sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Pantera Cor-de-rosa...


Blake Edwards
(Cineasta americano)
26-6-1922, Tulsa, OK, USA
15-12-2010, Califórnia
Diretor, produtor e roteirista americano. Nasceu com o nome William Blake McEdwards, em Tulsa, Oklahoma. Vindo de uma família de atores, começou a trabalhar desde cedo, fazendo cinema como ator de 1942-1948.
Escreveu para o rádio e depois, associado a Richard Quine, fez o roteiro de sete filmes (quatro especialmente para Mickey Rooney).
De começo modesto, revelou mais tarde talento para a comédia em Um Convidado Bem Trapalhão e na longa série A Pantera Cor-de-rosa (ambos com Peter Sellers).
Casado com Julie Andrews desde 1969, passou a fazer filmes para ela. Isso não ajudou salvar sua carreira nem a dela (com exceção de Victor ou Victoria?).
A morte de Peter Sellers em 1981 não impediu que rodasse a Trilha da Pantera Cor-de-rosa em 1982. Com certa falta de ética (Blake e Sellers brigavam muito porque o comediante era praticamente um louco mental), usou cenas com Sellers não aproveitadas das outras versões da Pantera Cor-de-rosa, foi processado pela família de Sellers e perdeu.
Não contente e com pouca sorte, tentou continuar a série sem Sellers (A Maldição da Pantera-Cor-de-rosa). Em 1986 dirigiu um filme autobiográfico, rodando em sua casa com a família: That’s Life!. Apesar de irregular, foi o único diretor dos anos 1970-90 que soube fazer comédia visual, o velho e bom pastelão.
Dirigiu também na Broadway com sucesso mediano, a versão de Victor/Victoria?, sempre com Julie Andrews (gravado para a TV japonesa, em 2000 foi lançado em DVD), mas o filme é melhor.
É pai da atriz Jennifer Edwards. Seu avô foi diretor do cinema mudo, J. Gordon Edwards. E seu pai Jack McEdwards, foi diretor teatral e gerente de produção em cinema.
De acordo com informações da revista "Variety", Andrews e seus filhos estavam ao seu lado no leito de morte.

A Noviça Rebelde...


Julie Andrews
(Atriz e dançarina)
1935 – Walton-on-Thames, Ing.


Julia Elizabeth Wells nasceu em Walton-on-Thames, Inglaterra, no dia 01/10/35, filha de um professor de trabalhos manuais, Ted Wells, e de uma pianista, Barbara Wells. Aos dois anos começou a estudar dança com a tia, Joan. Quando Julia tinha apenas 4 anos, seus pais se divorciaram e a menina foi morar com a mãe e o padrasto, Ted Andrews, cantor e artista de vaudeville. Foi Ted Andrews quem descobriu que Julie possuía uma voz que, devidamente trabalhada, iria torná-la famosa em toda Inglaterra. Sendo verificado que sua laringe era completamente desenvolvida já aos sete anos, começou a ter aulas de canto com Madame Lilian Stiles-Allen.
Ao interpretar Cinderella numa das pantomimas de Natal, em 1953, chamou a atenção da diretora Vida Hope que a achou ideal para interpretar Polly Brown na versão americana do musical The Boy Friend (O Namoradinho). A princípio Julie recusou deixar a Inglaterra por tanto tempo, mas depois acabou aceitando e foi para Nova Iorque estrelar a peça. O musical foi um sucesso e Julie começou a ser convidada a fazer testes para vários musicais, entre eles My Fair Lady (Minha Bela Dama).
Ao vê-la em cena interpretando a rainha Guenevere, em Camelot, Walt Disney encantou-se com Julie. Chamou-a, então, para protagonizar o que seria o seu primeiro filme: Mary Poppins, pelo qual ganhou o Oscar de melhor atriz do ano de 1964. Sua interpretação da babá-feiticeira ainda é lembrada por muitos mas seu maior sucesso, com o qual é até hoje identificada e amada, ainda estava por vir. The Sound of Music (A Noviça Rebelde), é um dos filmes mais assistidos e foi um tremendo sucesso de bilheteria na época, quebrando recordes, e conquistando cinco Oscar.
 Julie atuou em alguns filmes entre musicais (Positivamente Millie, A Estrela), dramas (Não podes comprar o meu amor e Hawaii) e o suspense (Cortina Rasgada), de Alfred Hitckcock.
Após filmar Darling Lili (Lili, minha adorável espiã), em 1969, casou-se com o diretor-produtor-escritor Blake Edwards, casamento esse que durou até ontem (12/12/2010), com a morte do marido, com quem teve vários frutos, entre os quais (Semente de Tamarindo), Mulher Nota Dez, Victor ou Victoria ?) e Assim é a Vida. Por sua atuação em Victor ou Victoria ,Julie recebeu sua terceira indicação ao Oscar e ganhou seu quarto Globo de Ouro.

