Maria Antonieta Portocarrero Thedim nasceu
no Rio de Janeiro
em 23 de agosto de 1922. Ao lado de Paulo Autran formou o casal de teatro mais famoso do Brasil. Após
décadas de carreira, é considerada uma das mais consagradas atrizes do Brasil,
com marcantes interpretações em cinema, teatro e televisão.
Apesar de graduada em educação
física, a formação de Tônia como atriz foi obtida em cursos em Paris, quando já
era casada com o artista plástico Carlos Arthur Thiré, pai do ator e diretor
Cecil Thiré. Ao voltar da França, protagonizou o filme Querida Suzana. Foi a estrela
da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, tendo atuado em diversos filmes.
Involuntariamente, por motivos de saúde, uma das
maiores estrelas do teatro e da TV brasileira, que viveu intensamente seu
ofício, está reclusa em casa, no Jardim Botânico, zona sul do Rio.
Tônia não recebe amigos,
raramente atende a telefonemas. Está na companhia de um enfermeiro e de alguns
poucos parentes próximos. Beatriz Segall, em recente entrevista ao programa de
Amaury Jr., comentou sobre as atrizes veteranas que continuam a atuar. Citou
Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg, Betty Faria, Eva Todor, Marília Pêra… e
fez um rápido lamento sobre o fato de “Tonia não trabalhar mais”.
Mas afinal o que aconteceu com
Tônia? Segundo o sobrinho Leonardo Thiery, que convive com ela atualmente, a
atriz sofre de um comprometimento nos nervos que fazem a ligação com as pernas.
Tonia se locomove com ajuda. “É um problema neurológico que a impede de
caminhar com facilidade. Mas está lúcida, vê televisão todo dia. Sente-se
desconfortável com frequência, por isso não sai mais de casa nem recebe
visitas”, conta ele.
Tônia e Anselmo Duarte no filme Tico-tico no Fubá.
Segundo apurou a reportagem do iG, Tônia se recusou
a receber em sua casa na manhã desta terça-feira, 19, um representante do
Festival de Cinema de Natal, que veio ao Rio apenas para lhe entregar um troféu
que ela ganhou em 2009, como homenagem por sua atuação em tantos filmes. Tonia
participou de longas como “Chega de Saudade” (2008), “O gato de botas
extraterrestre” (1990), e “Sonhos de Menina Moça” (1988), entre outros. A
pessoa deixou o troféu com um dos empregados.
“É estranho ficar velha. Quando fiz 70, achava
que aos 80 seria frágil, que as pessoas iam me olhar na rua e dizer (faz uma voz
esganiçada): 'Olha aquela velhota tão fraquinha, coitadinha
dela!' Passo longe disso, mas é claro que sinto diferença. Só tento fazer com que
os outros não percebam. Não saio mais com as pernas ou os braços de fora,
escondo as partes que entregam minha idade. Meu ritmo está mais lento para
tudo, sinto mais dificuldade para levantar de uma cadeira, para lembrar de
nomes. E olhar no espelho é uma tristeza. Quando fiz 60 anos, sofria muito ao
lembrar como eu era e ver, em minha imagem refletida, que não estava mais tão
bonita. Era muito sofrimento. Com o tempo, fui me acostumando. A gente se
acostuma a tudo, né?”
Caricatura de minha autoria baseada
em um "retrato" do início dos anos 50.
Fonte: Portal de notícias IG
Gosto muito de Tonia Carrero. Não sabia que ela estava passando por problemas de saúde, aliás um dos infortúnios que alguns tem que passar.
ResponderExcluirUma dos grandes fraquezas, melhor, falta de visão futura do ser humano, é se imaginar pára sempre jovem, belo, intocável, imutável.
ResponderExcluirse todos puséssemos nas cabeças e aceitasse que nosso corpo perde a viçosidade, que ele envelhece, que ele perde quase tudo de bom que tinha, que ficamos feios, gordos, enrugados, dependentes e muitas deficiências mais, ninguém se preocuparia tanto com a idade avançada, nem os jovens denegririam aqueles que passaram da idade e que eles um dia, aquela mesma pessoa, irá estar com aquela semelhança, ou até muito pior.
Não tem jeito. Envelhecer faz parte de quem vive. Isto é uma lei da vida e não adiante esnobar os mais velhos, muito ao contrário, porque os idosos deveriam ser donos dos mais carinhosos instantes que alguém pudesse lhes doar, porque mais tarde, esta mesma pessoa poderão passar pelos instantes que está ignorando um idoso passar.
O idoso se recolhe envergonhado por seu estado deplorável, por sua aparência alternativa ao que era anos atras, com vergonha de que lhe vejam como está. Cristo!
Erro. Bobagem este ato. Ninguém tem culpa por envelhecer e perder os encantos que o fizeram grande e assediados. Tudo não passa de uma fase da vida, de um período ao qual ninguém pode fugir.
Pouco sei da Tonia. Não acompanhei sua carreira e conheci muito mais seu filho Cecil Thire.
Mas andei vendo uns dois ou tres filmes de sua idade jovem. Ela era, de fato, lindissima.
Não sei com que idade ela se recolheu por sua doença neurológica ou quando voltou à luta quando já não era mais nenhuma jovem.
Mas pouco posso falar da vida profissional deste mulher.
jurandir_lima@bol.com.br
Tônia é uma das grandes atrizes do teatro, do cinema e da televisão brasileiros. Como todos os humanos na face da Terra, envelheceu.
ResponderExcluirA Tonia sempre foi uma mulher linda e nunca deixará de ser, obrigada por deixar nosso teatro, televisão e cinema lindos também.
ResponderExcluirAss: Cleide da Cruz
Tonia foi e sempre será a eterna beleza da atriz brasileira !
ResponderExcluir