Hollywood. GG, Greta Garbo, era insondável e misteriosa nos anos 30 e 40. Uma divindade, uma esfinge. Com Marilyn Monroe, começa a humanização das grandes estrelas do cinema norte-americano, embora tenha sido preciso esperar até JF, Jane Fonda, nos 70, para vivenciar a plena humanização dos mitos de Hollywood. Jane ia a passeatas, protestava contra a Guerra do Vietnã, era gente como a gente. Na Itália, Silvana Mangano talvez tenha sido o maior mito erótico do neo-realismo, principalmente graças a ‘Arroz Amargo’, de Giuseppe De Santis. Silvana começou exuberante, com as coxas à mostra naquele arrozal. Bem mais tarde, nos anos 60 e 70, dois autores assumidamende homossexuais, Pasolini e Visconti, a deserotizaram (existe a palavra?). Em ‘Morte em Veneza’, como a mãe de Tadzio, Silvana, filmada no meio daquelas palmas, as flores,ao entrar no Grand Salon do Hotel des Bains, é um devaneio de Visconti, uma figura etérea, destituída de carnalidade. Na continuidade da jovem Silvana, vieram Gina Lollobrigida e Sophia Loren. E, depois, Claudia Cardinale. 

Cardinale no Festival de Cannes em 2010

Há controvérsia quanto aos seus 70 anos (2008), pois eu me lembro de ter lido certa vez, sim, que ela era de 5 de abril, mas de 1939, nascida em Túnis, capital de Tunísia, de pais italianos. Claudia teve seu Pigmalião, e ele foi o produtor Franco Cristaldi, da Vides, que fez dela uma estrela e, depois, sua mulher. Um de seus primeiros filmes importantes foi ‘Aquele Caso Maldito’, de Germi, e logo ‘Os Eternos Desconhecidos’, de Monicelli. Em 1959, quando rodou ‘Rocco e Seus Irmãos’, Visconti já devia estar de olho em CC, prevendo os grandes papéis que lhe daria em ‘O Leopardo’ e ‘Vagas Estrelas da Ursa’. Bruno Villiers, em seu livro/álbum sobre o grande diretor, lembra de Visconti na cena da briga na rua, após a vitória de Simone, em ‘Rocco’. O cineasta gritava, ao megafone – ‘Non ammazzare la Cardinale’. Claudia teve grandes papéis com Zurlini (‘A Garota com a Valise’), Bolognini (‘O Belo Antônio’, ‘Caminho Amargo’ e ‘Desejo Que Atormenta’), Fellini (‘Oito e Meio’) e Leone (‘Era Uma Vez no Oeste’). Até Hollywood se rendeu ao charme de Claudia e ela fez ‘A Pantera Cor de Rosa’, com Blake Edwards, e ‘Os Profissionasis’, com Richard Brooks. Claudia filmou no Brasil, em uma favela no Rio de Janeiro, ‘Uma Rosa para Todos’, com direção de Franco Rossi. Neste filme trabalharam, também, os brasileiros Celia Biar, José Lewgoy, Osvaldo Loureiro e Grande Otelo. Voltou ao País para fazer na Amazônia, com Werner Herzog, o cult ‘Fitzcarraldo’. Foi uma dinâmica heroína de folhetim em ‘Cartouche’, de Philippe De Broca. Divorciada de Franco Cristaldi – não sei se alguma vez casou-se com ele no papel -, virou musa de um cineasta menor, Pasquale Squittieri. Ao longo de 50 anos de carreira, acho, sinceramente, que poucas atrizes conseguem exibir um currículo tão impressionante. Digo ‘tão’ porque ‘mais’ me parece impossível. Só com Visconti foram quatro filmes – além dos citados, fez também ‘Violência e Paixão’ -, mais quatro de Bolognini – além dos citados, também ‘Libera, Amore Mio’. Claudia contracenou com Alain Delon, Jean-Paul Belmondo, Marcelllo Mastroianni, Burt Lancaster etc. 70 anos já! Mas pode ser que sejam ‘só’ 69. Não importa. Claudia Cardinale faz parte do meu, do seu, do nosso imaginário. E sempre foi linda, esta mulher. E ainda tinha aquela voz rouca! Vi-a no palco, em Paris, representando, em francês, ‘La Locandiera’. Cheguei pertinho dela quando foi homenageada no Festival de Berlim. Falei-lhe de Luchino Visconti, meu ídolo. Ela sorriu. Disse que éramos muitos a amá-lo. Não direi que ela fosse sempre grande atriz, mas com Visconti e Bolognini, foi. É esta atriz que celebramos no aniversário da mulher.
Caricatura: João de Deus Netto - Cinemascope

sábado, 13 de agosto de 2011

O Adorável Sr. Terror...