Muito além do jardim...


Peter Sellers
(Ator de cinema britânico)
8-9-1925, Southsea
24-7-1980, Londres
Sellers adquiriu fama mundial como ator cômico com seu papel de Inspetor Clouseau em A Pantera Cor-de-Rosa (1963), contracenando com David Niven. O filme, conhecido ainda pela célebre trilha sonora, teve diversas sequências, como A Volta da Pantera Cor-de-Rosa (1974). Outros títulos importantes de sua filmografia são O Quinteto da Morte (1955) e Dr. Fantástico (1963, dirigido por Stanley Kubrick). Seu filme de maior qualidade cinematográfica é, provavelmente, Muito Além do Jardim (1979), no qual interpreta um personagem intelectualmente limitado, obcecado por televisão, que ascende involuntariamente ao establishment norte-americano.

COMO NASCEU A PANTERA
Depois de se divorciar por causa de uma paixão fulminante pela atriz Sophia Loren que o rejeitou, a carreira de Sellers  despenca. Era o ano de 1963, quando seu agente lhe apresentou o roteiro do novo filme de Blake Edwards, PANTERA COR-DE-ROSA. "O filme foi recusado por Peter Ustinov, mas Edwards é o grande nome hoje em Hollywood e quer você para o papel", diz o agente. Sellers, em um de seus ataques de fúria, recusa, dizendo que não é ator para pegar "as sobras de Peter Ustinov". Mas acaba voltando atrás após algumas visitas a um místico charlatão, que diz ler o futuro de sucesso de atores e atrizes de Hollywood.
Sucesso cômico do rádio e rejeitado pela indústria de cinema por não ter o biotipo desejado, Sellers partiu ao encontro de Edward, com quem formaria uma dupla do barulho. No avião, olhou o desenho de um homem de bigodes na caixa de fósforos, foi ao banheiro, raspou a barba e levantou a gola do casaco: o inspetor Clouseau estava pronto.
O resultado é que Sellers rouba a cena do então astro David Niven e transforma A PANTERA COR-DE-ROSA em um grande sucesso.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Amarcord


Federico Fellini
(Cineasta italiano)
20/01/1920, Rimini (Itália)
31/10/1993, Roma (Itália)
A revista italiana de humor "Marc Aurélio", em Florença, publicou as primeiras caricaturas assinadas por Federico Fellini, que, a partir de 1939, fez também pequenos roteiros e piadas para comediantes. Mas seu primeiro grande trabalho, em 1945, foi escrever parte do roteiro de "Roma, Cidade Aberta", do cienasta Roberto Rossellini, filme considerado o manifesto do cinema neo-realista. Fellini participou também do filme seguinte de Rossellini, "Paisà" (1946), como co-roteirista e assistente de direção.

