sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Easy Rider...Sem Destino

Peter Fonda "Wyatt"

Sem Destino (Easy Rider) é um Road Movie americano de 1969, escrito por Peter Fonda, Dennis Hopper e Terry Southern, produzido por Fonda e dirigido por Hopper.
Conta a história de dois motociclistas que viajam através do sul e sudoeste dos Estados Unidos, com o objectivo de alcançar a liberdade pessoal. O sucesso de Easy Rider ajudou a avivar a fase New Hollywood do cinema norte-americano durante a década de 1960.
Um marco na filmografia de contracultura, e a "pedra-de-toque" de uma geração" que "capturou a imaginação nacional", Easy Rider explora as paisagens sociais, assuntos e tensões na América da década de 1960, tal como a ascensão e queda do movimento hippie, o uso de drogas e estilo de vida comunal.
Os protagonistas são dois motociclistas, Wyatt ou 'Capitão América' (Fonda) e Billy (Hopper). Fonda e Hopper disseram que os nomes referem-se a Wyatt Earp e Billy the Kid. Wyatt veste-se de cabedal adornado com a bandeira americana, enquanto Billy se veste com calças e camisa ao estilo dos nativos americanos.
Depois de contrabandearem drogas do México para Los Angeles, Wyat e Billy vendem a mercadoria para um homem em umRolls-Royce. Com o dinheiro da venda armazenado em mangueiras dentro dos tanques de gasolina, eles vão rumo a Leste na tentativa de chegar em Nova Orleans, na Luisiana, em tempo para o Mardi Gras.
A gênese para o filme Sem Destino começou com uma fotografia. Peter Fonda conta: "Eu me lembro o dia em que apareci com a idéia para Sem Destino, 27 de setembro de 1967. Estava olhando uma fotografia minha e de Bruce Dern em frente a uma motocicleta. Nós parecíamos grandes, numa imagem 18x24, em contra-luz, de forma que ninguém poderia dizer que éramos nós. E isso me deu um estalo, para fazer este filme".

Fonda chamou seu amigo Dennis Hopper e disse a ele sua idéia de dois jovens experimentando a "liberdade total" enquanto cruzavam o país de motocicleta. Hopper, no cinema desde Juventude Transviada (1955), estava pensando em abandonar a profissão de ator para se tornar professor de teatro. Fonda mudou a cabeça de Hopper, oferecendo-lhe a oportunidade de dirigir o filme.
Para financiar o projeto, Hopper pediu a seu amigo Jack Nicholson para apresentá-lo a Bert Schneider, um dos sócios da BBS Productions, uma companhia independente que lançava seus projetos pela Columbia Pictures. A BBS concordou em colocar 400 mil dólares para fazer Sem Destino.
A produção começou com locações em Nova Orleans, em 23 de fevereiro de 1968. Juntando-se a Hopper e Fonda estavam Karen Black e a futura coreógrafa e cantora Toni Basil. Apesar de Rip Torn ter sido originalmente escolhido para fazer o papel do advogado alcoólatra George Hanson, ele acabou deixando a produção antes do início das filmagens. Jack Nicholson - que a BBS havia enviado a Nova Orleans no cargo de produtor executivo - concordou em fazer o papel. Sua atuação o transformou num astro.
Réplica da moto Chopper "Capitão América".

Fonte: IMDB - Sites sobre o filme e os atores
Caricaturas: João de Deus Netto - CinemaScope


3 comentários:

  1. esse filme foi rodado em 16mm, na marra, porque a grana terminou não sendo liberada integralmente. não deu pra comprar película 35mm. o filme é o primeiro road-movie, que inspiraria obras seminais da cultura marginal como on the road, de jack kerouac, da mesma época. daí meu poema ter sido dedicado a ele e a pierre baiano, maior símbolo da cultura beat no piauí dos anos 60/70.

    para Jack Kerouac

    e Pierre Baiano



    Já não temos tempo de ser jovens

    e soltar de novo aquele grito,

    crianças de braços abertos

    aos primeiros raios de sol


    O grito morreu na garganta

    sufocada

    pelo nó

    da gravata

    engasgada

    pelos protestos de elevada estima e distinta consideração


    The dream is over, gente fina.

    Os cabeludos furaram as orelhas

    e usam sapatos de verniz.


    Mas é impossível

    olhar a mochila empoeirada

    sem que o polegar aventureiro acorde

    animado pelo assovio de um velho blues

    e volte a sonhar com o sol das abbey roads

    por onde um dia viajamos

    com flores nos cabelos

    fumando umas coisas do norte.

    Paulo José cunha - jornalista, professor e escritor foi repórter de O Globo, Jornal do Brasil e Rede Globo de Televisão. Dirige documentários e comerciais de TV. É apresentador da TV Câmara (programas "Primeira Página" e "Comitê de Imprensa").

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  2. Valeu. Carla!!

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  3. Ainda acho que o filme envelheceu um pouco,
    mas consegue manter seu simbolismo intacto.

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