Joan Crawford
(Atriz norte-americana)
23-3-1905, San Antonio, Texas, EUA
10-5-1977, New Yoek, EUA
(Atriz norte-americana)
23-3-1905, San Antonio, Texas, EUA
10-5-1977, New Yoek, EUA
Pouco tempo depois de chegar à terra do cinema, Lucile Fay LeSuer, Crawford, conseguiu uma pequena participação, como corista, no filme "A Mosca Negra" (Pretty Ladies). A esse, seguiram-se três outros filmes nos quais, basicamente, ela não tinha nenhuma fala. Somente em 1928, aos 23 anos, Joan Crawford conseguiu seu primeiro papel principal no filme "Garotas Modernas" (Our Dancing Daughters).
Nos anos 30, tornou-se uma das principais estrelas da MGM, com filmes como "Grande Hotel" (Grand Hotel), de 1932, "Três Amores" (Sadie McKee), de 1934 e "Do Amor Ninguém Foge" (Love on the Run), de 1936. Em 1943, deixou os Estúdios da MGM, ao assinar um contrato com a Warner Bros. Nessa Companhia, ganhou o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em "Alma em Suplício" (Mildred Pierce), de 1945 e foi indicada à estatueta por seu trabalho em "Fogueira de Paixão" (Possessed), de 1947. Joan Crawford recebeu uma outra indicação ao Oscar por sua atuação em "Precipícios d'Alma" (Sudden fear), de 1952, uma produção dos Estúdios da RKO.
Depois de quatro casamentos e divórcios, casou-se em janeiro de 1956 com Alfred Steele, chairman do Board da Pepsi Cola, empresa da qual se tornou executiva após a morte do marido. Sua última aparição nas telas do cinema ocorreu em 1970, com o filme "Trog".
No final de sua vida, tornou-se reclusa e alcoólatra, morrendo solitária. Tendo adotado quatro filhos, os dois mais velhos, Christina e Christopher foram excluídos de seu testamento.
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CONFISSÕES...
"Estive com a Metro durante muitos anos e fiz vários filmes de sucesso, quando o estúdio anunciou a produção de “Uma Alma livre”. Queria ser a protagonista, mais do que em qualquer outro filme de minha carreira. Disso isso a Louis B. Mayer. “Joan, você é uma das nossas estrelas mais valiosas, porém, você ainda não tem a experiência necessária como atriz dramática para interpretar esse papel”, ele respondeu. Procurei sair do seu escritório antes que começasse a chorar, mas as lágrimas não esperaram até eu chegar em casa. Senti-me insultada como atriz. Hoje compreendo que foi uma das melhores bofetadas que recebi em minha carreira. Porque o meu trabalho fora, tão profundamente, ferido, que trabalhei, arduamente, em meus filmes subseqüentes. Percebo que, na verdade, não estava apta para o papel que foi dado à Norma Shearer. Mas a bofetada mais severa que senti, por certo, foi quando não fazia um filme havia dois anos, antes de interpretar “Almas em suplício”. Parte do tempo estive sob contrato... esperando. Outra parte passei sentada por minha própria conta, pois, voluntariamente, deixara de receber o salário, para aguardar uma boa história. Durante aqueles dias desanimadores, aprendi o valor da humildade e da gratidão, e a rezar com mais fervor."
"A minha vida particular é só minha, e tenho aprendido muito à minha custa, ou melhor, à custa das bofetadas que tenho levado. Mas, graças a Deus, sou feliz, porque sem pai e sem mãe para me guiar, lágrimas e reflexões não me faltaram após cada látego, para me ensinar a lutar e a alcançar o que desejo.”
Fonte: revista “O Cruzeiro”, agosto de 1955)
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