Esse foi o início de sua carreira no cinema, como co-roteirista e colaborador também dos diretores Alberto Lattuada e Pietro Germi. Sua estréia como co-diretor foi ao lado de Lattuada, em "Mulheres e Luzes" (1950). Em seguida, fez seu primeiro filme, "Abismo de um Sonho" (1951), no qual a influência do realismo já começa a ser substituída pelo clima de sonho que caracterizou sua obra.

O primeiro filme polêmico tanto entre católicos quanto comunistas foi o sucesso "Na Estrada da Vida" (1954), com sua mulher, a atriz Giulieta Masina, Anthony Quinn e Richard Basehart. A obra lhe rendeu o primeiro Oscar de filme estrangeiro. A segunda estatueta foi por "As Noites de Cabíria" (1957), e o terceiro por "Oito e Meio" (1963).

Mas nada o preparou para o sucesso e o escândalo de "A Doce Vida" (1959). O diário oficial da Igreja Católica, L'Osservatore Romano, clamou: "Basta!". Porém, o filme deu a Fellini a Palma de Ouro em Cannes, em 1960. Além de criticar a ligação entre o estado e o catolicismo, a obra ficou famosa pelo desempenho de colaboradores de Fellini: o compositor Nino Rota, e os atores Marcello Mastroianni e Anita Ekberg - a cena do banho na Fontana di Trevi em Roma é um dos ícones do cinema ocidental e que você verá no post do Marcelo Mastroiani, aqui no “CinemaScope”.

Poucos autores tiveram um estilo tão característico. Tanto que, por motivos mercadológicos, seu nome foi colocado no título de filmes como "Fellini Satyricon" (1969), "Roma de Fellini" (1972) e "Casanova de Fellini" (1976). O diretor nunca negou ter feito filmes autobiográficos, mas "Amarcord" (Eu me recordo, em dialeto), de 1973, é o que mais claramente resultou como uma mistura de sonhos e lembranças.

Em o Ensaio de Orquestra (1979), o cineasta fez uma auto-análise como diretor de pessoas e ao mesmo tempo reflete sobre a união das várias províncias italianas, num momento em que o Norte da Itália falava em separar-se do Sul. Seus últimos filmes se tornaram cada vez oníricos: "Cidade das Mulheres" (1980), "E la Nave Va" (1983), "Ginger e Fred" (1985) e "A Voz da Lua" (1990).

Noites de Cabíria


Giulietta Masina
(Atriz italiana)
22-2-1921,
San Giorgio di Piano (Itália)
19-12-1996, Roma


Giulia Anna Masina passou parte de sua adolescência vivendo com uma tia viúva em Roma, onde ela cultivava uma paixão para o teatro e estudou e se licenciou em Filosofia. Ela começou sua carreira no rádio com o programa "Terzoglio" (1942), com scripts escritos por Federico Fellini. A série trouxe grande sucesso e o casamento com Fellini que a tornou como a musa inspiradora para muitos de seus filmes.

Giulietta fez sua estréia no cinema em Senza Pietá (1948), dirigido por Alberto Lattuada, mas realmente estabeleceu a sua reputação com os filmes: Persiane chiuse (1951), dirigido por Luigi Comencine, e Mulheres Luzes (1950), que também marcou a estréia de Fellini como diretor (o filme deu créditos tanto para Fellini, como para Lattuada) e Europa 51 (1952), dirigido por Rpberto Rossellini . Sua parceria artística com o marido realmente decolou com o vencedor do Oscar A estrada da Vida (1954), seguido por A Trapaça (1955) e o aclamado Noites de Cabíria (1957), que também ganhou um Oscar e trouxe-lhe o prêmio de Melhor Performance Feminina no Festival de Cinema de Cannes. Nos anos seguintes ela interpretou muitos papéis inesquecíveis em filmes como Fortunella (1958), dirigido por Eduardo de Filippo, Nella Cittá L’Inferno (1959), dirigido por Renato Castellani, e mais tarde em Giulietta dgli spiriti (1965) e Ginger e Fred (1986), ambos dirigidos por Fellini.

