quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Moisés, El Cid, Ben Hur... Charlton Heston

(Clique e amplie a caricatura e as fotos)


Heston foi contratado para interpretar o papel de Marco Antonio no filme "Julius Caesar" (1949), dirigido por David Bradley, papel que lhe abriu o caminho para o estrelato. 

A partir daí sua carreira decolou, e ele participou de dezenas de filmes, entre eles "O Maior Espetáculo da Terra" (1952), de Cecil B. DeMille; "A Selva Nua" (1954), de Byron Haskin; "O Segredo dos Incas" (1954), de Jerry Hopper, "Os Dez Mandamentos" (1956), de Cecil B. DeMille, e "A Marca da Maldade" (1958), de Orson Welles. 

"Os Dez Mandamentos" (1956), de Cecil B. DeMille.

 Nos anos 60 participou de filmes como "Agonia e Êxtase" (1965), "O Senhor da Guerra" (1965), "Khartoum" (1966) e "O Planeta dos Macacos" (1968). 

Nos anos 70 trabalhou em filmes como "O Senhor das Ilhas" (1970), "No Mundo de 2020" (1973), "Os Três Mosqueteiros" (1973), "Terremoto" (1974) e "Aeroporto 75" (1974). 

Heston teve também uma forte faceta política, e se tornou conhecido como o último bastião dos conservadores em Hollywood. 

Além de ser um republicano fanático, foi um firme defensor direito dos americanos de usar armas, como demonstrou através da National Rifle Association, que presidiu durante anos.

Heston venceu o Oscar por sua atuação no épico "Ben- Hur", em 1959 - Foto da famosa corrida de bigas no clássico filme do Diretor William Wyler.

Política

Charlton Heston foi de início filiado ao Partido Democrata, sempre fazendo campanha, no entando, pelos candidatos conservadores. Foi um dos grandes apoiadores de Martin Luther King, tendo participado da histórica caminhada pelos direitos humanos em 1963, na capital Washington. Foi também presidente do Sindicato dos Atores, de 1966 a 1971.

Com a chegada de Ronald Reagan ao poder em 1987, um antigo amigo, Heston bandeou-se para o Partido Republicano e passou a militar contra o que chamava de "derrocada dos valores americanos". Em 1996, engajou-se na campanha política de 50 políticos republicanos e tornou-se um dos mais verborrágicos críticos de Bill Clinton

Eleito em 1998 presidente da Liga Nacional do Rifle, tornou-se porta-voz da campanha a favor do indivíduo armar-se, que valeu a Heston uma involuntária e constrangedora aparição no documentário Tiros em Columbine (Bowling for Columbine, 2002), de Michael Moore, na qual seus adversários mais irônicos diziam se tratar de sua melhor performance no cinema. Pela sua dedicação aos valores dos imigrantes pioneiros (orgulho, independência e valor), o presidente George Walker Bush condecorou Heston com a medalha da liberdade.

Morreu em 5 de abril de 2008 em sua residencia em Bervely Hills, Califórnia, aos 84 anos.

Fonte: Reuters e da Efe)

2 comentários:

  1. Como sempre, muito bom! Não conhecia o envolvimento de Charlton Heston com a política.
    Abraços!

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  2. Como homem americano Heston andou tendo seus defeitos e suas controversias. O que não quer dizer nada para mim, que somente dele me interessa sua vida profissional.

    Pode-se dizer que Hestou foi o mais abençoado homem do cinema, já que trabalhou, sempre como ator principal, nas maiores produções e nos grandes filmes hollyoodianos.

    Jamais ouvi falar de Julius Cesar de 1949. Sim no de Mankiewickz de 1953, onde aquela troupe de excelentes atores dão um show memorável de interpretação.

    O seu primeiro grande trabalho foi em 52, para De Mille, em O Maior Espetáculo da Terra. Um filme bem feito, com muito boas atuações e com um tema jamais antes explorado pelo cinema. De Mille dirigiu um rosário de estrelas, cada um com seus dramas pessoais e todos tendo destaques soberbos.

    Depois Heston andou se aventurando em uma meia duzia de faroestes, até agradáveis, mas sem a qualidade dos filmes que interpretaria a partir de 1956, quando, novamente De Mille, o convidou para ser seu Moises no fabuloso Os Dez Mandamentos, sua segunda incursão no mesmo tema e filme.

    Foi o filme que faltava na vida de Heston para lhe elevar ao topo do grande heroi das super produções pois, a partir daí vieram os grandes;Da Terra Nascem os Homens (meu faroeste numnero um), O Corsario sem Pátria, onde interpreta o aventureiro, heroi e futuro presidente dos EUA, Andrew Jackson. Aliás, personagem que o próprio Heston já havia desempenhado em 53, no bom filme, O Destino Me Persegue, de Henry Levin.

    Já bastavam estes poucos filmes de grandes orçamentos para Heston se tornar um astro de primeira, comentado, enaltecido, famoso e importante.

    Mas foi a partir daí que tudo, praticamente, começou.
    Seu Judá Ben Hur no filme Ben Hur/59, de Wyler, foi, no meu ver, a melhor coisa que ele fez no cinema, apesar de, apos esta fita ele deslanchar para um rosário de grandes espetáculos.

    Depois de Hur veio, em 61, o magistral El Cid, fazendo o papel de Rodrigues Diaz de Bivar, ao lado da lindissima italiana Loren. Desta vez esteve nas mãos de Mann que, acredito, ser o unico trabalho que fez com o ator.

    E veio então uma série de maravilhas, não apenas de filmes de classe A, super produções, como de magnificas interpretações deste eficiente ator; 55 Dias em Pequim, de Ray, O Senhor da Guerra, Agonia e Extase, O Planeta dos Macacos, Terremoto, Karthoum, Aeroporto 75, E O Bravo Ficou Só, Os Tiranos Também Amam, e mais umas dezenas de excelentes peliculas.

    Heston parece ter sido o homem nascido para interpretar os grandes herois da historia da humanidade. Vide Os Dez Mandamentos, Ben Hur e El Cid, A Maior Historia de Todos Os Tempos. Sem falar no fraco Julius Cesar que fez em 70, filme pouco repercutido e muito pouco visto e conhecido.

    Mas foi um dos astros de Hollywood que nasceu com uma das estrelas mais brilhantes, por seu valor como ator, por seu trabalho em grandes e importantes produções, que renderam muitos mulhoes de dólares para seus produtores, além de suas aceitações em cheio pelo publico amante da sétima arte.
    jurandir_lima@bol.com.br

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