sábado, 14 de julho de 2012

LANA TURNER - O Destino Bate a Sua Porta



Julia Jean Mildred Frances Turner foi uma atriz norte-americana nascida em Wallace (EUA) em 1920 – Morreu em Century City (EUA), 1995 de câncer na garganta. A filha de um professor, foi descoberta por um dos caçadores regulares de novos rostos a serviço dos produtores de Hollywood em todo o país, em busca de meninos e meninas que poderiam renovar a insaciável necessidade de fornecer estrelas a uma indústria em constante evolução. No seu caso foi a MGM (Metro Golwyn Mayer) que descobriu e a apresentou ao cinema. Tudo começou com um papel de segunda categoria em um filme dirigido por Mervyn Le Roy, intitulado Esquecer, nunca (1937), que logo atingiu os principais lugares nas bilheterias.
No início dos anos quarenta foi envolvida na adaptação do clássico de Victor Fleming, onde fez Stevenson no filme O Médico e o Monstro (1941), onde contracenou com com Spencer Tracy e Ingrid Bergman. No começo as duas atrizes foram trocadas de papéis, decidiu Fleming que Lana interpretaria a "boa menina", no que ficou acertado entre elas.
Mais tarde, desempenha dois filmes que vão torná-la uma atriz de grande sucesso e popularidade. O primeiro é O Destino Bate a Sua Porta (1946), Tay Garnett, a versão mais interessante de tudo o que foi feito a partir do romance de James M. Caim. Lana Turner estrelou ao lado de John Garfield e o filme tornou-se uma das peças emblemáticas do romântico cinema em preto e branco.

O outro filme que empulsionou mais ainda sua carreira foi Os Três Mosqueteiros (1949), George Sidney, outra adaptação cinematográfica do famoso romance de aventura de Alexandre Dumas, filmado muitas vezes. Esta versão, que tem um ritmo e coreografia que, por vezes, tornam quase um delicioso balé, foi estruturada em duas partes: a primeira tem mais o caráter de D'Artagnan, interpretado por Gene Kelly, enquanto a segunda é centrada na sinistra Milady de Clarick, ou seja, Lana Turner, que tem a responsabilidade de interpretar a mulher fatal da história.
A partir deste momento Lana Turner torna-se uma atriz de grande primeira grandeza, uma mais importantes bilheterias da MGM (Metro Goldwyn Mayer. Durante a década dos anos cinquenta, Lana Turner  continuou sua carreira com papéis importantes, não só pela popularidade de seus sucessos, mas também como obras que alcançaram um lugar na história pela mesma qualidade e estrutura cinematográfica. A este respeito deve-se incluir necessariamente Assim Estava Escrito (1952), Vincente Minnelli, uma visão de mundo do cinema nos Estados Unidos, na verdade é um profundo estudo psicológico do comportamento humano.
Entre o final dos anos cinquenta e início dos anos sessenta, Lana Turner lança três melodramas centrados num novo estilo que nascia com Peyton Place (1957), Mark Robson, o filme apoiado por um famoso best-seller dos EUA, que depois geraria mais versões, Imitation of Life (1959), dirigido por Douglas Sirk, com John Gavin como o ator principal masculino e que foi bem recebido pelo público, e Retrato em branco (1960), de Michael Gordon.
Manchete de tabloides sensacionalistas pelo namoro com o gangster Johnny Stompanato, depois morto pela filha da atriz. Início do fim da estrela.

Estabelecida no auge da popularidade e em plena maturidade, um evento levado à primeira página dos jornais abalou o firme reinado de Lana: sua filha adolescente, Cheryl, matou o gangster Johnny Stompanato, o namorado de Lana. Publicidade adversa, incluindo a publicação das cartas tórridas para Johnny, foi totalmente explorada pelos tabloides sensacionalistas, mas que não chegou a afetar sua carreira. Durante os anos sessenta deu continuidade a sua carreira, mas a importância de seus filmes já não repercutem como antes, são anos em que tenta fazer comédias, em uma tentativa de mudar a sua imagem e para esquecer os acontecimentos negativos. Nos anos setenta acontece o declínio fatal com o horroroso filme A Poção Mágica (1980), Richard Shorr, onde finaliza a sua carreira.
Lana Turner nunca foi considerada uma grande atriz, não tinha prêmio significativo para o seu trabalho, mas às vezes mostrou que tinha qualidades que a maioria dos diretores reconheciam. No entanto, a maior lembrança permanece na beleza bem adaptada aos gostos da classe média americana nos anos quarenta e cinquenta. Sua forma de sedução e de se vestir foi tomada por uma geração inteira de mulheres.

Final de carreira da grande estrela de Hollywood, nos anos 80no filmeco "Poção Mágica".

2 comentários:

  1. Lana Turner foi uma das mais lindas faces do cinema, além de ser uma atriz de um talento muito special.

    O primeiro filme que vi com a mesma foi Os Tres Mosqueteiros/49, de Sidney, uma fita muito bela e onde Lana, ainda tateando na carreira, tem um papel de qualidade e que o desempenha formidavelmente.

    Disputada por seu talento e beleza ainda fez, nos anos 50, o excelente A Caldeira do Diabo, Madame X, Imitação da Vida e um filme dela do qual muito pouco se fala, que foi Retrato em Negro/60, ao lado de Antonny Quinn, de Gordon.

    Teve sua vida mais de uma vez abalada por tragédias e modo de viver. No entanto a tragédia, que teve como ponto alto o seu modo de vida, era algo particular seu e que a ninguém concerne interferencias, já que cada qual vive como quer.

    Desconhecia, no entanto, seu fim, por um cancer na garganta.
    Mas isto também é uma cauda natural de quem está vivo. Um dia vamos ter de deixar a vida. E isto sempre ocorre de um modo ou de outro, normalmente sempre muito trágico.
    Infelizmente este patamar é algo que ninguém pode alterar.
    jurandir_lima@ol.com.br

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