terça-feira, 30 de agosto de 2011

Doutor Jivago... Lara!



Atriz de naturalidade indiana, filha de pais britânicos, Julie Frances Christie nasceu em 14 de abril de 1941 em Chuku, Assam (Índia), antes de se tornar uma das musas e beleza do cinema britânico dos anos 60 e 70. 
Depois de viver em seu país natal ao lado da família (seu pai era dono de uma plantação de chá), Julie mudou para a Inglaterra em meados dos anos 50, onde frequentou a The Central School of Speech and Drama, em Londres, e Brighton School of Art. Suas origens no teatro e, especialmente, na série de televisão "A for Andromeda" tornou-a popular entre o público britânico do início dos anos sessenta.
Apesar de sua estreia no cinema ter sido em 1962 com a comédia dirigida por Ken Annakin, "Ladrões anônimos", a grande revelação foi na Grã-Bretanha com a participação em "O Mundo fabuloso de Billy Liar" (1963), um filme de John Schlesinger. 
Já devidamente radicada, a fama de Julie cresceu como um incêndio. O papel fundamental para o estrelato mundial seria o de Diana Scott em "Darling, a que Amou Demais" (1965), também assinada por Schlesinger. Seu desempenho lhe rendeu favoritismo para ganhar um Oscar. 
Em 1965 Julie fez um de seus filmes mais memoráveis
​​e aclamado, "Doutor Jivago", de David Lean. Outros títulos importantes da carreira de Julie, foram "Fahrenheit 451" (1967) de François Truffaut, "Longe Deste Insensato Mundo" (1967), Schlesinger, e "Petulia" (1968), de Richard Lester.
Nos anos 70 continuou o estrelato com filmes estupendos, como "O Mensageiro" (1971) Joseph Losey, "Jogos e Trapaças" (1971) Robert Altman (filme que foi indicado ao Oscar) e "Inverno de Sangue em veneza" (1973), de Nicolas Roeg.
Em 1971 conheceu o ator Warren Beatty, com quem teve um caso e trabalhou em dois filmes: "Shampoo" (1975), de Hal Ashby e, "O Ceu pode esperar" (1978). A bela e talentosa atriz continuaria a aparecer ocasionalmente em filmes nas décadas de 80 e 90, embora a maioria dos títulos tenham sido menores e dispensávis.
Os filmes mais populares no seu último período foram, "Verão Vermelho" (1982), de James Ivory, e "Hamlet" (1996) de Kenneth Branagh. 
Em 1997 voltaria a ser indicada para um Oscar por sua atuação em "O Despertar do Desejo", dirigido por Alan Rudolph e co-estrelado por Nick Nolte. 
Julie nunca se casou, mas manteve uma série de romances com atores tão conhecidos, como, Omar Shariff, Terence Stamp, Michael Caine, e o acima mencionado, Warren Beatty. 
O espírito independente de Julie Christie nunca permitiu que ela fosse levada a um altar. Atualmente leva vida conjugal em uma fazenda de Gales, com o 
jornalista Duncan Campbell, longe da agitação urbana.

7 comentários:

  1. "Um dos filmes que marcou toda a geração da época, muito bom!"

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  2. Caro João de Deus Netto; É fenomenal este seu blog, em toda a sua extensão. Hoje estou aqui para lhe dizer o quanto o amigo me emocionou com esta página - "LARA" e a anterior - "YURY". Doutor Jivago foi o primeiro filme que vi (indo sozinho ao cinema) no início da minha juventude/adolescencia; como recordo neste momento, com sua música aqui instalada, algumas daquelas cenas maravilhosas. Parabéns por este seu fantástico trabalho. Abraço do Porto, Portugal

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  3. Adoro Doutor Jivago! A trajetória desses protagonistas também é surpreendente! Uma indiana e um egípcio vivendo um casal russo, quem diria!
    Abraços, Lê

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  4. Esse é maravilhoso!
    João de Deus, vou colocar seu blog nos meus favoritos. Dê uma olhada no meu. Nós estamos agora com uma enquete. Participe!
    www.telaprateada.blogspot.com
    Um abraço
    Dani

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  5. Pessoal, que maravilha, vocês cinéfilos no CinemaScope, dando a maior força para o "Cinemão" nunca ser abatido pelas corporações dos shoppings aqui na blogosfera, tal como aconteceu com os saudosos cinema de rua, desde o poeira, pulguento, até os "palácios", maioria do Luis Severiano Ribeiro, um cearense (estão em todas! rs rs) que monopolizou estes templos mágicos onde eu me encantava até com o piorzinho dos filmes.
    Sabiam que eu assitia ao filmes do Tarzan Weismuller, acompanhando o desenrolar da aventura por uma revista em quadrinhos tipo" fotonovela"? Claro que não, na época eu era uma criança no interior do Piauí, próximo á Teresina, cercado de quase 1000 revistas (982) de todos os heróis que podíamos imaginar. Aqui de Curitiba vejo que meu cinema virou uma escola técnica e que a molecada vai aos cinemas de shoppings perturbar a vida dos poucos que ainda teimam em assistir filmes em tela (nem tanto) grande!
    Valeu!
    Áh, vamos dar uma força pra minha amiga e leitora Bernadete, do comentário aqui embaixo.

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  6. Um senhor giro pelo Cinemascope digno de registros, que só o Netto mesmo, o João de Deus do picinez@gmail.com leva ao ar, recheiado de lembranças que nos devolvem às idades dos primeiros passos rumo ao Cinema "da cidadezinha onde eu nasci"... Grandes filmes, as figuraças inesquecíveis da Tela, as trilha sonoras, os Diretores, os investidores, as dicas e fotos do "artista principal", enfim, uma saudade danada que sacode as lembranças. Precisamos disso. Foi, não foi, tô lá! Fuçando, remexendo, revendo, curtindo.
    Então, Netto: Bardot está ótima. Sharif, liiiindo! Até hoje, para o meu olhar, sua mais bela foto... Greta Garbo(sa) - a Dama das Camélias (que título!) Bela demais. Marilyn Monroe, o Furacão Loiro, um meteoro brilhante. O primeiro NU artístico em pleno 1953... Há como a gente dar de garra em algumas relíquias dessas, num Sebo de certa ordem, por aí? Ou cópias? CÂMBIO!
    abspontob

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