segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Mau...Olhos de Anjo

LEE VAN CLEEF - Ator norte-americano de cinema, consagrado por sua participação na obra-prima do western "Matar ou Morrer", interpretando um vilão e ao lado de Gary Cooper, Oscar de melhor ator em 1952. Destacou-se também em faroestes italianos, muitos dirigidos por Sergio Leone, como "Por Alguns Dólares a Mais" e "O Dia da Lei". No filme "Sábata, o Homem que Veio para Matar", Cleef assume o papel-título, que anteriormente pertencia a Yul Brynner. 

Nos faroestes nunca houve figura mais ambígua e misteriosa que o grande Lee Van Cleef. Numa carreira com mais de oitenta títulos, nunca se soube ao certo qual papel ele fez melhor: o bom ou o mau. Na verdade, esta simples curiosidade não chegou a atrapalhar Lee Van Cleef nas telas - sua capacidade para atuar fez dele um ator completo. Assim, não fazia diferença se ele personificava um anjo ou o próprio diabo encarnado; ambas as interpretações seriam inesquecíveis.


Um exemplo: no clássico O Bom, o mau e o feio, Cleef, que na história recebe o nome de Olhos de Anjo (Angel Eyes), é o que menos aparece durante os 213 minutos. No entanto, só a cena em que ele é apresentado já foi o bastante, pois é, de longe, uma das melhores do filme. Antes, Cleef já tinha arrasado sem dizer uma palavra no clássico farwest Matar ou Morrer (High noon), onde ele era o pistoleiro Jack Colby.


Lee Van Cleef serviu na Marinha norte-americana durante a Segunda Guerra Mundial antes de se tornar ator. Em toda a sua carreira fez cerca de 300 filmes entre produções para o cinema e para a TV. Na década de 70 era considerado um dos dez atores mais conhecidos na Europa. Teve problemas com o alcoolismo que o afastaram das telas por alguns anos, mas superou-os na época de ouro dos westerns spaghettis. 
O ator faleceu aos 64 anos, em 16 de dezembro de 1989.

3 comentários:

  1. Você sabe captar, com engenho e arte, a essência dos tipos retratados. Sou seu admirador.

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  2. Muito louco !

    www.bangbangitaliana.blogspot.com

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  3. Naquele dia, no filme de Henry King, Estigma da Crueldade, quando Cleef, deitado no mato em completo desespero, e o revolver de Peck não deixando duvidas que iria vomitar fogo sobre ele e lhe arrancar a vida e Cleef pronunciou. MINHA NOSSA SENHORA, ME AJUDE, confesso que dali em diante esqueci que Lee Van Cleef era apenas um vilão comum. Passei a ve-lo com outros olhos e não me enganei. Ele tinha muito mais para mostrar que simplesmente fazer o papel de um vilão, sem uma fala sequer, como aconteceu em Matar ou Morrer. No meu ver Cleef precisava ser olhado com outros olhos. E parece que isto aconteceu, onde ele até passou a ter papéis principais como em uma das quatro versões de Sete Homens e um Destino, O Barqueiro, e outros mais. Sem citar diversos filmes italianos.
    Um grande ator que nasceu como um vilão de bons recursos, como o foi em vários filmes de Leone. Sim, porque ninguém vai se esquecer dele em Tres Homens em Conflito ou em Por um Punhado de ólares. Se Clint esteve bem em ambos, não podemos nem devemos esquecer como esteve o bom Lee Van Cleef.
    jurandir_lima@bol.com.br

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