quarta-feira, 23 de março de 2011

Cleópatra...

(clique para ampliar)
Elizabeth Taylor(Atriz americana)
27-2-1932, Londres (UK)
23-3-2011, Los Angeles (EUA)
Sexo, escândalos, corrupção e fama: a diva
Elizabeth Taylor e os bastidores de 'Cleópatra', o filme de
35 milhões de dólares que pode quebrar a Fox.
(Outubro de 1962)

“O comentado namoro entre os protagonistas da película pode até atiçar a curiosidade do público e amenizar o desastre financeiro de Cleópatra quando o filme enfim chegar aos cinemas. Mas a verdade é que o caso amoroso entre a inglesa Taylor, de 30 anos, em seu terceiro casamento e mãe de três filhos, e o galês Burton, de 36, também casado e pai de duas filhas, foi uma das razões para o fiasco das filmagens. Desde o dia 22 de janeiro, quando se encontraram pela primeira vez no estúdio italiano – Burton de ressaca, Liz louca para cuidar dele –, a atração entre os dois foi evidente para todos (inclusive para o marido da atriz, o crooner Eddie Fisher, sempre junto dela no set). O flerte tornou-se o grande assunto das colunas de fofocas nas revistas e jornais americanos. Quando a coisa esquentou para valer, a produção praticamente parou. Burton, que já era um sujeito movido a elevados teores etílicos, passou a beber ainda mais para afogar a culpa pelo adultério. Abatido, prometia voltar para a mulher, Sybil, mas sempre acabava desistindo, hipnotizado pelos olhos azul-violeta da inglesinha. Liz, por sua vez, repetia uma mesma rotina: ignorava o marido para ficar com Burton e depois, arrependida, implorava por uma reconciliação. Fontes ligadas à produção dizem que ela chegou a tentar o suicídio depois de uma briga. Recentemente, porém, o casal parece ter superado seus remorsos. Ao notar que o namoro fascinava e até divertia o público, o par problemático assumiu de vez o relacionamento, abandonando os respectivos cônjuges”.

Fonte: Variety

Liz Taylor representou o glamour de Hollywood com a sua interpretação de Cleópatra no monumental filme de mesmo título (1963), que punha em cena a sua beleza imaculada e que a tornou uma das atrizes mais solicitadas da época. Sua vida privada, repleta de escândalos, despertou sempre grande curiosidade, com destaque para os seus dois casamentos frustrados com Richard Burton que, como ator, com ela contracenara em Cleópatra e em A Megera Domada (1967). Após a morte de Rock Hudson, que havia trabalhado com Elizabeth em Assim Caminha a Humanidade (1955), abraçou a causa da luta contra a Aids. Em 1993, foi premiada com um Oscar honorário. Já havia recebido a estatueta em 1960 por sua interpretação em Disque Butterfield 8 (O Número do Amor) e, em 1965, por Quem Tem Medo de Virginia Woolf?. Taylor, que ultimamente não tem sido pródiga em suas aparições no cinema (A Maldição do Espelho, 1980, ou O Jovem Toscanini, 1988), publicou suas memórias em 1988.


quinta-feira, 10 de março de 2011

Paixão dos Fortes...

*16-10-1923 - Dallas, EUA
+10-04-1965 - Chicago, EUA

Linda Darnell, nome artístico de Monetta Eloyse Darnell, nasceu em Dallas, Texas, no dia 16 de outubro de 1923, e foi modelo desde os 11 anos, estreando no teatro aos 13 anos. Foi descoberta por um caçador de talentos de Hollywood, e aos 15 anos assinou um contrato com a 20th Century Fox, passando a fazer vários papéis coadjuvantes a partir de então. Fez seu primeiro filme, 'Hotel for Women', em 1939, trabalhando a seguir em 'A Marca do Zorro' (1940), 'Sangue e Areia' (1941), 'Concerto Macabro' (1945) e 'Paixão dos Fortes' (1946). Em 1943, ele interpretou, não-creditada, a Virgem Maria no filme 'A Canção de Bernadete'.