(clique no Boris com cuidado)
Boris Karloff, nome artístico de William Henry Pratt (Dulwich, Londres, 23 de Novembro de 1887 - Sussex, 2 de Fevereiro de 1969) foi um ator britânico nascido na Inglaterra e que atuava principalmente em filmes de terror.
Boris era uma pessoa gentil que, no entanto, nos deixou um legado memorável de horrores na tela do cinema. Depois de mais de 70 filmes inquestionáveis, foi escolhido para encenar o “monstro” “Frankenstein”, em 1931, e fez da sua maneira, irretocável. Em 1932 foi a “A Múmia”; em 1935, Boris retornou ao seu antigo papel em o “A Noiva de Frankenstein”, um filme maior do que o original. Boris Karloff foi uma pessoa amada não só por seus fãs, mas por toda a Hollywood, por seu maior personagem – ele mesmo.

A adaptação de Whale do romance de Mary Shelley e a apaixonada atuação de Karloff como a criatura em busca de identidade, fazem de Frankenstein uma obra de arte inesquecível. A partir deste trabalho, Karloff tornou-se célebre pelos papéis sempre misteriosos e aterrorizantes que o acompanharam até a morte. 
Karloff atuou nas telas ao longo de 50 anos. Trabalhou com alguns dos maiores nomes do cinema norte-americano da sua época, como Mervyn LeRoy, Michael Curtiz, Raoul Walsh, James Whale, Howard Hawks ou John Ford. Tal como muitos dos atores seus contemporâneos, parceiros de histórias fantásticas, como Bela Lugosi ou Lon Chaney Jr, Karloff ficou estigmatizado com o personagem de Frankenstein. Mas a força que o seu nome adquiriu foi tal - dizer Karloff era dizer terror, e muitos foram o que se aproveitaram do valor comercial de tal associação - que conhecer um pouco do que está por detrás deste homem alto e pacífico, ajudará a compreender a sensibilidade e a grandeza da sua interpretação na mais perfeita versão cinematográfica do romance de Mary Shelley
Fontes: IMDB, www.findagrave.com, Memorial da Fama

O Corvo...


(clique no Vincent)


Vincent Leonard Price Jr. - St. Louis, 27 de Maio de 1911 — Los Angeles, 25 de Outubro de 1993.
Ator americano nascido no Missouri, Price veio de uma família rica, cercada por um ambiente cultural acima dos padrões e envolta em tradições antigas à moda europeia.
Começou no teatro, depois no cinema onde ficou conhecido por contracenar em filmes de suspense e terror. A sua trajetória é longa e inclui clássicos como "Museu de Cera" (1953), "A Mosca da Cabeça Branca" (1958), "A Casa Amaldiçoada" (1958), "Força Diabólica" (1959), além do criativo ciclo de adaptações de obras de Edgar Allan Poe dirigidas por Roger Corman na década de 60, como "O Solar Maldito" (1960), "Mansão do Terror" (1961), "Muralhas do Pavor" (1962), "O Castelo Assombrado" (1963), entre outros que preencheram essa fase que talvez tenha sido a mais fecunda do ator.
Nos anos 70, porém, surgiram mais algumas obras que tornaram a sua filmografia ainda mais rica, como "O Grito da Feiticeira" (1970), "O Abominável Dr. Phibes" (1971), "A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes" (1972), "As Sete Máscaras da Morte" (1973), "A Casa do Terror" (1974), entre muitos outros (neste último, ao lado do "cavalheiro do terror" Peter Cushing, Price faz deliciosas e divertidas brincadeiras com a própria carreira, numa autoparódia clássica. Em 1975, participou do disco Welcome To My Nightmare, do cantor Alice Cooper, que sempre foi fã declarado do lendário actor. Vincent Price gravou uma narração para a faixa The Black Widow. Participou do especial de TV de Alice Cooper, que foi inspirado nas letras do disco.
Na década de 80 destacou-se na "Mansão da Meia Noite" (1983), que reúne, num só fôlego, Peter Cushing, John Carradine, Vincent Price e Christopher Lee. Este filme, repleto de clichês e situações previsíveis, na verdade foi uma espécie de homenagem a esses atores que são a própria história do gênero terror no cinema, e foi o único que os uniu numa mesma produção.
Nos anos 80, ficou conhecido do grande público por conta de uma participação muito especial no mundo da música: Uma delas, ao fechar com brilhantismo um dos grandes clássicos do sempre "Rei do Pop" Michael Jackson, "Thriller".
Participou também como narrador de vários filmes, séries e curtas-metragens, como The Devil's Triangle(1974), Faerie Tale Theatre (1982), Vincent (1982),Os Treze Fantasmas do Scooby-Doo (1985) e Tiny Toon Adventures (1991). No curta-metragem mencionada Vincent, realizada por Tim Burton, Vincent Price é o narrador da história de seis minutos, sobre um rapaz chamado Vincent que quer ser como Vincent Price. Como se pode constatar, esta curta em stop motion é uma evidente homenagem ao consagrado ator.
O seu último filme foi Edward Scissorhands (1990), no qual contracenou com Johnny Depp.
Três anos depois, já com 82 anos, veio a falecer de câncer no pulmão.

