sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Quanto Mais Quente Melhor....

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Filho de imigrantes húngaros, Tony Curtis nasceu em 1925 em Nova Iorque, no Bronx, com o nome de Bernard Schwartz. Alistou-se para combater na Segunda Guerra Mundial seduzido pelos filmes de Hollywood, para onde rumaria já depois do serviço militar, em 1948, aos 23 anos, com sonhos de fama e fortuna e entusiasmado por uma curta experiência em teatro. O próprio ator assume que foi a sua visível beleza que lhe valeu o primeiro contrato com a Universal Pictures, onde adoptaria o nome artístico de Tony Curtis. O olhar azul e o rosto de feições perfeitas foram uma vantagem que o intérprete sempre soube usar a seu favor, tanto em papéis de galã como, muitas vezes, em comédias que parodiavam o próprio estereótipo.
A sua estreia no cinema dá-se em 1949 num pequeníssimo papel no “film noir” “Dupla Traição”, ao lado de Burt Lancaster. Nos anos seguintes foi ganhando tarimba em papéis de vilão e comprovando o talento em filmes como “Sierra” e, principalmente,Winchester 73”.
O primeiro filme em que Curtis teve realmente impacto enquanto protagonista surgiu em 1953 com “Houdini”, no papel do mítico ilusionista, na que foi a primeira das cinco películas em que contracenou com a sua então esposa Janet Leigh.
Muito prolífico, Curtis prosseguiu carreira numa variedade de gêneros, destacando-se logo a seguir interpretações elogiadas em filmes como “Trapézio” (1956), “Os Vikings” (1958) e, principalmente, “Mentira Maldita” (1957), que tirou dúvidas a quem ainda as tivesse que o intérprete não era apenas uma cara bonita mas um ator para ser levado a sério. A comprovação definitiva surgiu logo em 1958 com “Os Audaciosos”, de Stanley Kramer, um drama racial em que interpretava um prisioneiro em fuga agrilhoado ao negro Sidney Poitier, e que lhe valeu a sua única nomeação ao Oscar.
Ainda em 1959, Curtis teve também um dos seus papéis mais populares, ao lado de  Jack Lemmon e Marylin Monroe, no filme de Billy Wilder “Quanto Mais Quente Melhor”, por muitos considerado uma das melhores comédias de todos os tempos.
Os sucessos continuaram e, entre vários filmes menos memoráveis, Curtis participou ainda em fitas como “Manobra de Saias” (1959), “Spartacus” (1960), “Tarás Bulba” (1962), “Quando Ela era Ele” (1964) e “A Grande Corrida” (1965), culminando uma década cheia de sucessos com a interpretação fulgurante do assassino Albert DeSalvo em “O Estrangulador de Boston”, de Richard Fleischer, em 1968.
A partir dos anos 70, a sua carreira começou a desacelerar e, embora continuasse sempre muito ativo, tanto no cinema como na televisão, os papéis memoráveis foram-se tornando muito escassos.
Tony Curtis faleceu em Las Vegas no dia 29 de setembro de 2010)
A popularidade pública de Curtis, porém, nunca diminuiu, quer pela relevante carreira como pintor que iniciou a sério no início dos anos 80, quer pelas várias relações amorosas que sempre foi tendo, dentro e fora dos seus seis casamentos. A sua última esposa, Jill Vandenberg Curtis, com quem casara em 1998, era 42 anos mais nova que ele.
Curtis teve cinco filhos dos diferentes casamentos, a mais célebre das quais é a actriz Jamie Lee Curtis, popularizada em filmes como "Um Peixe Chamado Wanda" e "Haloween - A Noite do Terror".

Fontes: AFP - Los Angeles Times - SAPO (Portugal)

Um comentário:

  1. Spartacus pode ate ter sido um papel menor --e eu nunca assisti-- mas o que se lembra desse filme ate hoje eh o dialogo das ostras, que era considerado uma cantada gay aa epoca. Parece que foi um escandalo menor, mas eh praticamente a unica coisa que eh mencionada hoje em dia a respeito do filme. De qualquer maneira, ele ja era um dos atores mais bem-amados dos EUA entao e podia se arriscar.
    Ah, e a filha Jamie Lee eh uma maravilha da natureza!
    Abracao, Joao.

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