sábado, 3 de dezembro de 2011

O Cavaleiro Solitário...


Buck Jones, nome artístico de Charles Frederick Gebhart, (Vincennes, Indiana, 12 de dezembro de 1891 – Boston Massachussets, 30 de novembro de 1942) foi um ator norte-americano conhecido pelos seus papéis de cowboys em inúmeros faroestes desde os tempos do cinema mudo.
Trabalhou no circo como peão, treinou cavalos para o governo francês e ensinou equitação na França. Em 1915 conheceu a amazona Odille Osborne, com quem celebrou um casamento que durou a vida inteira. Já casado, foi piloto de carros de corridas e finalmente chegou a Hollywood em 1917, a bordo do Ringling Brothers Circus.
Começou como extra até ser contratado para pequenos papéis pela Fox, sendo também dublê de Tom Mix. Em 1920 estrelou Quem Não Se Arrisca (The Last Straw). Nos anos que se seguiram, fez sessenta filmes naquele estúdio. Saiu em 1928 para fundar sua própria produtora, que faliu com apenas um filme, O Grande Salto (The Big Hop), dando-lhe enorme prejuízo. Abandonou as telas e voltou-se novamente para o circo, mas teve de desistir depois de apenas dois meses. Felizmente, nessa época começavam a ser produzidos os filmes falados e a Columcia Pictures contratou-o por uma fração do que ganhava na Fox. Seu primeiro filme sonoro foi O Cavaleiro Solitário (The Lone Rider, 1930). Depois de vinte e nove filmes para a Columbia, Jones e seu cavalo Silver transferiram-se para a Universal Pictures, em 1933. Ali, sua carreira atingiu o ápice, tendo ficado entre os dez cowboys mais populares até 1938. Na Universal, fez vinte e dois filmes e quatro seriados, tendo inclusive dirigido alguns deles. Jones tinha um talento nato para a comédia e várias vezes seus filmes o retratavam como um cowboy tímido e ingênuo no início, o que proporcionava as cenas cômicas queridas pelas platéias e detestadas pelos críticos. No decorrer da ação, no entanto, Jones transformava-se aos poucos no durão implacável característico dessas produções.
Capas das revistas em quadrinhos da Editora Ebal do Rio de Janeiro. 

Por volta de 1938, uma nova geração havia aportado nos campos do faroeste B. Eram os cowboys cantores, como Gene Autry, Roy Rogers, Tex Ritter e tantos outros. Com isso, a carreira de Jones entrou em franco declínio. Sem contrato, conseguiu apenas meia dúzia de modestos filmes por um estúdio do Poverty Row, distribuídos pela Columbia. Depois de um período ocioso, estrelou o drama Compromisso de Honra (Unmarried, 1939), para a Paramount. No ano seguinte, desagradou seus fãs ao aceitar o papel de um bandido em A Caravana do Oeste (Wagons Westward, 1940), estrelado por Chester Morris para a Republic. Ainda fez dois seriados em 1941 e quando tudo indicava que sua carreira chegara ao fim, a Monogram chamou-o para uma série de filmes do “trio Western”, "The Rough Riders", ao lado de Tim McCoy e Raymond Hatton. Entre 1941 e 1942, foram produzidas oito películas movimentadas (ainda que rotineiras), após o que o trio se desfez, pois McCoy alistara-se novamente no exército. Depois de um último filme, Amanhecer na Fronteira (Dawn on the Great Divide, 1942), já fora da série, Jones passou a sair em excursões, onde se apresentava individualmente e vendia bônus de guerra.
Cartazetes (fotos) de divulgação dos filmes nos saguões dos "cinemas de ruas" do mundo inteiro.

Em 28 de novembro de 1942, encontrava-se em Boston, Massachusetts, quando um grande incêndio no restaurante onde jantava causou várias vítimas fatais. Jones conseguiu ser retirado com vida, porém não resistiu aos ferimentos e faleceu dois dias depois

Fonte: IMDB - Wikipedia - Acervo Editora Ebal
Caricatura: João de Deus Netto - CinemaScope

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