sábado, 22 de janeiro de 2011

Desejos Proibidos...


Charles Boyer
(Ator francês naturalizado norte-americano)
28-8-1897, Figeac,França
26-8-1978, Phoenix, EUA

Além de francês e inglês, o ator Charles Boyer falava italiano, alemão e espanhol. Da estréia em 1920, aos 23 anos, em “L'Homme du Large até “Questão de Tempo, realizado em 1976, e seu último trabalho, fez mais de oitenta filmes. Foi indicado quatro vezes ao Oscar, mas não venceu em nenhuma delas. Contudo, foi um dos atores mais prestigiados e atuantes do cinema nos anos 30, 40 e 50. Nascido na França, estreou nos palcos parisienses em 1920 com sucesso imediato, aparecendo logo a seguir em vários filmes mudos. Partindo para Hollywood, teve sua primeira chance num pequeno papel ao lado da platinum-blonde Jean Harlow em "Cabelos de Fogo” (1932). No entanto, sua voz arrebatadora e porte charmoso logo fez dele uma estrela romântica, contracenando com as principais atrizes da época: Claudette Colbert, Katharine Hepburn, Marlene Dietrich, Greta Garbo etc. O bandido sedutor Pepe Le Moko - de “Argélia” (1938) - foi a sua interpretação mais popular. 
Em contraste com sua imagem glamourosa, Boyer perdeu cedo o cabelo, tinha uma acentuada barriga e era baixinho. Em 1940, quando Bette Davis o viu pela primeira no set de “Tudo Isso e o Céu Também”, não o reconheceu e tentou impedi-lo de trabalhar no filme. Felizmente não conseguiu. Na década de 50 voltou a fazer teatro, além de atuar na televisão. Fez sucesso com “Desejos Proibidos” (1953), de Max Ophuls, e “Naná” (1955). Ficou dois anos em cartaz na Broadway com a peça The Marriage- Go-Round” (1958-1960), ao lado de Claudette Colbert. Continuou a fazer bons filmes nos anos 60 e 70, destacando-se em “Fanny” (1961), “Como Roubar um Milhão de Dólares” (1966), “Descalços no Parque” (1967) e “Stavisky” (1974), pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante dos Críticos de Cinema de Nova York e recebeu homenagem no Festival de Cannes. Em 1966 gravou um disco romântico muito vendido, “Where Does Love Go?”. Uma das maiores tragédia de sua vida aconteceu em 1965: o suicídio de seu filho único, Michael, aos 22 anos, após romper com sua namorada. Inconformado com o fim de um casamento de 44 anos, Boyer também se suicidou - com uma overdose de Seconal -, em 1978, aos 80 anos e dois dias depois do falecimento de sua esposa, a atriz Pat Paterson, acentuando ainda mais a sua mitologia romântica.

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