Em 1947, Darnell foi a vencedora para o papel principal no filme 'Entre o Amor e o Pecado', baseado em um romance que havia sido denunciado como imoral para a época. A personagem, Amber, que era assim chamada devido à sua cor, foi o único filme em que Darnell – normalmente conhecida pela sua aparência latina, aparecia com os cabelos vermelhos. A publicidade da época comparou o romance 'Entre o Amor e o Pecado' com '...E o Vento Levou'. A procura da atriz para o papel de Amber, uma bela mulher que usa os homens para enriquecer, na Inglaterra do século XVII, foi inspirada pelo extenso processo da escolha de Vivien Leigh para o papel de Scarlett O'Hara. Mas o filme não correspondeu à grande expectativa que era feita em torno de sua produção.

No ano seguinte, Darnell interpretou Daphne de Carter na comédia de Preston Sturges, 'Odeio-te, Meu Amor' (1948), também estrelado por Rex Harrison, e intepretou uma das três esposas em 'Quem é o Infiel?' (1949). A partir de então, sua carreira começou a declinar e, aparte o papel ao lado de Richard Widmark e Sidney Poitier em 'O Ódio É Cego' (1950), seus filmes posteriores raramente foram reconhecidos, e seus papéis cada vez mais esporádicos. Alguns fatores do declínio da atriz foram o alcoolismo e o ganho de peso. Seu último trabalho foi em uma peça produzida em Atlanta, em 1965.

Darnell foi casada com o cameraman J. Peverell Marley de 1943 a 1952, com Philip Leibmann de 1954 a 1955, e com o piloto Merle Roy Robertson de 1957 a 1963. Darnell e seu primeiro marido adotaram uma filha, Charlotte Mildred "Lola" Marley, que foi a única filha da atriz. Darnell morreu em 10 de abril de 1965, aos 41 anos, devido à queimaduras que tivera em um incêndio numa casa, onde estava com amigos, preparando-se para um papel numa peça em Chicago. Seu filme de 1940, 'Estrela Luminosa', havia passado na televisão na noite do incêndio, e aventou-se a possibilidade de ela ter deixado o cinzeiro cair enquanto assistia o filme.

De Pernas pro Ar...


* Santa Fé, Argentina (01/08/1925)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/04/2008)

Quem não se lembra de Renata Fronzi, que ao lado de Zeloni, Jô Soares, Golias, Cidinha Campos comandavam a inesquecível "Família Trapo"?

Renata Mirra Ana Maria Fronzi Ladeira era filha e neta de artistas de teatro e nasceu em uma excursão, quando os pais estavam na província de Santa Fé, Argentina.

Renata Fronzi começou sua vida artística estudando balé no Teatro Municipal de São Paulo. Na mesma cidade estudou no famoso colégio italiano Dante Alighieri.

A família de Renata Fronzi mudou-se para a cidade de Santos. Forte e atlética, Renata começou a fazer natação. Na época, há participava de algumas peças teatrais montadas por seu pai. Aos 15 anos de idade, conheceu Heitor de Andrade, que era de Rádio e depois da Televisão Tupi.

Renata Fronzi estreou profissionalmente na Companhia de Eva Todor, na peça “Sol de Primavera”, em 1940. Logo, a família de Renata se transferiu para o Rio de Janeiro, a convite do famoso Walter Pinto. Na Companhia de Revista, Renata cantava, fazia esquetes e dançava, tornando-se a estrela da companhia.

Ela estava excursionando com a Companhia, em Buenos Farias, quando seu pai faleceu. Renata voltou para o Rio de Janeiro, onde conheceu o grande amor de sua vida, o locutor Cesar Ladeira, com quem se casou e teve dois filhos.

Renata Fronzi tornou-se conhecida na televisão como a personagem Helena, do seriado Família Trapo, da TV Record, onde atuou com Jô Soares, Ronald Golias, Otello Zeloni, Cidinha Campos e Renato Corte Real. O programa foi ao ar de 1967 e 1971.

Depois, já na TV Globo, Renata Fronzi fez os programas humorísticos “Faça Humor, Não Faça Guerra” e “Chico City”, programa de Chico Anysio, além de participar de novelas.
Participou, ainda, de “Bronco”, outro seriado de humor, em São Paulo, ao lado de Ronald Golias.

