por Rubens Ewald Filho
Ela fez sucesso ainda garotinha, quando tinha
apenas 19 anos cantandoAba Daba Honeymoon ao lado de Carlenton Carpenter em Quando Canta o Coração/ Two Weeks with Love,
um disco que vendeu um milhão de cópias e lhe deu o papel em Cantando na Chuva, talvez o melhor
musical de todos os tempos e o filme que a tornou imortal.
Nascida
Mary Frances Reynolds em El Paso, Texas, de uma família muito pobre e
conservadora, justamente no Dia dos Tolos, 1 de abril (nos
EUA se aplicam peças e brincadeiras nas pessoas mais do que aqui). Eles
procuraram melhor vida e se mudaram para Los Angeles na Califórnia, onde
estudou no segundo grau e treinou como ginasta.
Foi aos 16
anos fazendo um número justamente de ginasta que ela ganhou o título de Miss
Burbank (um município da grande Los Angeles) e foi descoberta pela Warner Bros.
Que não sabia muito bem o que fazer com ela.
Estreou numa ponta (aliás, difícil de ver) numa
comédia de Bette Davis, mas depois fez uma adorável adolescente num musical de
June Haver (Vocação Proibida).
A Debbie jovenzinha era das coisas mais cheias
de energia e vida que já se viu numa tela. Basta confirmar isso com Cantando na Chuva. Quando a Metro a
escolheu para ser a estrela, ela nem sequer sabia dançar, aprendeu na marra, no
suor, sob as ordens do mestre Gene Kelly.
A mesma
coisa com a voz, inicialmente não cantava bem, mas o esforço fez com que hoje
em dia seja capaz mesmo de imitar em seus shows Barbra Streisand. Debbie
é famosa por essa garra e vitalidade, e também o humor e charme com que faz os
personagens. Não atrapalhou também o fato de que a amiga Elizabeth Taylor tenha
lhe roubado o marido Eddie Fisher.
Como
vítima, ficou ainda mais famosa e ainda teve (antes) outro êxito musical com a
canção Tammy, de A Flor do Pântano, que fez emprestada
para a Universal, outro sucesso que rendeu mais de um milhão de discos
vendidos.
Tammy foi o que consolidou sua imagem de
“garota do vizinho”, uma boa moça, que canta, dança, representa, mas também se
casa virgem e cuida dos filhos. Não por coincidência a filha dela Carrie Fisher
se tornou também famosa aos 19 anos sendo escolhida por George Lucas para fazer
a princesa Lea, da trilogia Star
Wars.
Debbie pode ser vista como uma sobrevivente que
não para de trabalhar também na televisão. Fez o papel da mãe excêntrica da
heroína na série de teve Will and
Grace, mas foram os musicais que a tornaram inesquecível.
Até hoje continua viajando, trabalhando,
incansável, a inconquistável. Debbie até já brincou dizendo: “Tenho certeza que
quando eu morrer, vão mandar me empalhar e colocar num museu. Aí quando
colocarem uma moedinha eu novamente canto Tammy...”
Que benção a agradável Debbie ainda estar em vida. Tem apenas 80 anos, mas já vi muitas nos deixarem antes disso.
ResponderExcluirA Debbie foi uma das atrizes que permeou a minha infancia e alegrou muitas matinees minhas.
Assisti a dezenas de filmes com ela. Porem, tem um do qual me alegro somente em citar seu titulo; foi Como Fisgar Um Marido.
Não consigo esquecer ela e o Tony Randall nesta comédia muito gostosa, como as que eram feitas naqueles idos dos anos 50, sobre uma familia de fazendeiros pobres, mas todos muito felizes. Porém, que jamais pagaram Imposto de Renda.
E é quando chega um fiscal do Governo (Randall), para acertar as contas com o Fisco.
Uma comédia agradabilissima e muito movimentada, e ainda com a presença d formidável Paul Douglas, como o chefe descuidado da família.
Quanto a Cantando na Chuva nunca o vi.
Fui orientado por um amigo para fazer uma força e assisti-lo.
Então o gravei há uns dois meses e ainda não tive coragem para ve-lo.
Mas farei isso pela Debbie.
jurandir_lima@bol.com.br