quinta-feira, 26 de abril de 2012

"Z" - Costa Gravas Vive!



Konstantinos Gavras, mais conhecido como Costa-Gavras, em grego Κώστας Γαβράς, (Lutrá Ireas, Arcádia, 12 de fevereiro de 1933) é um cineasta grego, naturalizado francês, que se notabilizou por seus filmes de denúncia política e, mais recentemente, de ficção social. Após a guerra civil grega deixou a Grécia para estudar Literatura na Sorbone, em Paris.
Interrompeu seus estudos para se inscrever no Instituto de Altos Estudos Cinematográficos (IDHEC), iniciando sua carreira no cinema. Em seguida atuou como assistente de diretores como René Clair, Yves Alegret, René Clement, Marcel Ophuls, Jacques Demy, Henri Verneuil, e Jean Becker.
Ganhou destaque no cenário internacional com o filme Z, de 1969, que denuncia abusos da ditadura militar na Grécia, nos anos 1960. O filme venceu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro.
Foi nomeado presidente da Cinemateca Francesa em 1981 e novamente em 2007.
Costa-Gavras é adepto de um cinema político, tendo feito muitos filmes sobre as ditaduras, também na América Latina, dentre os quais um dos seus mais famosos, Desaparecidos, Um Grande Mistério (Missing), de 1982, que aborda a ditadura de Pinochet no Chile no Chile.
No final dos anos o cineasta mudou-se para os Estados Unidos após o criticado Um Homem, Uma Mulher, Uma Noite, de 1979. Seu penúltimo filme, "Amém", de 2002, criou polêmica ao retratar a relação da Igreja Católica com o Nazismo. Seu último filme, de 2005, foi "O Corte", cuja temática é o desemprego e a concorrência no mercado de trabalho.
Sua filha, Julie Gravas, é também cineasta.

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O QUARTO PODER

Dustin Hoffman e John Travolta interpretando uma situação que volta e meia tem acontecido no Brasil. 

O filme O Quarto Poder, do diretor Costa Gravas, conta a história do repórter Max Brackett (Dustin Hoffman). Num dia comum, em que ele cobria uma matéria em um museu sobre a falta de pagamento dos funcionários, o ex-funcionário Sam Baily (John Travolta) invadiu o lugar e fez de reféns algumas crianças que estavam no local.

Enquanto isso, o repórter que estava no banheiro, viu que não poderia perder a oportunidade de fazer uma matéria exclusiva e fez seus contatos com o jornal onde ele trabalhava. Mas a notícia foi se espalhando e várias emissoras de TV já estavam na frente do museu, prontas para saberem mais sobre o que estava acontecendo lá dentro. O repórter ofereceu ajuda a Sam dizendo que poderia limpar sua barra, cobrindo a matéria e provando que ele era inocente.

O filme discute o poder da mídia sobre a opinião pública, fazendo uma espécie de jogo com as suas emoções. Quando as emissoras exibiam imagem positivas de Sam, o público ficava a favor dele, mas quando outras redes divulgavam imagens denegridas, o público se posiciona contra. Pode-se perceber também, sensacionalismo no filme, quando o jornalista em vez de ajudar Sam, manipula a informação para prejudicá-lo.

O jornalista passou por cima da ética, pois sua missão era de informar a verdade. Percebe-se isso quando são editadas entrevistas feitas com a família de Sam, de forma a parecer que todos estavam contra ele. 

Costa Gravas discute o poder e a manipulação da mídia para favorecer os interesses de terceiros, e em busca da conquista de audiência. Na verdade, a imprensa é o primeiro poder no momento de construir uma imagem e também de destruí-la, não importando se para isso irá prejudicar pessoas e atrapalhar vidas.

Cantando na Chuva



GENNE KELLY

23/8/1912, Pittsburgh, EUA.
2/2/1996, Los Angeles, EUA.


Quando pensamos em Gene Kelly, logo lembramos do fantástico ator e dançarino do filme "Cantando na Chuva". Mas - como observou um crítico - Gene Kelly foi também o homem que coreografou os passos de "Cantando na Chuva" e também o diretor que inventou e escolheu as melhores tomadas para o filme.

Gene Kelly aprendeu a dançar ainda pequeno, estimulado pela mãe que o matriculou num curso de dança junto com seus quatro irmãos. Durante a crise econômica dos anos 1920, Kelly exerceu diversas atividades, entre as quais bailarino de teatro de variedades. Só 18 anos mais tarde, começou uma carreira na Broadway, em Nova York, ganhando projeção com o papel principal no musical "Pal Joey", em 1940.