No cinema, Renata Fronzi participou de mais de 30 filmes, dentre os quais “Treze Cadeiras”, com Oscarito, “Carnaval em Lá Maior”, “Guerra no Samba”, “De Pernas pro Ar”, “Hoje o Galo Sou Eu”, “Vai que é Mole”, “Quero Essa Mulher Assim Mesmo”, “Assim era a Atlântica”.

Os últimos trabalhos de Renata Fronzi no cinema foram os filmes "Copacabana" (2001), de Carla Camurati, e "Coisa de Mulher" (2005), de Eliana Fonseca.

Renata Fronzi morreu no Rio de Janeiro no dia 15 de abril de 2008, aos 82 anos, de falência múltipla dos órgãos em decorrência de diabetes.

Segredo da Múmia...


10-12-1923, Rio de Janeiro, RJ
3-10-1993, Rio de Janeiro, RJ
(Ator Brasileiro)

Adilson Marcelino
Pra quem não sabe Wilson Grey, ou, Wilson Chaves, é o ator que mais fez filmes no Brasil, aparecendo em mais de 200 longas. Nasceu em 10 de dezembro de 1923. Teve a vontade de ser ator desde cedo. Outro formado pela universidade da vida, teve diversas profissões antes de ingressar na carreira artística como anotador do jogo do bicho e até entregador de refeição de prostitutas. Ingressou no cinema pelas chanchadas cariocas trabalhando com todos os diretores importantes do período (Carlos Manga, José Carlos Burle) e com todos os grandes cômicos da época (Oscarito, Grande Othelo, Ankito). Sempre fez pontas.

Esteve presente em dezenas de filmes policiais cariocas, como no clássico “Assalto ao Trem Pagador”, “Mineirinho Vivo ou Morto” ou o lendário “Sete Homens Vivos ou Mortos” do gênio Leogivildo Cordeiro, vulgo Radar. Este filme Grey considerou sua melhor performance.

Trabalhou com diretores cinema novistas (como Nelson Pereira dos Santos, Arnaldo Jabor, Carlos Diegues,) e principalmente do Cinema Marginal (Rogério Sganzerla, Júlio Bressane e Ivan Cardoso). Para essa geração, era considerado um dos maiores atores do cinema brasileiro. Foi Ivan, que deu a Grey pela primeira vez a chance de ser protagonista em “As Sete Vampiras”, pelo qual ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Brasília. Por “A Dança dos Bonecos” de Helvécio Ratton, recebeu o mesmo prêmio em Gramado.

Mesmo assim, nunca teve nenhum tipo de preconceito, participando de dezenas de pornochanchadas e filmes populares de toda a espécie.

Teve longa parceria com diretores como Hugo Carvana e mesmo em filmes dos comediantes Trapalhões. Raros foram os atores que se dedicaram mais integralmente ao cinema do que a qualquer outra arte. Grey foi um deles.

Sempre fez papéis como de ajudante de bandido, bicheiro, camelô, barbeiro, cientista, garçon, vizinho chato, entre outros. Mesmo em papéis pequenos, deixou milhares de atuações extraordinárias e que roubam a cena.

Participou de algumas novelas e de alguns programas humorísticos, mas se firmou mesmo no cinema, veículo para o qual nasceu, viveu e deu sua vida. Se a cinematografia nacional tem um gigante, WG com certeza é um deles.

Deixo aqui um pouquinho do que significa pra mim, pessoas da grandeza desse homem extraordinário. Eu não me apaixonaria pelo cinema nacional, não existia a própria Zingu! se não existissem pessoas da altura e da grandeza de um Wilson Grey. Se ele não está no céu, pra mim é obvio que nem existe céu.
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Adilson Marcelino tem paixão pelo cinema nacional em geral e acredita piamente na máxima atribuída a Paulo Emílio Salles Gomes, de que o pior filme brasileiro nos diz mais que o melhor estrangeiro. Chamado por um grupo de jornalistas como o Super Adilson do Cinema Brasileiro, é graduado em Letras e em Jornalismo. Trabalha com cinema desde 1991: foi bilheteiro, gerente, assessor de imprensa, programador, redator e apresentador de programa de rádio. É pesquisador, editor do site Mulheres do Cinema Brasileiro – premiado com o troféu Quepe do Comodoro, outorgado pelo Carlão Reichenbach -, e do blog Insensatez. É o atual Editor-Chefe da Zingu!