Giulietta Masina morreu em Roma em 1994, poucos meses depois da morte de seu marido.

A Doce Vida


Marcelo Mastroiani
(Ator italiano)
28-9-1924, Fontana Liri
19-12-1996, Paris


Mastroiani iniciou sua carreira como dublê, tornando-se um dos atores mais famosos do cinema europeu graças a seu enorme carisma, que fez dele uma lenda. Trabalhou muitas vezes com Federico Fellini, representando com freqüência o papel de um músico culto ou de um bon-vivant melancólico, que cativava as mulheres. Pertencem a esta fase La Dolce Vita (1959), Fellini, Oito e Meio (1962), A Cidade das Mulheres (1979), Ginger e Fred (1986) e Entrevista (1987). Participou na versão para o cinema de O Estrangeiro, baseada no romance de Albert Camus e dirigida por Luchino Visconti. Mastroiani contracenou com atrizes famosas como Jeanne Moreau em A Noite (1960), Hanna Schygulla em A Estória de Piera (1982) e Sophia Loren em Prêt-à-Porter (1995, de Robert Altman). Com Sophia personificou o par ideal em comédias dos anos 60. Na maturidade, Mastroiani teve sucessos como Olhos Negros (1987), pelo qual recebeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes. Entre seus últimos filmes, destacam-se Splendor (1989), Romance de Outono (1992) e Afirma Pereira (1995).


Amarcord


Nino Rota
(Compositor e maestro italiano)
3-12-1911, Milão
10-4-1979, Roma
Giovanni Rota Rinaldi nasceu em Milão, uma das cidades mais sofisticadas da Itália, com grande influência na cultura criativa. Nino Rota era uma criança prodígio, já que aos oito anos começou seus estudos de música. O seu talento aflorou quando tinha onze anos e compôs um oratório intitulado "A Infância de São João Batista". Estudou composição e regência no Conservatório de Milão. A complementação de seus estudos se daria nos Estados Unidos, com dois conceituados mestres de composição: Rosário Scalero e Fritz Reiner.
Certa vez, o cineasta Federico Fellini afirmou: "o colaborador mais valioso de todos era Nino Rota. Entre nós estabeleceu-se uma integração total desde Abismo de Um SonhO. Nossa integração foi interessante: eu tinha decidido ser diretor, e Nino era uma premissa para que continuasse a sê-lo. Tinha uma imaginação geométrica, uma visão musical das esferas celestes, para quem não havia necessidade de ver as imagens de meus filmes."
No ano de 1968, ele aceita um convite de Franco Zefirelli para compor a música de ROMEU E JULIETA, que dotada de lirismo e romantismo capazes de levar às lagrimas multidões do mundo inteiro, tornou-se uma de suas trilhas mais famosas até então.
Francis Ford Coppola foi até a Itália, em 1972, convidar pessoalmente Nino Rota para fazer a música de O PODEROSO CHEFÃO, filme baseado no romance de Mario Puzo. Em 1974, a música de O PODEROSO CHEFÃO 2 foi premiada com o Oscar, porém naquela oportunidade a trilha foi composta em parceria com o pai do diretor, o compositor Carmine Coppola. Cumpre destacar que Carmine compôs apenas três faixas, enquanto Nino Rota ficou com as restantes 11 faixas.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Os Sete Samurais...