No ano seguinte, Kelly mudou-se para Hollywood. Seu primeiro sucesso foi o filme "Idílio em Dó-Ré-Mi", de 1942. Combinando passos de dança com movimentos de câmera, o trabalho de Gene Kelly tornou-se clássico em filmes como "Marujos do Amor" (1945) e "Um Dia em Nova York", de 1949.

O filme "Sinfonia de Paris", de 1951, arrebatou seis prêmios Oscar, e deu a Gene Kelly um Oscar especial por sua "versatilidade como ator, cantor, diretor, e dançarino, e especialmente por sua brilhante contribuição à arte da coreografia no cinema".

Em 1952 foi lançado "Cantando na Chuva", em que Gene Kelly contracenou com Donald O'Connor e Debbie Reynolds. As seqüências antológicas do filme, marcadas pelo estilo vital e atlético de Kelly, ficaram gravadas na história do cinema.

Depois do sucesso de "Cantando na Chuva", Gene Kelly passou dezoito meses na Europa, onde concebeu o filme "Convite à Dança", que dirigiu e coreografou. Em 1960 foi agraciado com a Legião de Honra do Governo Francês. De volta aos Estados Unidos, Gene Kelly realizou uma sucessão de filmes bem sucedidos. Atuou como diretor e estendeu sua participação em programas de televisão.


Nos anos 1980, entretanto, a carreira cinematográfica de Gene Kelly entrou em declínio. De qualquer modo, cinco anos mais tarde, ele recebeu um prêmio por toda sua obra da Academia Americana do Filme e, em 1994, apareceu em "Isto é Hollywood - parte 3", rememorando os anos de ouro do cinema americano.

Gene Kelly casou-se três vezes. Sua primeira esposa foi Betsy Blair, com quem teve um filho, Kerry. Casou-se pela segunda vez, com Jeanne Coyne, mãe de seus filhos Bridget e Tim. Sua última esposa foi Patrícia Ward, que o acompanhou até a morte. Kelly morreu de derrame, aos 83 anos.

Fontes: iMDB - Sites do autor - compiladas na internet e editadas.

DEBBYE “Tammy” REYNOLDS




por Rubens Ewald Filho

Ela fez sucesso ainda garotinha, quando tinha apenas 19 anos cantandoAba Daba Honeymoon ao lado de Carlenton Carpenter em Quando Canta o Coração/ Two Weeks with Love, um disco que vendeu um milhão de cópias e lhe deu o papel em Cantando na Chuva, talvez o melhor musical de todos os tempos e o filme que a tornou imortal.

Nascida Mary Frances Reynolds em El Paso, Texas, de uma família muito pobre e conservadora, justamente no Dia dos  Tolos, 1 de abril  (nos EUA  se aplicam peças e brincadeiras nas pessoas mais do que aqui). Eles procuraram melhor vida e se mudaram para Los Angeles na Califórnia, onde estudou no segundo grau e treinou como ginasta.
Foi aos 16 anos fazendo um número justamente de ginasta que ela ganhou o título de Miss Burbank (um município da grande Los Angeles) e foi descoberta pela Warner Bros. Que não sabia muito bem o que fazer com ela.

Estreou numa ponta (aliás, difícil de ver) numa comédia de Bette Davis, mas depois fez uma adorável adolescente num musical de June Haver (Vocação Proibida).
A Debbie jovenzinha era das coisas mais cheias de energia e vida que já se viu numa tela. Basta confirmar isso com Cantando na Chuva. Quando a Metro a escolheu para ser a estrela, ela nem sequer sabia dançar, aprendeu na marra, no suor, sob as ordens do mestre Gene Kelly.


A mesma coisa com a voz, inicialmente não cantava bem, mas o esforço fez com que hoje em dia seja capaz mesmo de imitar em seus shows  Barbra Streisand. Debbie é famosa por essa garra e vitalidade, e também o humor e charme com que faz os personagens. Não atrapalhou também o fato de que a amiga Elizabeth Taylor tenha lhe roubado o marido Eddie Fisher.
Como vítima, ficou ainda mais famosa e ainda teve (antes) outro êxito musical com a canção Tammy, de A Flor do Pântano, que fez emprestada para a Universal,  outro sucesso que rendeu mais de um milhão de discos vendidos. 

