Em Los
Angeles, em 1937, o ex-policial (Jack Nicholson) que era sediado em Chinatown, agora detetive
particular Jake (J.J.) Gittes é contratado por uma mulher (Faye Dunaway) para investigar seu marido que trabalha na empresa que traz água e
força para a cidade. Um caso aparentemente simples que aos poucos se complica,
quando se descobre que ela não é a esposa.
O curativo do rasgo no nariz, logo no início da história, o acompanhou em quase toda a trama do filme.
Policial/Suspense. EUA, 1974. Produzido por Long
Road/Paramount/Robert Evans. Direção de Roman
Polanski. Roteiro de Robert Towne.
Fotografia de John A. Alonzo. Música de Jerry
Goldsmith.
Elenco: Jack Nicholson, Faye Dunaway, John Huston, John Hillerman, Perry Lopez,
Diane Ladd, Roman Polanski, Darrell Zwerling, James Hong, Bruce Glover, Burt
Young, Lance Howard.
Junto
com Ladrão de Casaca,
estes são os dois primeiros filmes clássicos da Paramount que estão sendo
lançados aqui no Brasil em Blu-Ray para comemorar o centenário dos estúdios da Paramount.
Jack e o diretor Roman Polansky fazendo acertos de cenas.
O roteiro mistura corrupção política com crimes
misteriosos, capangas sanguinários e finais surpreendentes. O detetive
particular Jake Gittes, está na tradição do gênero: é honesto, tem seu código
de honra e uma amargura no passado. Mas também é ingênuo (embora se ache muito
esperto). É curiosa a ideia de fazê-lo usar um curativo no meio da cara
em grande parte da fita. Gosto particularmente da frase final: “Esqueça, é Chinatown!”
Mas as revelações finais foram na época chocantes, tornando o filme um estudo
sobre as aparências. Nada é aquilo que parece ser, por trás de cada rosa, há o
estrume que a faz crescer. Tal profundidade, tal fatalismo é fácil de se
entender vindo de uma figura tão sofrida, tão soturna como Polanski.
Este foi o filme que consagrou definitivamente Jack
Nicholson e trouxe outro belo trabalho de Faye Dunaway superando uma maquiagem
ingrata e um personagem difícil (ela orientalizou seu rosto, enfeiando-o, usando
um tipo de maquiagem que ela copiou de sua própria mãe).
Grande Nicholson em dias de hoje
Nicholson conseguiu fazer em uma única tomada, a famosa
cena em que ele é levado pela água do reservatório. Robert Towne ganhou o único
do filme, o de roteiro. A fita foi também indicada como Melhor Filme, Direção,
Fotografia, Música, direção de arte, figurino, montagem, trilha musical, Som
Ator e Atriz. Ganhou Bafta de ator, direção e roteiro, Globo de Ouro de filme,
ator, direção e roteiro. Este foi o último filme de Polanski nos EUA, antes
que pudesse completar outro, teve que fugir do país para não ser preso pela
sedução de uma menor (e até hoje nunca mais pisou lá, morando desde então em
Paris). Chinatown todos concordam não conseguiria ser
feita hoje em dia. Os produtores obrigariam a ter um final feliz e uma
conclusão mais amena. O próprio Jack Nicholson estrelaria e dirigiria a
continuação tardia em 1990, A Chave
do Enigma (The Two
Jakes) que foi um grande fracasso.
Fonte: Los Angeles Times
Fonte: Los Angeles Times
Grande caricaturista capaz de, nos seus desenhos, captar a essência do retratado.
ResponderExcluirJack Nichoson viveu muito mais de suas caretas do que de, propriamente, seu talento.
ResponderExcluirNão. Não o vejo a grande maravilha que muitos criticos vêm. Vejo-o apenas como um bom ator, nascido das mãos generosas e copetentes de Roger Corman, e que daí partiu para o estrelato, sendo Chinatown e As Bruxas de Eastwick os filmes que lhe deram renome.
Andou muito bem em Lobo e em Alguém Tem Que Ceder, filme, alíás, que lhe impulto um de seus melhores papeis.
Existem os fãs ardorosos do Nicholson, o que não posso caracterizar qualquer desastre, porem eu não o vejo assim no pedestal onde o colocam muito exageradamente.
Observar que esta é a minha opinião.
jurandir-lima@bol.com.br