Akira Kurosawa (Diretor de cinema japonês )
1910– 1998
O mais famoso cineasta japonês, Akira Kurosawa é referência para muitos jovens e experientes diretores de cinema da atualidade. Em 50 anos dirigindo filmes, ele fez 32 longa metragens. Em 1989 foi premiado com um Oscar pelo conjunto da obra e seu filme Dersu Usala levou o prêmio da Academia como Melhor Filme Estrageiro. Kurosawa nasceu em Tókyo no dia 23 de março de 1910 e faleceu em setembro de 1998, aos 88 anos. Ele também foi pintor, ilustrador de revistas, publicitário e assistente de direção antes de ser cineasta.
Os mais icônicos filmes são Os Sete Samurais, O Luminoso, Ran, Rashomon, A Fortaleza Escondida e O Barba Ruiva.
 “A linguagem cinematográfica de Akira está profundamente interligada ao sentimento humano. Para ele o homem não nascia com direitos sobre o mundo. Para ele nada estava adquirido. Pelo contrário, o homem devia olhar de frente o pior do que a humanidade foi e sempre será capaz. Em seus filmes o componente reflexivo, sempre estará presente, que se traduz em mensagens adequadas ao nosso cotidiano, focalizando um homem frente as escolhas éticas e morais. Clássico na forma e romântico na essência, Akira Kurosawa foi um cineasta eclético, passando dos dramas históricos samurais às adaptações da literatura ou a crítica da sociedade contemporânea. Todos os meus filmes têm um tema em comum: por que os homens não podem ser mais felizes juntos? Sua obra densa onde se fundem a alma japonesa e os valores universais”.
Hadija Chalupe da Silva é graduada em Imagem e Som, e produtora de cinema.

O Tesouro de Sierra Madre...


John Huston
(Diretor de cinema norte-americano )
1906 – 1987
John Huston nasceu em 5 de agosto de 1906 em Nevada, Missouri. Filho do ator Walter Huston, desde criança acompanhou-o em viagens por todo o país. Foi boxeador, soldado da cavalaria mexicana, autor de contos e peças, jornalista e ator antes de começar a escrever para cinema, em 1931. Estreou como diretor em The Maltese Falcon (1941; Relíquia macabra), baseado no romance de Dashiell Hammett. O filme inaugurou a associação de Huston com Humphrey Bogart e tornou-se um clássico. Também se consagraram os documentários que realizou sobre a segunda guerra mundial, entre eles Let There Be Light (1945), proibido até 1981. Por discordar da política americana, Huston naturalizou-se irlandês em 1967.
Outros filmes seus se tornaram clássicos, como O Tesouro de Sierra Madre, adaptado da história de B. Traven, com a emblemática cena final do ouro em pó disperso pelo vento. O tema do fracasso reaparece em Os desajustados e A Honra do Poderoso Prizzi, último filme que o cineasta lançou em vida e que deu o Oscar de melhor atriz a sua filha Anjelica Huston. Outros clássicos são Paixões em Fúria e O Segredo das Jóias. Sua técnica era instintiva. Nunca filmava uma cena duas vezes; preferia solucionar os problemas na montagem.
Huston também atuou como ator em alguns de seus filmes, como Roy Bean, o Homem da Lei, e de outros diretores, destacando-se em Chinatown (1974), de Roman Polanski. Adaptou muitas obras literárias para o cinema, entre elas A Glória de um Covarde, de Stephen Crane; Moby Dick, de Herman Melville; A noite do iguana), de Tennessee Williams; O Homem Que Queria Ser Rei, de Rudyard Kipling; e À Sombra do Vulcão), de Malcolm Lowry.
Em 1980, publicou sua autobiografia, Um livro aberto. Seu último filme foi Os Mortos (1987) de lançamento póstumo, baseado num conto de James Joyce. Morreu em 28 de agosto de 1987 em Middletown, Rhode Island.

No Tempo das Diligências...