Tammy foi o que consolidou sua imagem de “garota do vizinho”, uma boa moça, que canta, dança, representa, mas também se casa virgem e cuida dos filhos. Não por coincidência a filha dela Carrie Fisher se tornou também famosa aos 19 anos sendo escolhida por George Lucas para fazer a princesa Lea, da trilogia Star Wars.
Debbie pode ser vista como uma sobrevivente que não para de trabalhar também na televisão. Fez o papel da mãe excêntrica da heroína na série de teve Will and Grace, mas foram os musicais que a tornaram inesquecível.
Até hoje continua viajando, trabalhando, incansável, a inconquistável. Debbie até já brincou dizendo: “Tenho certeza que quando eu morrer, vão mandar me empalhar e colocar num museu. Aí quando colocarem uma moedinha eu novamente canto Tammy...”


sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Eterno Sansão


Victor Mature
(Ator americano)
29-01-1913, Kentucky,EUA. 04-8-1999, Califórnia.

Ator de escassos recursos interpretativos e considerado como discreto na cena, foi no entanto uma estrela de Hollywood graças a sua imponencia física, que lhe converteu em um dos primeiros musculosos do cinema, onde trabalhou com alguns dos melhores diretores americanos.
Mature foi um astro que nunca se levou muito a sério. Nos anos 60, por exemplo, ao ter seu pedido de inscrição no requintado e selecionadíssimo Country Club de Los Angeles, negado porque ele era um ator, reagiu com escracho: "Isso não é verdade, e tenho 70 filmes para provar". Contra a vontade do pai, um imigrante austríaco que o queria no mundo dos negócios, Mature estreou num papel minúsculo em 1939, aos 26 anos, no filme The Housekeeper's Daughter.
Após alguns papéis pequenos, Mature conseguiu aclamação em seus primeiros papéis principais, sobretudo no público feminino, que o considerava “Um pedaço de Homem” ou “o sorriso mais cativante do mundo”, graças ao seu porte de 1m89 e de seus ombros largos. A crítica jamais o levou a sério como ator (e ele mesmo admitia que não atuava bem), embora tenha se tornado um dos atores mais populares e requisitados por grandes diretores das décadas de 1940 e 1950, devido a sua máscula presença nas telas.


O relativo sucesso lhe rendeu seu primeiro papel principal, o de um homem das cavernas em Um Milhão de Anos Antes de Cristo, de 1940. Em 1949, fez o papel que o consagraria, o de Sansão em Sansão e Dalila, de Cecil B. DeMille.
Com o fim da guerra, voltou para Hollywood e trabalhou mais do que nunca. Seus papéis em “Paixão dos Fortes”, de John Ford, em 1946, e “O Beijo da Morte”, de Henry Hathaway, são considerados seus trabalhos mais consagrados. Posteriormente, locomoveu-se para papéis mais exóticos, principalmente em épicos, como “Sansão e Dalila”, de Cecil B.DeMille, em 1949; “O Manto Sagrado”, de Henry Koster, em 1953; “Demétrius e os Gladiadores”, de Delmer Daves, em 1954; e em “O Egípcio”, de Michael Curtiz, em 1954. Até o surgimento de Charlton Heston, Mature foi o astro dominante do cinema “Épico Bíblico” que vigorava em Hollywood. Victor ainda atuou em diversas películas de comédia, criminais, guerra, e faroestes, interpretando aventureiros, caubóis, policiais, soldados, e até índios. Jamais foi um astro de pretensões artísticas, mas continuou se mantendo como um dos maiores campeões de bilheteria da década de 1950.
Nos últimos anos, vivia de jogar golfe e monitorar seus investimentos, em um rancho em San Diego, na Califórnia onde morreu de câncer. Seu corpo foi enterrado em Louisville, Kentucky, cidade onde nasceu.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Pacto de Sangue


EDWARD G. ROBINSON - Ator do cinema norte-americano nascido em 12 de dezembro de 1893 em Bucarest, na época, Reino da Romênia, sendo seu nome na vida real Emanuel Goldemberg. Emigrou para os Estados Unidos ainda jovem, tendo estudado na Columbia University, em Nova York. Iniciou na carreira artística atuando em peças teatrais, mas pouco depois foi descoberto pelo cinema. Estreou nas telas em 1930 e no mesmo ano participou do primeiro filme de gangster rodado em Hollywood, Alma no Lodo (Little Caesar, produção da Warner Brothers). Em 1949, foi premiado como melhor ator em Cannes por sua participação em Sangue do Meu Sangue (House of Strangers), ao lado de Susan Hayward e Richard Conte. 