M, O Vampiro de Dusseldorf

PETER LORRE

Nome artístico de László Löwenstein, nascidou em Ružomberok, Império Austro-Húngaro, atual Eslováquia, no dia 26 de junho de 1904, de ascendência judia. Bancário e ator desconhecido de teatro, foi visto por Fritz Lang e escalado para fazer o papel do grotesco assassino de crianças em "M, o Vampiro de Düsseldorf". Tornou-se um astro. Feio, baixo e de olhos saltados, Lorre provocava nas telas sentimentos de repulsa. Na maioria das vezes fazia papel de vilão. Depois de fugir da Alemanha nazista para a Inglaterra em 1933, trabalhou com Hitchcock em "O Homem que Sabia Demais" (1934).
Sua imagem de M, O Vampiro de Dusseldorf (1931) foi usado em um cartaz de filme alemão para o filme de propaganda anti-semita, Der Ewige Jude (1940), como um exemplo de um típico judeu.
Em O Corvo, adaptação livre do poema de Edgar Allan Poe, o clima humorístico é reforçado pelas ilustres presenças de atores consagrados no horror, Peter Lorre, Boris Karloff e Vincent Price.


Em Hollywood, fez alguns tipos inesquecíveis, mas, desiludido com a falta de bons papéis, foi para a Alemanha para dirigir, escrever e atuar em "Der Verlorene" (1951), que se tornou um fracasso comercial. Voltou para Hollywood e fez seu último filme importante, "O Otário", em 1964. Peter Lorre faleceu aos 59 anos, em 23 de março de 1964, no mesmo dia em que o ator teria que ir para uma audiência de divórcio. 

Fontes: IMDB, Memorial da Fama, CinemaScope.





sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Fio da Navalha

Anne Baxter
Artista norte-americana nascida em Michigan, consagrada por sua participação em A Malvada (All About Eve), onde fazia o papel de Eve, a rival inocente de Bette Davis. O filme ganhou o Oscar de melhor produção em 1950. Sua participação em O Fio da Navalha (The Razor's Edge), valeu-lhe o Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1946. Tendo iniciado na carreira artística aos 13 anos, frequentou a Escola Dramática de Theodore Ervine, passou dos palcos para as telas em 1940 e, cinco anos depois, casava-se com John Kodiak. Com ele teve a filha Katrina, tendo se divorciado sete anos depois. 
Em 1959, Baxter surpreendia Hollywood ao deixar a vida artística para se casar com Randolph Galt, um australiano criador de gados. Viveu por quatro anos num rancho cujo vizinho mais próximo morava a 15 km. Suportou essa vida por quatro anos, perdeu um filho e teve dois outros, Melissa e Maginel. Seu terceiro casamento aconteceu em 1977 com o banqueiro David Klee, que morreu pouco tempo depois. 
Conhecida em Hollywood como uma mulher de gosto refinado, aos 16 anos Anne poderia ter interpretado Rebecca, a Mulher Inesquecível se David Selznick não a tivesse preterido por Joan Fontaine. No teste, foi dirigida por Alfred Hitchcock, com quem trabalharia mais tarde em "Eu Confesso". Em 1940, a atriz assinou contrato com a 20th Century-Fox e estreou nas telas em "Tropa de Vinte Mulas". Seguiram-se "Sorte do Irlandês" e "Soberba", este ao lado de Orson Welles.
 
Em 1963, Anne Baxter apresentou-se no show de Jerry Lewis pela televisão americana e, em 1967, estrelou A Caçada (Stranger on the Run), ao lado de Henry Fonda, um faroeste para TV. Seu último trabalho foi na minissérie Hotel, pela Rede ABC, em 1985. Anne escreveu sua biografia, Intermédio: Uma História Real.

Casou-se três vezes: em 1946, com o actor John Hodiak; em 1960, com Randolph Galt, com quem foi morar em uma fazenda na Australia e, em 1977, com o banqueiro David Klee, que a deixou viúva um ano depois do casamento.
Anne sofreu um derrame cerebral em plena Quinta Avenida, em Nova Iorque, foi levada ainda com vida para um hospital onde não resistiu.
A atriz faleceu aos 62 anos, em 12 de dezembro de 1985.

Fonte: IMDB Memorial da Fama