Sean Aloysius O'Feeney, o John Ford
(Diretor de cinema norte-americano )
1895 – 1973
Diretor de cinema norte-americano nascido em Cabo Elizabeth, Maine, Estados Unidos, que conferiu dignidade e significado sociológico ao estilo western norte-americano. Antes de ir para Hollywood (1914) trabalhar com o irmão Francis, foi vendedor de sapatos e vaqueiro. Em Hollywood trabalhou como dublê em cenas perigosas, estreou como diretor de filmes de aventuras no velho oeste, da produtora Universal. Depois de mais de sessenta filmes, ganhou fama com The Iron Horse (1924), sobre a primeira estrada de ferro transcontinental. Dirigiu filmes mudos para a Fox-Film, como Cameo Kirby (1922), Three Bad Men (1927) e Black Watch (1929), desenvolvendo um estilo próprio e original de direção que tanto o caracterizou. Com o advento do cinema sonoro consagrou-se com obras como The Informer (1935), The Grapes of Wrath (1940), How Green Was My Valley (1941) e The Quiet Man (1952). Após dirigir 144 filmes de vários gêneros, em 59 anos de carreira, vários deles estrelados por seu grande amigo John Wayne (1907-1979), afastou-se do cinema (1965) e morreu oito anos depois, em Palm Desert, Califórnia. Entre outros clássicos do faroeste ficaram mundialmente conhecidos pelos amantes do gênero, Stagecoach (1939), acolhido pela crítica mundial como um dos melhores westerns de todos os tempos e no Brasil denominado de No tempo das diligências, My Darling Clementine (1946), Fort Apache (1948), Wagonmaster (1950), The Man Who Shot Liberty Valance (1952) e Cheyenne Autumn (1964). Embora seu nome esteja ligado ao tema western, vários de seus filmes abordaram temas sociais e em obras de temas bem diversos receberam aplausos do público e da crítica.

 

O Bom, o Mau e o Feio...


Sergio Leoni(Diretor de cinema italiano )
1929– 1989
Por Rodrigo Cunha
Logo após finalizar sua Trilogia dos Dólares, formada por Por um Punhado de Dólares, Por uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito, Sergio Leone resgatara todo o respeito e a certeza de que os faroestes poderiam ser bons filmes, não apenas entretenimento barato. Agora almejava novos horizontes. Em sua mente já se desenhava um dos maiores clássicos policiais de todos os tempos, mas a Paramount só bancaria seu sonhado Era Uma Vez na América caso ele fizesse apenas mais um faroeste. Sergio estava em um beco sem saída, uma vez que, na sua cabeça, já não haviam mais histórias nesse gênero para serem contadas. Mas Leone não se deixou levar pelo olhar ambicioso sobre os lucros que esse novo filme poderia gerar. Se devia ser feito, que fosse algo bom. Ele se juntou então com Sergio Donati, Bernardo Bertolucci e Dario Argento para escrever a história e o roteiro desse seu novo trabalho. Assim nasceu a obra-prima Era uma vez no Oeste.
Era uma vez no Oeste é um filme muito mais plástico que os outros de Leone, um drama ambientado no Velho-Oeste. Aqui acontece uma história muito mais profunda, sem humor e com violência menos explícita que em seus outros filmes, mas essas não são necessariamente características ruins. São apenas diferentes. Até mesmo o jeitão do “Gaita” não combina com Clint Eastwood. Ele não é irônico, canastrão e nem brinca com a cara das pessoas. Ele é apenas um tremendo grosso que impõe a sua força quando necessário, calado e de atitude. Em Charles Bronson o diretor encontrou a pessoa certa para combinar boa atuação com o perfil que o personagem exigia.
O Filme Por um punhado de dólares, com Clint Eastwood, foi baseado no filme Yojimbo de Akira Kurosawa, comédia satírica exuberante e impetuosa sobre a violência.

ASSISTA ESTE FANTÁSTICO GRUPO DE CORDAS EXECUTANDO A BONITA TRILHA SONORA DO FILME "O BOM, O MAU E O FEIO", COMPOSTA POR ENNIO MORRICONI
O título do YOU TUBE tem um erro na grafia.




CONTINUE!  O Cinemascope tem muito mais tela aqui embaixo, no POSTAGENS MAIS ANTIGAS