 Desde sua primeira aparição nas telas, Robinson passou a representar somente personagens sinistros, motivo suficiente para que o ator detestasse assistir seus próprios filmes, ainda mais que ele era um homem culto, refinado e apaixonados pelas artes. Foi o primeiro ator de Hollywood a fazer sucesso interpretando gângsters, estilo que depois foi seguido por James Cagney e Humphrey Bogart, por exemplo.

Na projeção em estúdio de sua primeira atuação, Gladys, sua esposa, achou que o marido estava perfeitamente simpático e elegante com a cartola e a casaca, mas Robinson assombrou-se em ver sua vilania na tela. Recusou-se a ir à brilhante estréia no Paramount Theater de Nova York e recebeu o seguinte telegrama de Claudette Colbert, com quem contracenou: Caro Ed, acabo neste momento de assistir nossa obra prima. Não estivemos tão mal, querido, não estivemos tão mal. Sua Claudette. 

Robinson e outro "durão", Bogart

No ano seguinte de seu falecimento, morria também o filho do ator, Edward G. Robinson Jr., aos 40 anos: frustrado por não conseguir continuar na carreira do pai na década de 50, metia-se com frequência em brigas de bar e complicações com a polícia. Sua mãe, Gladys Loyd, falecida em 1972, deixou-lhe de herança apenas um jogo de chá, por causa de sua conduta insuportável; o pai deixou-lhe uma mesada e o capítulo de sua autobiografia: As agonias do espírito de meu filho. Edward G. Robinson faleceu aos 80 anos, em 27 de janeiro de 1973 em Hollywood, Califórnia.

Neste mesmo ano este grande ator foi mais um que só recebeu o Oscar póstumo pelo “conjunto da obra”.
 Atuou em clássicos das décadas de 30 e 40: Grilhão Eterno (1932), Alma no Lodo (1930), O Fugitivo (1932), Pacto de Sangue (1944), Almas Perversas (1945), O Estranho (1946) e Paixões em Fúria (1948). Ainda atuou no épico Os Dez Mandamentos (1956) e seu último filme foi No Mundo de 2020 (1973).
Fontes: Memorial da Fama - iMDB

quarta-feira, 4 de abril de 2012

“La Violetera”


por: Luiz Carlos Rodrigues Abbdo

María Antonia Alejandra Vicenta Elpidia Isidora Abad Fernández Sara Montiel, nasceu em Campo de Criptana, provincia de Montiel, Ciudad Réal, Espanha – 10 de março de 1928.


Com o passar do tempo, já suficientemente madura, Sarita Montiel encontra pela frente bons diretores, e recebe de cada um deles as melhores oportunidades no cinema, demonstrando com isso sempre ascender ainda mais os degraus da fama e do sucesso. Até chegar, com muito brilhantismo, no papel principal do filme “La Violetera” (1958), do diretor Luis Cesar Amadori, arrancando da crítica especializada muitos aplausos não apenas pela sua performance no filme, como também pela sua incontestável beleza!
O filme se passa na romântica Madri, nos primórdios do Século XX, onde Soledad (Sarita Montiel) muito linda e apaixonada vende violetas no lado de fora do teatro da cidade. E para cativar ainda mais os homens românticos, ela não pára de cantar. Tanto que, dias depois, sempre cantando, acaba encontrando o seu príncipe encantado em Fernando (Raf Valone), jovem e rico aristocrata.


Sarita Montiel é a atriz mais badalada de Hollywood no início de 1960, chegando inclusive a fazer frente a muitas outras atrizes de renome como Marilyn Monroe, Doris Day e até mesmo Elizabeth Taylor! Sarita, na verdade, tem a cara de “La Violetera”, e a música “La Violetera” que ela canta com impecável romantismo, igualmente tem a sua própria cara!”
Seu primeiro filme foi “Te quiero para mi”, aparecendo como atriz coadjuvante no elenco, fazendo María Alejandra, mas foi a partir de “Empezó em boda” onde ela usaria o nome artístico de Sara Montiel. Seu papel de primeira importância foi em “Locura de amor”, a que se seguiu “La mies es mucha”, “Pequeñeces” e “El capitán veneno”. Sua grande beleza e talento permitiram que ela conseguisse grandes sucessos, mas o cinema espanhol da época era muito pequeno para uma estrela como Sara Montiel, que foi tentar a sorte fora de seu país, no México e nos Estados Unidos, onde chegou a trabalhar em Hollywood.

Atriz de Hollywood, carreira de cantora, casamentos e filmografia de Sarita você encontra AQUI.